Issue 2 | 1st July – 31st December 2024
Fascículo 2 | 1 de julho – 31 de dezembro 2024
UNIVERSIDADE AUTÓNOMA DE LISBOA
e-ISSN 2183-4806
FREE | GRATUITO
XX
VOLUME
UNIVERSIDADE AUTÓNOMA DE LISBOA
e-ISSN 2183-4806
FREE | GRATUITO
Issue 2 | 1st July – 31st December 2024
Fascículo 2 | 1 de julho – 31 de dezembro 2024
XX
VOLUME
PSIQUE | Volume XX | Issue 2 | 1st July – 31st December 2024
Semiannual Publication. Scientic Journal of the Psychology Research Centre – CIP – from the Universidade Autónoma
de Lisboa – Luís de Camões.
PSIQUE is a scientic journal in Psychology published by the Psychology Research Centre of the
Universidade Autónoma de Lisboa.
Since 2005, PSIQUE has been publishing original papers in the scientic eld of Psychology, in its
several elds of specialization, in open access and free of charge.
From 2018, it is a semi-annual journal publication from 1st January to 30th June and from 1st July to
31st December.
Aims and Scope
It is particularly aimed at psychology researchers, lecturers and students but also at general readers
who are interested in this eld of science.
Psique publishes advances in basic or applied psychological research of relevance for understanding
and improving the human condition in the world. Contributions from all elds of psychology addressing
new developments with innovative approaches are encouraged. Articles that (a) integrate perspectives
from dierent areas within psychology; (b) study the roles of physical, social and cultural domains in
human psychological processes; or (c) include psychological perspectives from dierent regions in the
world are particularly welcomed.
The journal publishes papers in Portuguese, Spanish, French and English.
Directory: Repositório Cientíco de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP).
Databases: Repositório Institucional da Universidade Autónoma de Lisboa (Camões).
Indexed by: Academic Search (EBSCO Publishers)
Fuente Academic (EBSCO Publishers).
PSIQUE | Volume XX | Fascículo 2 | 1 de julho – 31 de dezembro 2024
Publicação semestral. Revista Cientíca do Centro de Investigação em Psicologia – CIP – da Universidade Autónoma
de Lisboa – Luís de Camões.
A Psique é uma revista cientíca em Psicologia, editada pelo Centro de Investigação em Psicologia da
Universidade Autónoma de Lisboa.
Desde 2005 publica artigos originais e comunicações na área cientíca da Psicologia, nos seus vários
domínios de especialização, de acesso livre e gratuito.
É um periódico semestral, a partir de 2018, com data de publicação de 1 de janeiro a 30 de junho e de
1 de julho a 31 de dezembro.
Âmbito e Objetivos
Dirige-se particularmente a investigadores, docentes e estudantes em Psicologia, mas também aos lei-
tores em geral que se interessem pelo conhecimento desta ciência.
A Psique publica avanços na investigação cientíca básica ou aplicada, em Psicologia, com relevância
para compreender e melhorar a condição humana no mundo. A Psique encoraja a submissão de con-
tribuições de todos os campos da Psicologia, produzindo novos desenvolvimentos cientícos, através
de abordagens inovadoras. Particularmente bem-vindos são os artigos que: (a) integram perspetivas de
diferentes áreas da Psicologia; (b) estudam o papel dos domínios físico, social e cultural nos processos
psicológicos humanos; ou (c) integram perspetivas psicológicas de diferentes regiões do mundo.
A revista aceita artigos em Português, Espanhol, Francês e Inglês.
Diretórios: Repositório Cientíco de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP).
Base de Dados: Repositório Institucional da Universidade Autónoma de Lisboa (Camões).
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PSIQUE • e-ISSN 2183-4806 • Volume XX • Issue Fascículo 2 • 1st july julho-31st december dezembro 2024
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e-ISSN: 2183-4806
Title tulo: Psique
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Periodicity: Semiannual Periodicidade: Semestral
Editor in Chief Director: Odete Nunes
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Este trabalho é nanciado por Fundos Nacionais através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia – no âmbito
doprojeto do CIP com a referência UIDB/04345/2020.
This work was funded by national funds through FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia – as part
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PSIQUE • e-ISSN 2183-4806 • Volume XX • Issue Fascículo 2 • 1st july julho-31st december dezembro 2024
EDITOR IN CHIEF DIRECTOR
Odete Nunes Universidade Autónoma de Lisboa, Portugal
ASSOCIATE EDITORS COEDITORES
João Hipólito
José Magalhães
Luísa Ribeiro
Cristina Nunes
Rute Brites
Sandra Figueiredo
Universidade Autónoma de Lisboa, Portugal
Universidade Autónoma de Lisboa, Portugal
Universidade Autónoma de Lisboa, Portugal
Universidade do Algarve, Portugal
Universidade Autónoma de Lisboa, Portugal
Universidade Autónoma de Lisboa, Portugal
EDITORIAL BOARD CONSELHO EDITORIAL
Alexandra Gomes
Ana Antunes
Ana Gomes
Anne-Marie Vonthron
Aristides Ferreira
Carla Moleiro
Célia Oliveira
Daniel Roque Gomes
David Rodrigues
Dulce Pires
Edlia Alves Simões
Filomena Matos
Florence Sordes–Ader
Gina C. Lemos
Inês Ferreira
Isabel Leite
Isabel Mesquita
Isabel Silva
João Viseu
Jorge Gomes
José Eusébio Pacheco
Liliana Faria
Luis Sérgio Vieira
Magda Soa Roberto
Manuel Sommer
Marjorie Poussin
Melanie Vauclair
Miguel Ángel Garcia-Martin
Miguel Pereira Lopes
Monique K. LeBourgeois
Odete Nunes
Patrícia Jardim de Palma
Pedro Armelim Almiro
Pedro Duarte
Ricardo B. Rodrigues
Rosa Novo
Rui Costa Lopes
Saul Neves de Jesus
Sílvia Araújo
Tito Laneiro
Vera Engler Cury
Universidade do Algarve, Portugal
Universidade da Madeira, Portugal
Universidade Autónoma de Lisboa, Portugal
Univerité Paris Ouest-Nanterre, França
ISCTE, Lisboa, Portugal
ISCTE, Lisboa, Portugal
Universidade Lusófona Porto, Portugal
Instituto Politécnico de Coimbra, Portugal
ISCTE, Lisboa, Portugal
I.Criap – Psicologia e Formação Avançada, Portugal
University of Saint Joseph (Macao), Macau
Universidade do Algarve, Portugal
Universidade de Toulouse, França
Instituto Politécnico de Setúbal / Escola Superior de Educação
Universidade Europeia, Portugal
Universidade de Évora, Portugal
Universidade de Évora, Portugal
Universidade de Évora, Portugal
Universidade de Évora, Portugal
ISEG – Universidade Técnica de Lisboa, Portugal
Universidade do Algarve, Portugal
Universidade Europeia, Portugal
Universidade do Algarve, Portugal
Universidade da Beira Interior, Portugal
Universidade Autónoma de Lisboa, Portugal
Universidade de Lyon II, França
Instituto Universitário de Lisboa, Portugal
Universidad de Málaga, Espanha
ISCSP – Universidade de Lisboa, Portugal
University of Colorado Boulder, United States of America
Universidade Autónoma de Lisboa, Portugal
ISCSP – Universidade Técnica de Lisboa, Portugal
Universidade Autónoma de Lisboa, Portugal
Universidad Veracruzana, México
Instituto Universitário de Lisboa, Portugal
Universidade de Lisboa, Portugal
ICS – Universidade de Lisboa, Portugal
Universidade do Algarve, Portugal
Universidade do Minho, Portugal
Universidade Autónoma de Lisboa, Portugal
Pontifícia Universidade Católica de Campinas, Brasil
ASSISTANT EDITORS EDITORES ASSISTENTES
Afonso Herédia
Andreia Bandeira
Filipa Inácio
Francisco Castro
Ana Jarmela
Universidade Autónoma de Lisboa, Portugal
Universidade Autónoma de Lisboa, Portugal
Universidade Autónoma de Lisboa, Portugal
Universidade Autónoma de Lisboa, Portugal
Universidade Autónoma de Lisboa, Portugal
TRANSLATION TRADUÇÃO
Carolina Peralta Universidade Autónoma de Lisboa, Portugal
DESIGN COMPOSIÇÃO GRÁFICA
Undo
WEBSITE SITE
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IT DEVELOPMENT DESENVOLVIMENTO INFORMÁTICO
Anselmo Silveira Universidade Autónoma de Lisboa, Portugal
PSIQUE • e-ISSN 2183-4806 • Volume XX • Issue Fascículo 2 • 1st july julho-31st december dezembro 2024
TABLE OF CONTENTS ÍNDICE
Nota Editorial
Rute Brites VII
Apoio social e acontecimentos de vida negativos nasfamílias em risco psicossocial e a população
emgeraldo algarve
Social support and negative life events in families at psychosocial risk and the general population of the
algarve
Carmen Macedo, Rita dos Santos, Cátia Martins, Cristina Nunes 8
Bullying na infância: estatuto socioprossional dospais e diferenças entre géneros
Bullying in childhood: parents’ socio-professional status andgender dierences
Ana Maria Gomes, Edite Ferreira 27
The mediating eect of social support in the relationship between resilience and loneliness among the
elderly people
Matilde Castro, Lídia Serra 45
Predicting Well-being of Bulgarian University Students in Health Sciences: The Role of Religious and
Secular Meaning-Making Coping
Kremena Mineva 57
Author Instructions 72
Instruções aos Autores 76
Reviewers instructions 80
Instruções aos Revisores 81
PSIQUE • e-ISSN 2183-4806 • Volume XX • Issue Fascículo 2 • 1st july julho-31st december dezembro 2024
PSIQUE • e-ISSN 2183-4806 • Volume XX • Issue Fascículo 2 • 1st july julho-31st december dezembro 2024
NOTA EDITORIAL
Nos dias de hoje, e em consonância com a linha de investigação do CIP, Vulnerabilidade Psicossocial
e Contextos Instáveis, os desafios psicossociais enfrentados por indivíduos e comunidades destacam-se
como áreas prioritárias para a investigação e a intervenção. Nesse sentido, este número da Psique apre-
senta um conjunto de estudos que exploram questões pertinentes como o apoio social, bullying, coping e
resiliência, fornecendo evidências que podem contribuir para nortear políticas e práticas voltadas para
o fortalecimento de redes de suporte, a mitigação dos efeitos negativos de adversidades e a promoção do
bem-estar psicossocial.
O primeiro artigo, “Apoio Social e Acontecimentos de Vida Negativos nas Famílias em Risco Psicos-
social e a População em Geral do Algarve” destaca as disparidades entre famílias em risco e a população
geral, nesta região. Os resultados sublinham a relevância de redes formais e informais na promoção da
resiliência em contextos vulneráveis, ressaltando a necessidade de intervenções personalizadas e basea-
das em evidências.
No artigo Bullying na Infância: Estatuto Socioprofissional dos Pais e Diferenças entre Géneros,
Gomes et al. investigam o impacto de dinâmicas sociais e económicas no bullying em Portugal, no 1º ciclo
do ensino básico. As conclues reforçam a necessidade de intervenções que promovam a equidade e
consciencialização sobre o impacto de normas de género nas escolas.
O terceiro artigo, Predicting Well-being of Bulgarian University Students in Health Sciences: The Role of
Religious and Secular Meaning-Making Copingaborda o papel do coping religioso e secular em estudantes.
Os seus resultados sublinham a importância de adaptar as estratégias de intervenção aos contextos cul-
turais, explorando dimensões de coping quer religiosas quer existenciais.
Por fim, o artigo The Mediating Effect of Social Support in the Relationship Between Resilience and
Loneliness Among the Elderly Peopleinvestiga a relação entre resiliência, solidão e suporte social em
idosos. Num contexto de envelhecimento populacional, este estudo enfatiza o papel crítico de redes de
apoio robustas na promoção da qualidade de vida e bem-estar. Destaca ainda a importância de desenvol-
ver estratégias que promovam o suporte social e fortaleçam a resiliência para melhorar a qualidade de
vida da população idosa.
No seu conjunto, estes estudos providenciam dados relevantes sobre a interseção entre fatores indi-
viduais, sociais e culturais na resposta à adversidade. Reafirmam, também, o valor de abordagens basea-
das na evidência, que reconhecem a singularidade de cada contexto e população.
Rute Brites
(Co-editor)
8
APOIO SOCIAL E ACONTECIMENTOS DE VIDA NEGATIVOS
NASFAMÍLIAS EM RISCO PSICOSSOCIAL E A POPULAÇÃO
EMGERALDO ALGARVE
SOCIAL SUPPORT AND NEGATIVE LIFE EVENTS IN FAMILIES AT
PSYCHOSOCIAL RISK AND THE GENERAL POPULATION OF THE ALGARVE
Carmen Macedo1, Rita dos Santos2, Cátia Martins3, Cristina Nunes4
PSIQUE • EISSN 21834806 • VOLUME XX • ISSUE FASCÍCULO 2
1ST JULY JULHO  31ST DECEMBER DEZEMBRO 2024 PP. 826
DOI: https://doi.org/10.26619/2183-4806.XX.2.1
Submitted on 03/04/2024 Submetido a 03/04/2024
Accepted on 17/06/2024 Aceite a 17/06/2024
Resumo
O objetivo deste estudo foi analisar os acontecimentos de vida negativos, o impacto emo-
cional e o apoio social em famílias com menores em risco psicossocial e a população em geral.
Foram entrevistados 348 pais residentes no Algarve, 131 acompanhados pelas Comises de Pro-
teção de Crianças e Jovens e 217 da população em geral. Utilizou-se a entrevista estruturada de
Apoio Social de Arizona, a escala de Apoio Social para Situações Vitais Estressantes, o Inventário
de Situações Estressantes e de Risco e um questionário sociodemográfico.
As famílias em risco psicossocial reportaram mais acontecimentos de vida stressantes e de
risco, atuais e passados, da própria e do ambiente próximo. Também reportaram mais necessi-
dade de apoio, emocional, tangível e informativo e mostraram-se mais satisfeitas com exceção
do apoio emocional, comparativamente às famílias da população geral.
Ambos os grupos possuem redes de apoio social de tamanho idêntico. No entanto, as famílias
em risco apresentaram maior presença dos filhos menores na sua rede de apoio social, indicando
uma possível disfuncionalidade do sistema familiar e parental. Constatou-se também uma maior
presença de profissionais nas suas redes de apoio, o que enfatiza alguma dependência relativa-
mente aos serviços, como também a importância da intervenção junto destas famílias.
Palavras-Chave: Acontecimentos de vida negativos, Apoio social, Famílias em risco, Risco psicossocial
1 Universidade do Algarve, 8005-135 Faro, Portugal. https://orcid.org/0000-0001-6259-0737 (cspmacedo@gmail.com)
2 Universidade do Algarve, 8005-135 Faro, Portugal. Centro de Investigação em Psicologia (CIP). https://orcid.org/0000-0002-
3278-8424 (rasantos@ualg.pt)
3 Universidade do Algarve, 8005-135 Faro, Portugal. Centro de Investigação em Psicologia (CIP). https://orcid.org/0000-0002-
1819-85 (csmartins@ualg.pt)
4 Universidade do Algarve, 8005-135 Faro, Portugal. Centro de Investigação em Psicologia (CIP). https://orcid.org/0000-0002-
1009-0519 (csnunes@ualg.pt)
Autor de contacto: Cristina Nunes, csnunes@ualg.pt
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Carmen Macedo, Rita dos Santos, Cátia Martins, Cristina Nunes
Abstract
This study aimed to analyze negative life events, emotional impact, and social support in
families with minors at psychosocial risk and the general population. A total of 348 parents were
interviewed, with 131 being monitored by the Child and Youth Protection Commissions and 217
from the general population, all residing in the Algarve. We used the Arizona Social Support
Interview, the Social Support Scale for Stressful Life Situations, the Stressful and Risky Situations
Inventory, and a sociodemographic data questionnaire.
Families at psychosocial risk reported more stressful and risky life events, both current and
past, involving themselves and their immediate environment. These families reported a greater
need for emotional, tangible, and informational support and expressed higher satisfaction,
except for emotional support, than the general population.
Families at risk showed a higher presence of their minor children in their social support
network, which may indicate some dysfunction in the family and parental system. They also
showed a greater presence of professionals, suggesting both a degree of dependency and the
importance of professional intervention with families in more vulnerable situations.
Keywords: At-risk families, negative life events, psychosocial risk, social support.
1. Introdução
A família representa o principal contexto de desenvolvimento e socialização das crianças,
sendo a sua diversidade complexa e dinâmica. Apesar do caráter normativo, nem todas as famí-
lias são iguais e são muitos os contextos familiares em que as necessidades básicas dos menores
não são satisfeitas, comprometendo o seu saudável desenvolvimento, integridade física e psico-
gica (Ayala-Nunes et al., 2014, 2018; Hidalgo García et al., 2009).
As famílias em situão de risco psicossocial constituem uma realidade em Portugal, deno-
tando-se uma crescente preocupação, em virtude dos múltiplos desafios e fatores de stresse
(internos e externos), com os quais têm de lidar. Estes encontram-se muitas vezes associados
a condições de vida desfavorecidas, como ltiplos acontecimentos de vida stressantes, que
as desafiam frequentemente face a mudanças e adaptações, o que coloca em evidência os seus
escassos recursos (Ayala-Nunes et al., 2017; Nunes et al., 2013, 2023) e dificultando o exercício
efetivo das suas competências parentais (Ayala-Nunes et al., 2017; Mendez et al., 2010), bem
como o desenvolvimento dos menores e o bem-estar da família (Bauch et al., 2022; Pérez et al.,
2017).
Ao longo da vida, poderão surgir múltiplos acontecimentos de vida (i.e., desequilíbrios),
alguns com importantes repercuses ao nível do funcionamento pessoal e familiar, e que impli-
cam mudanças e adaptação psicossocial (Lorence et al., 2013; Karhina et al., 2023). Estes even-
tos, denominados de acontecimentos de vida stressantes e de risco, despoletam níveis elevados
de stress (Rodrigo et al., 2008), podem ser definidos como experncias que afetam ou amea-
çam a atividade diária dos indivíduos, implicando a sua necessidade de adaptação (Gao et al.,
2020; Lorence, 2008; Mangalagiu et al., 2024), exigindo um maior grau de reestruturação e de
mudança na vida dos indivíduos ou das famílias (Rodrigo et al., 2008). Podem ser agrupados
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Apoio social e acontecimentos de vida negativos nasfamílias em risco psicossocial e a populão emgeraldo Algarve
cinco categorias: a) acontecimentos de vida significativos (e.g., desemprego, perdas afetivas,
divórcio); b) acontecimentos do quotidiano (e.g., falta de dinheiro e de tempo livre), c) aconte-
cimentos sociais (e.g., pobreza, racismo, conflitos familiares); d) acontecimentos traumáticos ou
catástrofes (e.g., sismos, guerras); e e) fatores ambientais (e.g., poluição da água, do ar) (Evans &
Cohen, 1987).
As famílias em situação de risco psicossocial caracterizam-se por elevada acumulação de
acontecimentos de vida stressantes (Mendez et al., 2010; Rodrigo et al., 2008), que podem acu-
mular-se ao longo da vida enquanto crises sucessivas e inesperadas, decorrentes da sua elevada
vulnerabilidade e de preses do meio, que dificultam a sua capacidade para lidar com as cir-
cunstâncias adversas (Sousa, 2005). Neste sentido, as circunstâncias de risco, nomeadamente a
sua acumulação, m vindo a ser relacionadas com o bem-estar psicológico (Ayala-Nunes et al.,
2014; Hidalgo et al., 2018), e a falta de suporte social (i.e., o isolamento social) um fator crítico para
a etiologia dos maus-tratos infantis (Ayala-Nunes et al., 2017; Nunes & Ayala-Nunes, 2015; Rayce
et al., 2017) e risco de deterioração do ambiente familiar (Nunes et al., 2021).
O apoio social é um dos fatores de proteção que pode contribuir para mitigar o efeito dos
indicadores que influenciam o perfil de risco psicossocial, devido aos seus efeitos diretos e indi-
retos na diminuição do impacto negativo de diversos fatores de risco sobre o bem-estar físico
e psicológico (Alvarez et al., 2020; Cohen, 2004; Hong et al., 2023; Li et al., 2011). Constitui um
constructo multidimensional reconhecido pela sua influência sobre a saúde, o bem-estar psico-
gico (An, 2018; Cohen & Wills, 1985; Thoits, 2011; Nunes, et al., 2021), a qualidade das práticas
parentais (Belsky & Jafee, 2015), o impacto no relacionamento entre pais-filhos (Ayala-Nunes et
al., 2017) e o exercício de uma parentalidade adequada lvarez et al., 2020; Brown et al., 2018;
Martin et al., 2012). É muitas vezes associado a um tipo de ajuda (formal ou informal) que as
pessoas recorrem para ultrapassar as suas necessidades e dificuldades, com repercussões nas
práticas parentais e na forma como as famílias superam os acontecimentos de vida stressantes
(Martins et al., 2022). Assim, a provisão estratégica e eficiente de apoio às famílias, que atenda
às suas necessidades, revela-se crucial para aliviar o stresse (Hong et al., 2020), promover o bem-
-estar da família (UNESCO, 2022) e a sua resilncia face às adversidades (Benzies & Mychasiuk,
2009; Rayce et al., 2017).
As redes de apoio social proporcionam à família padrões de comportamento, feedback, apoio
material e emocional, bem como oportunidades e recursos para lidar com os efeitos negativos
do stresse (Garbarino, 2017). Podemos considerar três dimenes fundamentais do apoio social
(i.e., três tipos de suporte funcional): a) emocional que se refere a aspetos como a intimidade,
afeto, conforto, cuidado e preocupação); b) material respeitante à provisão de assistência a nível
material; e ainda, c) informativo que envolve aspetos como o conselho, orientação ou informação
relevante para determinada situação (Barrera, 1986; Lagdon et al., 2018; Nunes et al., 2021).
O apoio social constitui um recurso importante para minimizar os efeitos causados por uma
situação stressante, na medida em que a partir da interação entre os membros da rede pode
ser alargado o repertório comportamental para formas mais adaptáveis às exigências do meio
ambiente (Barrón, 1996). A adaptação pessoal e social resulta de uma boa capacidade para utili-
zar os recursos internos e externos, que vão permitir lidar com êxito e enfrentar determinadas
situações adversas que vão surgindo ao longo do ciclo de vida (Rodrigo et al., 2008).
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Carmen Macedo, Rita dos Santos, Cátia Martins, Cristina Nunes
O presente estudo tem como objetivo analisar os acontecimentos de vida stressantes e de
risco atuais, o impacto emocional e as características do apoio social percebido nas famílias em
risco psicossocial e na população em geral.
2.todo
2.1. Desenho
O presente estudo apresenta um cariz descritivo-correlacional e pretende, por um lado carac-
terizar as famílias da população em geral e de risco relativamente aos construtos em análise (i.e.,
acontecimentos de vida negativos e apoio social) e, por outro lado, comparar os níveis obtidos
consoante cada tipo de família.
2.2. Participantes
A amostra do estudo foi constituída por 131 pais e mães acompanhados pelas Comissões de
Proteção de Crianças e Jovens (CPCJs) e por 217 progenitores da população em geral, residentes
na região do Algarve. Os participantes com menores em risco psicossocial foram selecionados de
acordo com os critérios: 1) ser pais e mães de crianças ou jovens acompanhados pelas CPCJs; 2)
as situações de perigo não configuravam gravidade suficiente para a separação do menor da sua
família. Os pais e mães da população em geral foram selecionados pelos técnicos de instituições
com intervenção nas áreas da infância, juventude e segurança.
2.3. Instrumentos
Acontecimentos de vida negativos. Foi utilizado o Inventário de Situações Stressantes e
de Risco (Nunes & Lemos, 2010), versão portuguesa do Inventario de Situaciones Estresan-
tes y de Riesgo (ISER) de Hidalgo et al. (2005). Este instrumento inclui 24 itens e avalia os
fatores de risco, ou seja, a existência e impacto de acontecimentos de vida especialmente
difíceis ocorridos no passado (8 itens; e.g., “Maltrato na inncia, Precariedade econó-
mica”) e no presente (16 itens; e.g., “Ser vítima de maltrato, “Situação económica bastante
difícil”), ao sujeito ou a alguém do seu ambiente próximo, respondidos numa escala de 1
a 3 pontos (1=afetou-me pouco; 2=afetou-me bastante; 3=afetou-me muitíssimo”).
Este inventário permitiu, ainda, obter índices sobre a acumulação de situações de risco e
da vulnerabilidade emocional associada. Os autores do instrumento obtiveram índices de
consistência interna aceitáveis no grupo das famílias da população em geral (αPróprio =,69;
αFamília =,72) e nas falias de risco (αPróprio =,60; αFamília =,67).
Apoio Social Percebido. Foi medido através da Entrevista de Apoio Social Arizona de Nunes
et al., (2013), versão portuguesa do Arizona Social Support Interview Schedule (ASSIS, Bar-
rera, 1980). Este instrumento é administrado através de uma entrevista semi-estruturada
(19 queses) que, perguntando relativamente ao mês anterior (e.g..: “Durante o último mês,
quanto acha que precisou de pessoas para falar sobre assuntos pessoais e privados?”), ava-
lia a rede de suporte nas suas dimensões a) apoio emocional (i.e., participação social e sen-
timentos pessoais; e.g., “Com quem fala...”); b) apoio tangível (i.e., assistência material e
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Apoio social e acontecimentos de vida negativos nasfamílias em risco psicossocial e a populão emgeraldo Algarve
física; e.g., “Se, por acaso, precisasse de algum dinheiro, a quem pediria ajuda?”); e c) apoio
informativo (i.e., aconselhamento e feedback positivo; “Quando fazes uma refeição espe-
cial, dizem-te que a fizeste bem?”). Avalia também a rede de conflitos (e.g., “Quais são as
pessoas com quem pode ter algum desgosto, discussão ou desacordo?”) e a satisfação dos
participantes, respondidos numa escala de 1 a 10, com o apoio que receberam nas dimen-
sões descritas anteriormente. Recorreu-se ainda à versão portuguesa (Nunes et al., 2013) da
Escala de Apoyo Social para Situaciones Vitales Estresantes (ASSE, López, et al., 2006), per-
mite obter informação sobre o tamanho, composição, necessidades e satisfação com a rede
social de apoio em situações stressantes e de risco (3 questões; e.g. “Se hipoteticamente
acontecesse alguma destas situações [e.g., se o seu marido fosse preso], com quem poderia
contar?”). No presente estudo utilizaram-se as dimenes referentes à da necessidade de
apoio (famílias da população em geral: α=,59; famílias de risco: α=,71) e satisfação (fa-
lias da população em geral: α=,62; famílias de risco: α=,70).
2.4. Procedimentos
Após a obtenção das autorizações e consentimento informado dos participantes no estudo,
realizámos a recolha dos dados, do grupo de famílias de risco, através de uma entrevista, no
domicílio familiar ou na sede das CPCJs, de acordo com parecer técnico e disponibilidade dos
participantes. A recolha dos dados do grupo de comparação, famílias da população em geral, foi
realizada através da formalização de protocolos de colaboração com Agrupamentos de Escolas,
Guarda Nacional Republicana, Associações Humanitárias de Bombeiros Voluntários e Centros
de Saúde da região do Algarve. Os participantes foram contactados pelos técnicos das institui-
ções, tendo sido esclarecidas todas as instruções para o preenchimento das folhas de resposta
dos instrumentos, existindo possibilidade de clarificação de dúvidas ao longo da aplicão. A
participação foi voluntária e sem compensação.
O estudo foi aprovado pelo Conselho Científico do Departamento de Psicologia e Ciências da
Educação da Universidade do Algarve (CC_55_20/12/2017).
2.5. Plano de análise
Os dados foram analisados com o software SPSS v29 (IBM SPSS, 2024). Recorreu-se à ANOVA
(p < ,05) para comparação dos valores dios entre grupos, considerando as duas condições de
aplicação (i.e., grupos > 30 participantes e homogeneidade de variâncias, medidas com recurso
ao Teste de Levene e, quando esta condição não se verificava [p<,05], recorreu-se à versão corri-
gida com o teste Brown-Forsythe). Foi ainda calculado o h2 como medida de magnitude de efeito,
sendo que valores de 0,01 foram considerados de efeito pequeno, 0,06 de efeito moderado e 0,14
como um efeito grande. O teste de independência de Qui-quadrado (p < ,05) foi utilizado na com-
paração de dados categoriais, atendendo à sua condão de aplicação (i.e., cada célula ter obser-
vações >5). As correlações de Pearson (p < ,05) foram usadas para analisar as associações entre
variáveis escalares, sendo que valores inferiores a ,20 foram considerados esrios, entre ,20-,40
pequena magnitude, ,40 - ,60 moderada, entre ,60 - ,80 de elevada magnitude e acima de 80 como
muito elevada. A consistência interna foi medida através do alfa de Cronbach e considerada
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adequada acima de .70 e as correlações item-total corrigidas quando acima de .30 (Tabachnick &
Fidell, 2019).
3. Resultados
3.1. Acontecimentos de vida stressantes e de risco atuais e passados
Os resultados do estudo mostram que os progenitores de famílias em risco psicossocial apre-
sentam índices mais elevados de acontecimentos de vida stressantes e de risco atuais que os
progenitores de famílias da população em geral. No que se refere aos acontecimentos de vida
stressantes e de risco atuais, os problemas mais relatados pelos progenitores de famílias em
risco psicossocial foram profissionais (64%), económicos (63%), conjugais (41%), tomar conta de
um familiar (33%), divórcio/separação (31%), físicos (29%), conflitos com filhos (28%), psicológicos
(26%), e maus-tratos (26%). Os problemas mais frequentes reportados pelos progenitores de famí-
lias da população em geral foram profissionais (37%), tomar conta de um familiar (22%), conjugais
(21%), económicos (20%), físicos (13%), e divórcio/separação (12%) (Figura 1). Observámos dife-
renças significativas na maioria dos acontecimentos de vida stressantes e de risco atuais entre
os grupos de famílias da população em geral e de risco, com exceção dos acontecimentos prisão
(FRisc=0.8%, FGeral=0%, [1, 346]=1.67, p=,197) e consumo de drogas (FRisc=5%, FGeral=3%,
[1, 345]=3.28, p=,194). O ambiente familiar próximo das famílias em risco apresentou também
uma incidência mais elevada de acontecimentos de vida stressantes atuais que o ambiente fami-
liar das famílias da população em geral, e os tipos de problemas mais comuns foram semelhan-
tes, entre si, profissionais (60% e 30%), ecomicos (48% e 22%), físicos (40% e 20%), morte de
alguém pximo (39% e 32%), e psicológicos (39% e 17%).
Os acontecimentos de vida stressantes atuais sofridos pelos progenitores de famílias em
risco psicossocial percecionados com maior impacto (Min=1; Max=3) foram prisão (M=3,00),
despejo (M=2,90), problemas económicos (M=2,77), profissionais (M=2,76) e tima de maus-
-tratos (M=2,74). No caso das famílias da população em geral, os acontecimentos de vida stres-
santes que tiveram mais impacto emocional nos progenitores foram os problemas de despejo
(M=3,00), dircio/separação (M=2,79), psicológicos (M=2,48), económicos (M=2,44), profissio-
nais (M=2,37), e ser vítima de maus-tratos (M=2,36).
No que se refere ao passado, os problemas mais comuns sofridos pelos progenitores de famí-
lias em risco foram económicos (59%), profissionais (51%), psicológicos (45%), maus-tratos na
idade adulta (35%) e infância (30%). Nas famílias da população em geral, os problemas mais fre-
quentes foram económicos (21%), psicológicos (19%), profissionais (17%), maus-tratos na infância
(10%) e idade adulta (8%). Constataram-se diferenças significativas em todos os acontecimentos
de vida stressantes passados entre os grupos de famílias, verificando-se que as famílias em risco
apresentaram mais acontecimentos de vida negativos passados que as famílias da população em
geral.
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FIGURA1
Acontecimentos de vida stressantes atuais do próprio em falias da população em geral e em risco
3.2. Apoio Social Percebido
No global, quer as famílias da população em geral quer as em risco psicossocial contam, em
média, com cerca de oito pessoas na sua rede de apoio total (F=0,45; p=,505; h2=,00; MGe-
ral=8.11; DPGeral=3,24; MRisco=7.81; DPRisco=5,19) (Tabelas 1 e 2), não se observando dife-
renças significativas. A rede social de apoio do grupo de famílias da população em geral (Tabela
1) é constituída sobretudo por familiares e amigos (52%), familiares (43%) e amigos (5%). No grupo
das famílias em risco é composta principalmente por familiares (41%), familiares e amigos (32%)
e amigos (27%).
Nos tipos específicos de apoio, as famílias da população em geral apresentaram uma rede
mais extensa de apoio emocional constituída por uma média 5.27 pessoas (DP=2,65, Amp=1-20),
composta na maioria por familiares e amigos (67,3%). Observou-se também a presença combi-
nada com profissionais intica na rede de apoio emocional (6%) e informativa (6%), e mais redu-
zida na rede tangível (1,4%). A média da necessidade de apoio total reportada pelos progenitores
foi de 5,14 (DP=1,91) e o tipo específico que referiram ter precisado mais foi o apoio emocional
(M=6,21; DP=2,31). No total, os progenitores apresentaram uma média de satisfação com o apoio
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recebido de 7,08 (DP=2,14) e mostraram-se mais satisfeitos com o apoio emocional (M=7,58;
DP=2,25), seguido do informativo (M=7,44; DP=2,07) (Tabela 1).
TABELA1
Dimensão, composição, necessidade e satisfação segundo as dimensões da Rede de Apoio Social (i.e.
emocional, tangível e informativa) das famílias da população em geral (n=217)
Emocional Tangível Informativa Total
Dimensão
M (DP) 5,27 (2,65) 4,23 (2,12) 4,79 (2,39) 8,11 (3,24)
Min - Máx 1 - 20 1 - 13 1 - 13 2 - 20
Composição
Familiares 18,9% 53,0% 27,6%
Amigos 7,8% 4,6% 6,5%
Familiares e amigos 67,3% 41,0% 59,9%
Combinado com prossionais 6,0% 1,4% 6,0%
M (DP)
Necessidade 6,21 (2,31) 3,91 (2,43) 5,04 (2,49) 5,14 (1,91)
Satisfação 7,58 (2,25) 6,70 (2,38) 7,44 (2,07) 7,08 (2,14)
Nota. M=Média, DP=Desvio-padrão, Min=Mínimo, Máx =Máximo.
As famílias em risco psicossocial (Tabela 2) apresentaram uma rede emocional constituída
por quase 5 membros (M=4,76; DP=4,13; Amp=0-31), seguida da informativa (M=4,48; DP=3,68;
Amp=0-22) e tangível (M=3,33; DP=2,91; Amp=0-22), compostas na sua maioria por familia-
res e amigos. Constatou-se a presença de apoio combinado por profissionais na rede emocional
(17,3%) e tangível (2,5%). Os progenitores revelaram uma média de necessidade de apoio total
de 6,30 (DP=2,25) e uma maior necessidade de apoio emocional (M=6,89; DP=2,60). Quanto à
satisfação com o apoio social recebido, as famílias em risco mostraram uma média total de 8,04
(DP=2,04), com resultados muito semelhantes para os três tipos específicos de apoio, nomeada-
mente o informativo (M=8,01; DP=2,43), o tangível (M=8,00; DP=2,63) e o emocional (M=7,79;
DP=2,62).
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TABELA2
Dimensão, composição, necessidade e satisfação segundo as dimensões da Rede de Apoio Social (i.e.
emocional, tangível e informativa) das famílias em risco (n=130)
Emocional Tangível Informativa Total
Dimensão
M (DP) 4,76 (4,13) 3,33 (2,91) 4,48 (3,68) 7,81 (5,19)
Min - Máx 0 - 31 0 - 22 0 - 22 1 - 33
Composição
Familiares 29,1% 42,1% 23,2%
Amigos 8,7% 13,2% 10,4%
Familiares e amigos 44,9% 42,1% 48,8%
Combinado com prossionais 17,3% 2,5% 15,2%
Prossionais 0% 0% 2,4%
M (DP)
Necessidade 6,89 (2,60) 5,54 (2,72) 5,96 (2,91) 6,30 (2,25)
Satisfação 7,79 (2,62) 8,00 (2,63) 8,01 (2,43) 8,04 (2,04)
Nota. M=Média, DP=Desvio-padrão, %=Percentagem, Min=Mínimo, Máx =Máximo.
A rede de conflito das famílias da populão em geral é constituída na sua maioria por fami-
liares (40%), familiares e amigos (35%), cônjuge (17%), filhos (4%) e ex-cônjuge (4%). Nas famílias
em risco é composta principalmente pelo cônjuge (40%), familiares (19%), filhos (14%) e ex-côn-
juge (12%).
As famílias da população em geral apresentaram uma rede social de apoio mais ampla face
à vivência de situações de vida stressantes (M=5,22; DP=3,42; Min.=0; x.=20), compa-
rativamente com as famílias em risco (M=2,31; DP=2,96; Min.=0; x.=20), e revelaram
sentir menos necessidade de apoio (M=5,81; DP=3,54), do que as famílias em risco (M=7,01;
DP=3,56). Ambas apresentaram uma satisfação com a rede de risco muito semelhante (MGe-
ral=7,82; MRisco=7,84).
A comparação entre os dois grupos relativamente à sua necessidade de apoio mostrou dife-
renças significativas em todas as dimensões avaliadas, nomeadamente ao nível total (F= 25,20;
p < ,001; h2=,07), emocional (F= 6,02; p=,015; h2=,02), tangível (F= 29,13; p < ,001; h2=,09) e
informativo (F= 8,92; p=,003; h2=,03), sendo que as famílias em risco mostraram níveis mais
elevados. No que se refere à satisfação com a rede de apoio social percebido, os resultados mos-
traram apenas diferenças significativas ao nível total (F= 13,08; p < ,001; h2=,05) e tangível (F=
8,50; p=,004; h2=,06), em que as famílias de risco mostraram-se mais satisfeitas do que as famí-
lias da população em geral.
Ao nível da rede de risco, observaram-se diferenças significativas no tocante à dimensão (F=
65,16; p < ,001; h2=,16) e necessidade de apoio (F= 8,54; p=,004; h2=,03), em que as famílias da
população em geral apresentaram uma rede mais ampla do que as famílias em risco (MRisc=2,31;
DPRisc=2,96; MPop=5,22; DPPop=3,42).
Na tabela que se segue, no quadrante superior encontram-se os valores referentes às famí-
lias da população em geral e no quadrante inferior as das famílias em risco. Todas as redes e
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dimensões, necessidade e satisfão de apoio social estavam positiva e significativamente asso-
ciadas entre si (Tabela 3).
TABELA3
Correlações entre as dimensões do apoio social percebido
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
1. Rede total - ,58*** ,55*** ,64*** -,03 -,02 ,13 -,11 -,10 -,02
2. Rede emocional ,79*** - ,42*** ,49*** ,03 -,08 ,06 ,25** ,16 ,13
3. Rede tangível ,60*** ,34*** - ,37*** -,11 -,20** -,05 ,08 -,07 ,06
4. Rede informativa ,76*** ,45*** ,63*** - -,03 -,02 -,05 ,05 -,09 ,06
5. Necessidade emocional ,11 ,13 ,05 ,13 - ,28*** ,39*** ,26*** ,14 ,16
6. Necessidade tangível -,13 -,15 ,00 -,12 ,31** - ,30*** -,03 ,62*** ,11
7. Necessidade informativa -,04 -,06 -,01 ,06 ,54*** ,52*** - ,07 ,22 ,41***
8. Satisfação emocional ,13 ,23* ,14 ,15 ,00 ,27* ,32** - ,36** ,40***
9. Satisfação tangível -,01 -,01 ,21 ,08 ,17 ,23 ,26 ,50** - ,36**
10. Satisfação informativa -,02 -,02 ,07 ,09 -,02 ,26* ,21 ,44*** ,44** -
Nota. No quadrante superior apresentam-se as correlações das famílias da população em geral e no inferior as das famílias em risco; *p < ,05;
**p<,01; *** p < ,001; † p < ,10
Nas famílias da população em geral, a rede emocional apresenta-se positivamente correla-
cionada com a satisfação emocional (r=,25; p <,01), e a rede tangível negativamente associada
à necessidade tangível (r=-,20; p=<,01). Nas famílias em risco, observou-se também que a rede
emocional estava positivamente associada à satisfação emocional (r=,23; p=<,01), embora com
uma pequena magnitude.
3.3. Diferenças nos Índices de Acontecimentos de Vida Stressantes (Atuais e Passados) e
Níveis de Apoio Social Percebido entre as Famílias da população em geral e em Risco, em
função das características sociodemográficas
As famílias em situação de risco psicossocial apresentaram índices mais elevados em todas
as dimensões dos acontecimentos de vida stressantes e de risco atuais e passados, quer da pró-
pria quer do ambiente próximo, comparativamente às famílias da população em geral, sendo esta
diferença estatisticamente significativa (Tabela 4).
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TABELA4
Comparação das médias, desvios-padrão nas dimensões dos acontecimentos de vida stressantes e de risco
entre as famílias da população em geral e em risco (nGeral=217, nFRisc=130)
Acontecimentos de Vida
Stressantes
Famílias População em Geral Famílias Risco
F p n2
M DP M DP
Próprio (atual) 1,67 1,87 4,06 2,30 111,35 <,001 ,25
Ambiente próximo (atual) 2,30 2,60 4,69 2,67 67,60 <,001 ,16
Próprio (passado) 0,81 1,28 2,53 1,80 107,84 <,001 ,24
Ambiente próximo (passado) 1,33 1,82 3,07 2,27 60,81 <,001 ,15
Nota. M=Média, DP=Desvio-padrão, F=Estatística teste, p=nível de significância, n2=Medida de magnitude de efeito.
As famílias em risco evidenciaram níveis mais elevados de impacto emocional relativos à
vivência de problemassicos (F [1,64]=6,94, p=,011), económicos (F [1,125]=9,23, p=,003), judi-
ciais/policiais (F [1,37]=4,15, p=,049) e profissionais (F [1,159]=17,49, p=< ,001), do que as famí-
lias da população em geral. Pom, as famílias da população em geral mostraram maior impacto
emocional com a separação/divórcio (F [1,63]=4,21, p=,045), comparativamente às famílias em
risco.
Os progenitores de famílias em risco indicaram uma maior presença de profissionais na
sua rede de apoio que as famílias da população em geral (FRisc=28,2%, FGeral=8,3%, χ2 [1,
N=348]=24,43, p < ,001). As famílias em risco evidenciaram níveis mais elevados em todas as
dimensões da necessidade de apoio, total (F [1,335]=25,20, p < ,001), emocional (F [1,331]=6,02,
p=,015), tangível (F [1,309]=29,13, p < ,001) e informativa (F [1,324]=8,92, p=,003), que as famílias
da população em geral. No que se refere à satisfação, as famílias em risco mostraram níveis mais
elevados de satisfação em todas as dimensões que as famílias da população em geral, contudo
com diferenças significativas na satisfação total (F [1, 275]=13,08, p=,000) e satisfação tangível
(F [1, 127]=8,50, p=,004).
Na composição da rede de conflitos, as famílias em risco apresentaram uma maior presença
do cônjuge (FRisc=40,4%, FGeral=16,5%, χ2 [1, N=196]=12,75, p < ,001), filhos (FRisc=14%,
FGeral = 4,3%, χ2 [1, N = 196] = 5,76, p = ,016) e outros (FRisc = 12,3%, FGeral = 4,3%, χ2 [1,
N=196]=4,14, que as famílias da população em geral. As famílias da população em geral apre-
sentaram uma rede de risco mais ampla que as famílias em risco (MGeral=5,22; DPGeral=3,42,
MRisco=2,31; DPRisco=2,96), sendo que as famílias em risco demonstraram uma maior necessidade
de apoio (MRisco=7,01; DPRisco=3,56; MGeral=5,81; DPGeral=3,41), do que as famílias da população
em geral.
As famílias do tipo biparental apresentaram redes de apoio a nível emocional (MBi=5,35;
DPBi=3,51; MMono=4,28; DPMono=2,40) e tangível (MBi=4,08; DPBi =2,33; MMono=3,27; DPMono=2,87)
mais extensas e níveis mais elevadas em todas as dimensões de necessidade de rede de apoio,
emocional (MMono=6,95; DPMono=2,48; MBi=6,30; DPBi =2,40), tangível (MMono=5,21; DPMono=2,91;
MBi=4,23; DPBi =2,52), e informativa (MMono=6,05; DPMono=2,76; MBi=5,15; DPBi =2,64), que as
famílias do tipo biparental. Não se observaram diferenças significativas nas dimensões de satis-
fação com o apoio social percebido em função do tipo de família (emocional: F= 2,07; p=,151;
h2=,01; tangível: F= 0,01; p=,915; h2=,00; informativa: F= 0,37; p=,542; h2=,00). As famílias
não pobres apresentaram uma rede de apoio tangível mais ampla do que as famílias pobres (F
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[1,315]=8,31, p=,004; MNpob=4,18; DPNpob=2,61; MPob=3,31; DPPob=2,34). Apesar de p não
atingir o nível de significância considerado (p < ,05), as famílias não pobres evidenciaram uma
rede de apoio informativa mais extensa (M=4,90; DP=2,88) do que as famílias pobres (M=4,22;
DP =3,23), com um efeito de pequena magnitude (F [1,315]=3,62, p=,058); contudo, as famí-
lias pobres mostraram-se mais satisfeitas com as redes de apoio tangível (MPob=8,32; DPPob
=2,44; MNPob=6,59; DPNPob=2,44) e informativa (MPob=8,26; DPPob=2,11; MNPob=7,33;
DPNPob=2,25), comparativamente às famílias não pobres.
4. Discussão
O presente estudo pretendia analisar os acontecimentos de vida stressantes e de risco atuais,
o impacto emocional e as características do apoio social percebido de famílias em risco psicos-
social e de famílias provenientes da população em geral. No que se refere às famílias em risco
psicossocial, quer dos progenitores, quer do ambiente familiar próximo, apresentaram índices
mais elevados de acontecimentos de vida stressantes e de risco atuais e passados que as famí-
lias da população em geral. Estes resultados vão ao encontro de outras investigações que se têm
debruçado sobre a análise da determinação da incidência de acontecimentos de vida stressan-
tes e de risco com famílias em situação de risco psicossocial (Macedo et al., 2013; Menéndez et
al., 2010; Moreno, 2002; Nunes & Ayala-Nunes 2015; Nunes et al., 2011; 2013; Trigo, 1998). A ele-
vada incidência do número de acontecimentos de vida negativos nas trajetórias e circunstâncias
de vida atuais das famílias em risco, associada a um elevado impacto emocional, constituem
motivo de preocupação, sugerindo o aumento da sua vulnerabilidade. A natureza e diversidade
dos acontecimentos de vida stressantes e de risco atuais entre os grupos de famílias em risco e
da população em geral foram muito semelhantes entre si, tais como situação laboral instável,
problemas económicos, conflitos conjugais, tomar conta de um familiar, situação de divórcio/
separação, e problemas físicos. Para além destes, as famílias em risco mostraram também uma
elevada incidência de problemas relativos a conflitos com filhos, problemas psicológicos, e ser
vítima de maus-tratos. Estes são os cenários mais próximos das famílias (i.e., nível micro) e são
caracterizados frequentemente, em estudos anteriores, como tendo elevado impacto na saúde
mental e bem-estar das famílias (Younas & Gutman, 2022).
As famílias em risco evidenciaram também uma presença mais elevada de acontecimentos
de vida stressantes e de risco no passado que as famílias da população em geral. Contudo, igual-
mente semelhantes entre si, os acontecimentos passados mais reportados foram problemas eco-
nómicos, situação laboral instável, problemas psicológicos, maus-tratos na idade adulta e infân-
cia. Este tipo de acontecimentos, associados a fatores de risco, tendem a reforçarem-se entre si,
ampliando os seus efeitos (e.g., Lorence, 2008) e a tornarem-se (ou serem) intergeracionais (e.g.,
Macedo et al., 2013; Menéndez et al., 2010; Nunes et al., 2011; Rodrigo et al., 2008; Younas et al.,
2023).
Os resultados evidenciaram também um maior efeito emocional dos acontecimentos de vida
stressantes sofridos pelos progenitores de famílias em risco psicossocial comparativamente às
famílias da população em geral, com especial destaque para os problemas económicos, situação
laboral instável, ser vítima de maus-tratos, e problemas judicias/policiais. Deste modo, reforça-se
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o identificado em estudos anteriores, no que se refere a fatores de risco ao nível do bem-estar
familiar e como contribuindo fortemente para o maltrato infantil (Younas et al., 2023).
Algumas investigações têm identificado o isolamento como uma característica das famí-
lias em risco psicossocial (Gracia & Musitu, 2003; Moreno, 2002). Porém, os nossos resultados, à
semelhança dos estudos desenvolvidos em Portugal (Macedo et al., 2013; Nunes et al., 2021),o
demonstraram o isolamento das famílias em risco, permitindo-nos constatar que as famílias em
risco poderão não dispor de uma rede social especialmente reduzida e com valores muito próxi-
mos aos apresentados pelas famílias da população em geral. De salientar que o
utros estudos com famílias portuguesas obtiveram resultados ligeiramente acima (i.e., em
média a rede era constituída por nove pessoas; Martins et al., 2022; Nunes et al., 2021). No tocante
à sua constituição, a rede de apoio social das famílias da população em geral era constituída
principalmente por familiares e amigos, bem como a das famílias em risco. Contudo, as famílias
em risco mostraram uma presença mais elevada do cônjuge e filhos na sua rede de apoio, compa-
rativamente às famílias da população em geral. Assim, se por um lado, a presença do cônjuge na
rede de apoio social das famílias em risco constitui um fator positivo, por outro, a presença dos
filhos menores pode constituir um indicador de alguma disfuncionalidade do sistema familiar
e parental, dado que as crianças devem receber o apoio dos pais e não vice-versa (Macedo et al.,
2013; Nunes & Ayala-Nunes, 2015). Outro aspecto relevante prende-se com o facto das famílias
em risco terem indicado uma presença mais elevada de profissionais na sua rede de apoio social
que as famílias da população em geral, sugerindo uma elevada dependência destas famílias de
ajudas sociais. Estes resultados são semelhantes aos observados por Menéndez e colaboradores
(2010), num estudo realizado com famílias em situação de risco, através do qual observaram pon-
tuações elevadas ao nível do apoio social providenciado às famílias por parte de profissionais.
Neste sentido, a interveão dos profissionais revela-se crucial junto das famílias em risco, uma
vez que poderão disponibilizar uma maior seguraa e confiaa para lidar com situações espe-
cialmente difíceis (López et al., 2007; Younas et al., 2023; Wiles et al., 2019).
Sobre os tipos específicos de apoio social, a rede mais extensa para ambos os grupos de famí-
lias, em risco e normativas, foi a rede emocional, seguida da rede informativa e da tangível. As
famílias da população em geral apresentam uma rede de apoio tangível mais ampla e significa-
tiva do que as famílias em risco, o que de alguma forma justifica a tendência por parte destas
famílias beneficiarem de apoios provenientes de distintas instituições (governamentais ou de
instituições da sociedade civil), com o objetivo de providenciar apoio e suprir algumas das suas
necessidades, através da cedência de bens, como apoio alimentar, apoio financeiro direto (paga-
mento de rendas em atraso, necessidades urgentes), ou indireto (e.g., pagamento de consultas
médicas, creches, entre outros) (Matos & Sousa, 2004; Nunes et al., 2011; Sousa, 2005).
O tipo específico de apoio que as famílias da população em geral e de risco referiram ter pre-
cisado foi o apoio emocional, seguido do informativo e do tangível. As famílias em risco reporta-
ram uma necessidade mais elevada e significativa em todos os tipos específicos de apoio compa-
rativamente às famílias da população em geral.
Estes resultados vão ao encontro de outros estudos empíricos realizados com famílias em
risco, desenvolvidos em Espanha (Menéndez, et al., 2010) e em Portugal (Macedo et al., 2013;
Nunes & Ayala-Nunes, 2015), onde os participantes referiam sentir uma maior necessidade e
menor satisfação com o apoio emocional do que com outros tipos de apoio, corroborando a rele-
ncia do fortalecimento e ampliação das redes de apoio emocional informais nas intervenções
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com estas famílias. De facto, o tipo de apoio emocional tem sido muito relatado como um fator
protetor de relevo, promovendo difereas em potenciais situações abusivas e maltrato na inn-
cia, bem como de mal-estar e baixos níveis de saúde mental dos pais (e.g., Younas et al., 2023).
Os níveis de satisfação com o apoio social percebido pelas famílias da população em geral
e de risco foram superiores às necessidades de apoio social reportadas para os três tipos espe-
cíficos de apoio (emocional, informativo e tangível). As famílias em risco mostraram-se mais
satisfeitas com o apoio social percebido, a nível global, tangível e informativo, do que as famílias
da população em geral. Este resultado coincide com aquele observado por Nunes e colaboradores
(2013), em que a necessidade de apoio referido pelas mães de famílias em risco foi moderada e o
seu nível de satisfação foi elevado.
A rede de conflitos das famílias da população em geral foi constituída na sua maioria por
familiares, amigos e njuge e das famílias em risco composta principalmente pelo cônjuge,
familiares, filhos e ex-cônjuge. Normalmente, nas famílias em situação de risco, as relações con-
jugais tendem a ser instáveis e conflituosas, ocorrendo o aparecimento de conflitos mais intensos
e relações menos positivas ou de não-reciprocidade (Rodríguez et al., 2006; Sousa, 2005), o que
sublinha a importância de que as intervenções com as famílias em risco devam abordar em par-
ticular as problemáticas identificadas na dinâmica familiar (Hidalgo et al., 2018; Macedo et al.,
2013).
A rede de apoio social em situações de risco é mais reduzida do que em situações normati-
vas, tanto nas famílias em risco, como nas famílias da população em geral. As famílias em risco
reportaram mais necessidade de apoio em presença de situações stressantes e de risco do que
as famílias da população em geral. Nunes e Ayala-Nunes (2015), num estudo desenvolvido com
famílias em risco psicossocial, concluíram também que a rede de apoio destas falias em situa-
ções graves é mais reduzida face a acontecimentos de vida mais normativos constituída na maio-
ria dos casos por familiares, podendo sugerir a fraca qualidade das relações com pessoas fora
da família. Por vezes, o suporte social providenciado não consegue mitigar o efeito negativo do
stress e o sofrimento dos indivíduos podendo até agravá-lo (Zee & Bolger, 2019).
As famílias em risco psicossocial evidenciam necessidades importantes relacionadas com as
suas redes de apoio social na sua dimensão, composição e funções que cumprem, em contraste
com as famílias da população em geral, que adquirem especial relencia tendo em consideração
a diminuição da sua rede de apoio social face a situações mais difíceis, elevada acumulação de
acontecimentos de vida negativos nas suas trajerias e circunstâncias de vida vivenciadas com
forte impacto emocional e limitações ao nível dos seus recursos para lidar adequadamente com
as inúmeras e diversificadas problemáticas nas quais se veem implicadas (Ayala-Nunes et al.,
2017; Neuhauser, 2018; Ridings et al., 2017).
Em suma, este estudo pretendeu analisar os acontecimentos de vida stressantes e de risco
atuais das famílias, o impacto emocional e características do apoio social percebido nas famí-
lias em risco psicossocial e da população em geral. Neste seguimento, o seu grande contributo
prende-se com identificar as especificidades destes fenómenos, nomeadamente nas famílias em
risco, esclarecendo algumas assunções criadas acerca deste de tipo famílias (e.g., maior necessi-
dade de apoio tangível do que emocional, quando o que se observou foi o contrio), fundamen-
tais na intervenção e na sua capacitação.
Em relação às limitações do nosso estudo, salientamos que a sua especificidade geográfica
não permite generalizar os resultados obtidos à restante população portuguesa e em situação de
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risco psicossocial. Dado tratar-se de uma investigação do tipo transversal não nos permite deter-
minar também relações de causalidade entre as variáveis analisadas. O facto de termos utili-
zado apenas um instrumento de avaliação para medir cada variável constitui outra limitação da
investigação. Contudo, este estudo para am das mães inclui participação dos pais. As futuras
investigações deverão integrar informação disponibilizada através de outros métodos e fontes de
informação, nomeadamente, outros membros da família.
5. Conclusões
Este estudo sugere a necessidade em priorizar o fortalecimento e a ampliação da rede de
apoio emocional informal nas intervenções com as famílias em situação de risco psicossocial.
Considerando que estas famílias tendem a acumular rios apoios concedidos por distintas ins-
tituições (que podem ser públicas ou privadas), denota que a grande maioria apresenta uma abor-
dagem focada no problema (Matos & Sousa, 2006), o que muitas vezes não ultrapassa os aspetos
instrumentais (Matos & Sousa, 2004; Nunes et al., 2022; Sousa, 2005). Assim, importa também
considerar outros tipos de apoio específicos a disponibilizar às famílias inerentes às necessida-
des de apoio do tipo informativo e tangível, sobretudo tendo em consideração as suas caracterís-
ticas sociodemográficas, marcadas por baixovel educativo, precaridade profissional e dificul-
dades financeiras. Torna-se fundamental monitorizar continuamente os apoios recebidos pelas
famílias e avaliar a eficácia das intervenções, para ajustá-las às suas necessidades. Para além
disso, é importante incorporar a perspetiva das famílias acompanhadas para melhorar os pro-
gramas e serviços oferecidos.
Neste seguimento, revela-se fundamental desenvolver programas que permitam ampliar e
fortalecer as suas redes de apoio social informal combinando-as com os apoios da rede formal,
através da implementação de programas, através do desenvolvimento de competências paren-
tais, das relações familiares e da prevenção de acontecimentos de vida stressantes, o que asse-
gurará a sua eficácia (Cruz et al., 2023). Para além disso, permitem reduzir a dependência das
famílias em relação aos serviços formais, promovendo a sua autonomia e resiliência.
Para atender às necessidades das famílias e aos desafios da prática profissional, particu-
larmente da área social, é fundamental investir-se na capacitação dos profissionais de saúde,
assistentes sociais, educadores e outros envolvidos no apoio a essas famílias, para que estejam
atualizados relativamente às melhores práticas e metodologias de intervenção. A adoção de uma
abordagem integrada, em que estão envolvidos profissionais de diversas áreas, permite oferecer
um apoio mais rico e holístico.
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BULLYING NA INFÂNCIA: ESTATUTO SOCIOPROFISSIONAL
DOSPAIS E DIFERENÇAS ENTRE GÉNEROS
BULLYING IN CHILDHOOD: PARENTS’ SOCIOPROFESSIONAL STATUS
ANDGENDER DIFFERENCES
Ana Maria Gomes1, Edite Ferreira2
PSIQUE • EISSN 21834806 • VOLUME XX • ISSUE FASCÍCULO 2
1ST JULY JULHO  31ST DECEMBER DEZEMBRO 2024 PP. 2744
DOI: https://doi.org/10.26619/2183-4806.XX.2.2
Submitted on 15/11/2023 Submetido a 15/11/2023
Accepted on 25/05/2024 Aceite a 25/04/2024
Resumo
O bullying é bastante prevalente no meio escolar e tem sido associado ao estatuto sociopro-
fissional, uma das variáveis do estatuto socioeconómico. O objetivo deste estudo foi analisar
a existência de relação entre o estatuto socioprofissional dos pais, as diferenças de nero e a
existência ou não de comportamentos de bullying. A amostra contou com 1160 crianças, dos 6
anos e os 11 anos, do 1º ciclo do ensino básico de Lisboa e Leiria. Os instrumentos utilizados para
a recolha de dados foram o Questionário Bullying A agressividade entre crianças no espaço
escolar 1º, e Ciclos de Olweus (1993), adaptado para a língua portuguesa e validado para
a população escolar e um Questionário Sociodemogfico. Os resultados indicam a prevalência
de comportamentos de bullying em escolas públicas e privadas e um aumento da frequência da
vitimização em relação a estudos prévios em Portugal. No que se refere à diferença entre género
e comportamentos de bullying, foram encontrados maiores valores percentuais para os meninos
na forma direta, e meninas na forma indireta e relacional. Em relação às atitudes ao presenciar
bullying, as meninas demonstraram mais comportamento ativo, ainda que indireto. Meninos tive-
ram índices maiores de comportamento passivo. Quanto ao estatuto socioprofissional dos pais e
os comportamentos de bullying, os resultados mostram que quando a criança é agressora, o nível
socioprofissional do pai e da mãe é elevado e quando a criança é vítima, o nível socioprofissional
da mãe é baixo e elevado e o nível socioprofissional do pai é médio-baixo.
PalavrasChave: Bullying, estatuto socioprofissional dos pais, diferença de género
1 CIP-Centro de Investigação em Psicologia da Universidade Autónoma de Lisboa. ana.m28.gomes@gmail.com
amgomes@autonoma.pt
2 Universidade Autónoma de Lisboa. coelhoept@netcabo.pt
Corresponding author: Ana Maria Gomes
ana.m28.gomes@gmail.com
amgomes@autonoma.pt
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Ana Maria Gomes, Edite Ferreira
Abstract
Bullying is quite prevalent in the school environment and has been associated with socio-pro-
fessional status, one of the variables of socioeconomic status. The aim of this study was to analyze
the existence of a relationship between the parents’ socio-professional status, gender differences
and the existence or not of bullying behavior. The sample included 1160 children, aged between
6 and 11, from the 1st cycle of basic education in Lisbon and Leiria. The instruments used for
data collection were the Bullying Questionnaire – Aggression among children in the 1st, 2nd and
3rd Cycles by Olweus (1993), adapted to Portuguese and validated for the school population, and
a Sociodemographic Questionnaire. The results indicate the prevalence of bullying behavior in
public and private schools and an increase in the frequency of victimization compared to previous
studies in Portugal. With regard to the difference between gender and bullying behavior, higher
percentage values were found for boys in the direct form, and girls in the indirect and relational
form. Regarding attitudes when witnessing bullying, girls showed more active behavior, albeit
indirect. Boys had higher rates of passive behavior. As for the parentssocio-professional status
and bullying behaviors, the results show that when the child is an aggressor, the socio-profes-
sional level of the father and mother is high and when the child is a victim, the mother’s socio-pro-
fessional level is low and high and the fathers socio-professional level is medium-low.
Keywords: Bullying, socio-professional status of parents, gender difference
Bullying3 é um comportamento intencional de violência física, verbal ou emocional, repetido
ao longo do tempo e com abuso de poder entre os pares (Olweus, 1993). Trata-se de um abuso
sistemático de poder, que prejudica repetida e deliberadamente outros (Farrington, et al. 2011).
O bullying abrange todas as atitudes agressivas, intencionais e repetidas, sem motivo aparente,
que são adotadas por uma ou mais pessoas contra outra, causando dor e angústia em relações
spares de poder. Essa disparidade pode ser consequência da diferença de idade, do tamanho,
do desenvolvimento físico ou emocional e, também, do apoio que o agressor encontra (Pelchar &
Bain, 2014; Cozma et al., 2015; Andreou et al., 2020).
Os comportamentos de bullying podem tomar a forma de diretos ou indiretos. Olweus (1993)
considera pertinente a distião entre os tipos de bullying: o direto consiste em ataques evidentes;
o indireto, em isolamento social e exclusão intencional de um grupo. O bullying direto baseia-se
em agressões físicas (bater, empurrar, dar pontapés, impedir a passagem do outro). Já o bullying
indireto, relaciona-se com os comportamentos verbais (chamar nomes depreciativos, ameaças,
alcunhas ofensivas, ou desagradáveis), ou de forma mais subjetiva e insinuadora (gestos ofensi-
vos, exclusão) (Silva & Costa, 2016).
Para que seja bullying, é necessário que o comportamento agressivo se mantenha de forma
recorrente face ao indivíduo que assume o papel de vítima. Uma situação de agressão pontual
não é bullying. O bullying, como já foi referido, é uma agressão que é regular e não ocasional. Os
3 Tornou-se habitual o uso do termo bullying, em inglês, por não haver uma palavra portuguesa que resuma este comporta-
mento no seu todo, ou que descreva satisfatoriamente todo o seu sentido.
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Bullying na inncia: estatuto socioprofissional dospais e difereas entre géneros
intervenientes do bullying o: o agressor, a vítima e os observadores. Logo, num contexto esco-
lar, todos os alunos da escola são de certa forma intervenientes do bullying, pois, mesmo que não
sejam agressores ou vítimas, são observadores (Gomes, 2014).
Consequências do bullying para a saúde mental das crianças
Os envolvidos em situações de bullying relatam também mais problemas de saúde mental e
menor ajuste emocional e social, sofrimento psicológico e menor bem-estar (Thomas et al., 2016).
De um modo geral, diversos autores foram identificando as consequências do bullying, principal-
mente nas vítimas, quer ao nível da saúde, através dos sintomas físicos, como as dores de cabeça
e barriga, como a irritabilidade, nervosismo, cansaço e insónias, quer ao nível do bem-estar psi-
cológico, através de sentimentos de tristeza, infelicidade, elevados níveis de depressão, ansie-
dade e maior risco de suicídio na adolescência (Garner & Hinton, 2010; Farrington & Baldry, 2010;
Rothon et al., 2010; Skapinakis et al., 2011; Cuesta et al., 2021).
Ser vítima de bullying pode levar a um risco aumentado de efeitos psicológicos colaterais,
como depressão, tentativas e ideação suicidas e baixa autoestima (Swearer et al., 2001; Klomek
et al., 2007; 2008; Cuesta et al., 2021). O estudo de Skapinakis et al. (2011), apontou que as vítimas
de bullying eram significativamente mais propensas a relatar ideias suicidas do que os agressores
e que estes efeitos psicológicos negativos persistiram na idade adulta. Koyanagi et al. (2019),
correlacionaram a vitimização por bullying a um maior mero de tentativas de suicídio, entre
adolescentes, em 47 de 48 países estudados. E, segundo Pereira & Pinto (1999), as consequências
do bullying para as vítimas passam pela perda de autoconfiança e confiança nos outros, falta de
autoestima, autoconceito negativo e depreciativo, falta de concentração, morte, dificuldades de
ajustamento na adolescência e na vida adulta.
Em relação aos agressores, existe a dificuldade em respeitar a Lei, com uma crença na força
para a solução dos seus problemas. Ou seja, a dinâmica do bullying parece interferir nas ten-
ncias comportamentais particulares das crianças agressoras. As crianças que causam mais
problemas na escola e são mais desonestas, também são mais propensas a intimidar (Farrington
& Baldry, 2010). Da mesma forma, as crianças que são agressoras são mais propensas a ter uma
autorregulação pobre das suas emoções (Garner & Hinton, 2010).
Os observadores/espectadores de comportamentos de bullying também são suscetíveis de
sofrerem efeitos psicológicos, como a ideação suicida (Rivers & Noret, 2010; Cuesta et al., 2021).
As crianças que testemunham o bullying podem experimentar a co-vitimização, experimentar o
abuso de/ou com a vítima, ou revitimização, lembrando as suas próprias experncias com a viti-
mizão. Elas também podem vivenciar a ansiedade produzida pelos desejos contrastantes entre
parar a vitimização, e o medo de se tornarem o pximo alvo (Brank et al., 2012).
Ou seja, todas as pessoas envolvidas no bullying são afetadas por suas consequências negativas.
Silva e Costa (2016), ressaltam que até mesmo professores e funcionários escolares podem sofrer
com o bullying, uma vez que na existência destes comportamentos, a instituição em si transforma-
-se num ambiente violento. Em relação aos efeitos futuros do bullying, Espelage, et al. (2016) anali-
saram a associação entre a vitimização por bullying na inncia e o funcionamento psicológico de
uma amostra de jovens adultos a frequentar a faculdade. O bullying na inncia foi considerado um
forte preditor para a existência de stresse pós-traumático (SPT), na vida adulta.
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Tendo em conta as consequências para a saúde mental e a deterioração do funcionamento
escolar, fomentadas por altos níveis de envolvimento em situações de bullying (Renshaw et al.,
2016), é urgente ajustar todos os esforços para o desenvolvimento de intervenções futuras, adap-
tando as verdadeiras necessidades atuais das crianças e jovens e, também, da própria socie-
dade. Em Portugal, a maior parte dos estudos sobre bullying efetuam-se ao nível do 2º e 3º ciclo
do ensino básico, e verifica-se uma fraca consistência dos resultados relativamente ao estatuto
socioeconómico dos pais. Pareceu-nos, portanto, pertinente estudar na população portuguesa
do 1º ciclo do ensino sico os comportamentos de bullying e a sua relação com as diferenças de
nero e o estatuto socioprofissional dos pais.
Bullying na dinâmica escolar
Sendo a escola o lugar onde as crianças passam a maior parte do seu tempo, as relações entre
pares nelas constituídas m um papel fundamental no desenvolvimento da criança. O bullying
costuma ser mais frequente nos primeiros anos escolares, mas a violência pode ocorrer em todas
as faixas etárias. Estudos realizados em diferentes países indicam que o bullying na escola ocorre
em todo o mundo e não se limita a uma região geográfica, grupo socioeconómico, ou cultural
(Olweus, 1993, Whitney & Smith, 1993, Craig et al., 2009, Magklara et al., 2012; Koyanagi et al.,
2019; Li et al., 2020). Gomes (2014) reforça que em todas as escolas existe bullying, quer sejam
públicas, privadas, rurais, urbanas ou religiosas.
Em Portugal, Pereira, 2001) realizaram um estudo em escolas do 1º e ciclos do ensino
básico do distrito de Braga e concluíram que uma a cada cinco crianças tinha sido vítima de
bullying, três ou mais vezes, no mesmo período. Verificou-se também que em Lisboa e Braga,
tanto a agressão, quanto a vitimização, persistem três ou mais vezes em ambos os distritos e
com valores muito idênticos (Pereira et al., 2004). Outros estudos, efetuados no 1º ciclo do ensino
sico, concluíram que 20% das crianças estavam frequentemente envolvidas em comportamen-
tos de bullying (Pereira, 2001). Segundo Carvalhosa (2010), em Portugal, um em quatro alunos
envolvem-se em comportamentos de bullying duas a três vezes por mês. E quanto à idade, são os
mais novos que aparecem como vítimas.
Beane (2011) refere que a criança aprende muito cedo qual o padrão certo de aceitação
perante os outros: a valorização da aparência, da inteligência, ou até mesmo da força. Ao fugir
destes estereótipos, a criança tetendência para a exclusão. Baseado nos estudos de Olweus,
Beane (2010) diz ainda que as vitimas de bullying o as crianças que já foram timas de agres-
são em casa e na escola, ou que vivenciaram episódios violentos. As vítimas poderão ver as suas
vidas de forma distorcida, através do medo e da falta de confiança em si e nos outros. Por outro
lado, os agressores poderão ter dificuldade de inserção social, pela dificuldade em respeitar as
normas sociais, e pela crença na força como solução para os seus problemas (Costa & Pereira,
2010; Magklara et al., 2012).
A prevalência do bullying tende a diminuir com a idade (Due & Holstein, 2008; Smith et al.,
2010). As crianças mais jovens são as que estão mais expostas a este femeno por serem mais
novas e até mais fgeis. Nas crianças mais novas são mais frequentes as agressões diretas, em
virtude do seu desenvolvimento global e da aquisição de determinadas competências cogniti-
vas e sociais não estarem completamente adquiridas (Pereira, 2008). No entanto, quando estas
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Bullying na inncia: estatuto socioprofissional dospais e difereas entre géneros
mantêm os comportamentos de bullying em relação aos seus pares, não agridem repetidamente
o mesmo indivíduo. Ou seja, têm tendência a vitimar diferentes colegas e em diferentes ocasiões.
Smith e Monks (2008) referem que as crianças que são vitimadas no primeiro ciclo podem ter
mais facilidade em se libertar desta situação desvantajosa.
Bullying e género
O tipo de agressão no bullying varia consoante a idade, mas também em relação ao género das
criaas envolvidas nele. A literatura sugere algumas diferenças nos padrões de comportamento
de bullying adotados por meninos e meninas. Vários estudos têm apontado que meninos utilizam
mais as agressões físicas e verbais, ou seja, usam a provocação e a violência física e psicológica.
Já meninas, apelam mais às agressões indiretas pelo bullying social ou psicológico, caracterizado
pelas ofensas, humilhações e divulgação de rumores que geram exclusão social (Carvalhosa et
al., 2009; Lourenço et al., 2009; Costa & Pereira, 2010; Healy & Sanders, 2015; Andreou et al., 2020;
Li et al., 2020).
Em relação aos papéis assumidos no bullying, uma pesquisa internacional feita pela Organi-
zação Mundial de Sde (OMS) descobriu que os rapazes assumem com mais frequência o esta-
tuto de agressores/bullies em relação às raparigas em todos os países que foram alvos do estudo.
E que as raparigas indicam níveis de vitimização iguais e por vezes superiores aos rapazes (Craig
& Harel, 2004; Li et al., 2020). Bandeira e Hutz (2012) encontraram resultados semelhantes em
estudo sobre bullying em escolas no Brasil: os meninos foram responsáveis por 50% dos ataques
relatados, enquanto as meninas, 18,8%. Agressões por ambos os neros, representaram 31,2%
dos relatos.
Estes dados encontram amparo no estudo de Rosen e Nofziger (2019), que destacou o ca-
ter generalista das escolas ao separar as atividades, uniformes, currículos, desporto e estilo de
ensino por género. No ambiente escolar, existem distinções quanto a estas categorias para meni-
nos e meninas. As autoras apontam que o bullying é um comportamento modelado e reforçado
pelo género, a partir de perspectivas estereotipadas, pautadas numa masculinidade hegemónica.
O bullying seria, portanto, uma forma de reafirmação da própria heterossexualidade. Na mesma
linha, Gini e Pozzoli (2006) indicam que o bullying reforça hierarquias de status ao acentuar dis-
paridades de gênero, como que justificando a existência das mesmas.
Tais dinâmicas são percebidas sobretudo ao problematizar o bullying homofóbico. Um estudo
específico sobre este tema, realizado em Portugal, mostrou que nestes casos a vitimização é
maior, 56.4%, entre os meninos (Pereira, 2001). Isto porque, de acordo com os autores, mesmo
pessoas heterossexuais podem vir a sofrer bullying homofóbico, uma vez que este se baseia em
estereótipos de nero, pautados em suposições sobre os papeis sociais de género. Na mesma
linha, para Rodrigues et al. (2016), a motivação para o bullying homofóbico deriva da homofobia,
mesmo quando direcionado a pessoas que não se percebam como LGBT, basta que sejam perce-
bidas como divergentes da heteronormatividade.
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Bullying, influência da família e os fatores socioprofissionais dos pais
Para além das diferenças e particularidades de género, a influência familiar é vista como
um fator relevante na formação dos comportamentos ligados ao bullying (Silva & Costa, 2016;
2019; Mendoza et al., 2020). A literatura aponta que com mais frequência as vítimas de bullying
são criaas e adolescentes de famílias de baixa posição socioeconómica, uma associação que
parece ser relativamente forte em vários países (Due et al., 2009, Perren et al., 2009). Uma meta
análise realizada por Tippett e Wolke (2014), apontou que as bully-vítimas têm maior probabili-
dade de ter origens socioeconómicas mais baixas. Mais especificamente, ser vítima de bullying
foi associado a uma educação parental pobre, baixa ocupação parental, dificuldades económicas
da família, e a pobreza no geral (Tippett e Wolke, 2014).
As taxas mais elevadas de bullying foram encontradas em países onde a desigualdade social
é maior. A desigualdade social e a sua relação com o bullying tem sido abordada ao problematizar
por que as crianças se envolvem em bullying escolar (Tippett e Wolke, 2014). Mas é importante
considerar que os comportamentos de bullying são esperados em qualquer estrato socioeconó-
mico em que existam ganhos potenciais em assumir uma posição de domínio de uns sobre os
outros (Tippett e Wolke, 2014; Silva & Costa, 2016).
Neste sentido, a variável mais estudada em estudos recentes é o Estatuto Sócio Económico
(ESE) porque define a posição social que o indivíduo ocupa na sociedade, e é determinada
pela educação, profissão, salário e saúde (Davies, 2011; Cuervo et al., 2012; Jansen et al., 2012;
Magklara et al., 2012; Wang et al., 2012; Tippett e Wolke, 2014). O Estatuto Sócio Económico é
um conceito agregado que compreende indicadores baseados em recursos materiais e recursos
sociais e baseados no prestígio (classificação ou status individual) da posição socioeconómica,
que podem ser medidos em todos níveis sociais (individuais, familiares e de vizinhança) e em
diferentes períodos de tempo. Pode ser avaliado através de medidas individuais, como nível de
habilitações literárias, salário e/ou ocupação profissional. E também pode ser avaliado por medi-
das compostas, combinando ou atribuindo pesos a diferentes aspetos socioeconómicos para for-
necer um índice geral de nível socioeconómico (Tippett e Wolke, 2014).
No nosso estudo, operacionalizamos a vertente socioprofissional na forma de estatuto sócio
profissional (ESP). Ou seja, a profissão e nível académico dos pais, uma das variáveis que com-
em o estatuto socioeconómico. Devido à conjuntura económica que se vive em Portugal, opta-
mos por dividir o estatuto socioprofissional da seguinte forma: nível socioprofissional baixo (tra-
balhadores assalariados, por conta de outrem, trabalhadores não especializados da indústria e
da constrão civil, empregados de balcão no pequeno comércio, contínuos, cozinheiros, empre-
gados de mesa, empregados de limpeza, pescadores, rendeiros, trabalhadores agrícolas, ven-
dedores ambulantes, até ao ciclo preparatório e desempregados); nível socioprofissional dio
baixo (trabalhadores especializados da indústria mecânicos, eletricistas motoristas, pequenos
patrões do comércio, indústria e serviços, profissionais cnicos interdios independentes, pes-
cadores proprierios de embarcações, empregados de escritório, seguros e bancários, agentes
de seguraa e contabilistas); nível socioprofissional médio alto (enfermeiros, assistentes sociais,
professores do ensino básico e secundário, do 4º ano de escolaridade ao 12º ano de escolaridade,
cursos médios e superiores); nível socioprofissional elevado (grandes empresários ou proprietá-
rios agrícolas, do comércio e indústria, quadros superiores da administração pública, do comér-
cio, da indústria e de serviços, profissões liberais -gestores, médicos, magistrados, arquitetos,
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Bullying na inncia: estatuto socioprofissional dospais e difereas entre géneros
engenheiros, economistas, professores do ensino secundário e superior, artistas, oficiais superio-
res das forças militares e militarizadas, pilotos de avião, do 4º ano de escolaridade - de modo a
incluir grandes proprierios e empresários - à licenciatura, mestrado e doutoramento) (Almeida,
1988).
A literatura associa o baixo nível socioeconómico das famílias ao envolvimento das crianças
com o bullying, principalmente relacionadas com a escolaridade dos pais (Analitis et al., 2009;
Garner & Hinton, 2010; Vlachou et al., 2011; Shetgiri et al., 2012). Percebe-se que o baixo nível
educacional dos pais reflete limitações em recursos intelectuais, conhecimentos e habilidades
sociais (Fu et al., 2013). Vale destacar também, a influência das disparidades de género nas pro-
fises, e consequentemente no ESP, com impacto sobretudo para as famílias monoparentais.
Em Portugal, o emprego feminino se concentra maioritariamente nos setores de atividade como
serviços e vendas e profissões não qualificadas, como a restauração, comércio a retalho, cui-
dado e limpeza (Heinzelmann et al., 2021; Coelho & Ferreira, 2018). Ou seja, uma disparidade de
género que interfere no nível socioeconómico e que impacta mais severamente nas famílias cujas
mulheres são as únicas provedoras.
No que diz respeito à influência familiar, Cummings (2010) verificou que o tipo de família
em que a criança está inserida influencia o seu comportamento. E, muitas vezes, as crianças que
observam e vivem com a violência em casa, refletem essa violência para dentro da escola (Fu et
al., 2013). Relações de desigualdade de poder na família e na escola, a ambivalência no envolvi-
mento emocional com pais, irmãos e colegas, são relevantes, dado o clima emocional frio e assi-
métrico. As relações de desigualdade de poder na família revelam um lar com um dia a dia hostil
e permissivo em que há o uso da vioncia como forma de disciplina, sem quaisquer habilidades
para a resolução de conflitos, o que leva as crianças a transportarem essas condutas com os cole-
gas e até com os professores (Go, Kong & Kim, 2018).
É comum que as criaas com comportamentos de bullying venham de famílias que têm a
violência como forma de comunicar poder e com pouco ou nenhum afeto. Ou seja, crianças com
problemas no seio familiar teriam mais probabilidades de serem agressivas (Go, Kong & Kim,
2018). Por outro lado, existem agressores que vêm de uma família estruturada, sem a presença de
atitudes agressivas, mas que m preconceitos com as diferenças. Ao transmitir esse preconceito
para os filhos, estes agem na escola de uma forma igualmente preconceituosa (Harris & Petrie,
2002).
Método
Participantes
A amostra compreende um total de 1160 crianças, divididas em 567 raparigas e 593 rapazes
de escolas públicas (n=574) e escolas privadas (n=586). Trata-se de uma amostra de conveniência,
composta por criaas estudantes do 1º ciclo do ensino básico em escolas portuguesas do centro
de Portugal Continental, com idades entre 6 e 11 anos.
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Instrumentos
Questionário Sóciodemográfico
Teve como objetivo caracterizar os participantes, quanto ao género, idade, escola pública ou
privada, assim como as habilitões dos pais, idade e ocupação profissional. O estatuto sociopro-
fissional dos pais das crianças foi codificado de acordo com a classificação de Almeida (1988),
segundo a qual podemos distinguir quatro níveis profissionais: baixo, médio baixo, médio alto e
alto.
Questionário Bullying - A agressividade entre crianças no espaço escolar 1º, 2º e 3º Ciclos
Elaborado por Olweus (1993), é organizado em quatro áreas. A primeira, refere-se aos dados
sociométricos. A segunda, foca em comportamentos de vitimização (a frequência, a forma e local
das agressões, número, nero, idade e a turma dos agressores), se houve queixas das vítimas, e
se os professores e funcionários da escola intervirem, se algum colega os tentou defender e qual a
atitude do pprio quando observa um colega a ser vítima de bullying. A terceira, identifica com-
portamentos de agressão realizados pelo inquirido (a frequência com que estes ocorrem, motiva-
ção para a agressão, existência de comportamentos em grupo de bullying). A quarta e última, per-
gunta ao aluno se ajudaria a agredir algum colega por não gostar dele (Melim, 2011). Foi adaptado
para a língua portuguesa e validado para a população escolar por Beatriz Pereira e Ana Tomás
UM/CEFOPE, em 1994 e revisto por Beatriz Pereira e Fernando Melim em 2010 UM/IE.
Procedimentos
Foram feitos contactos com vários diretores de agrupamento escola, após as autorizações dos
Diretores dos estabelecimentos de ensino e pedidas as autorizações aos pais das crianças. Foram
então marcadas as datas de aplicação do protocolo com a direção das escolas. E finalmente, foi
permitido o acesso ao processo do aluno (via autorização dos professores) para confirmação dos
dados do estatuto socioprofissional dos pais.
A aplicão do protocolo foi realizada por 3 investigadoras divididas simultaneamente pelas
salas de aula e tendo a colaboração dos professores. No 1º ano, efetuamos a aplicação do proto-
colo em pequenos grupos de 4 crianças numa sala à parte com a investigadora, uma vez que as
crianças ainda não sabem ler nem interpretar as questões. As crianças do , 3º e 4º ano preen-
cheram o protocolo em sala de aula, contexto grupo, com a colaboração do respetivo professor.
Os protocolos de cada criaa foram identificados com um digo por criaa e outro per-
tencente a cada escola. A administração e a cotação dos respetivos questionários respeitaram
registos estandardizados. Os dados foram inseridos numa base de dados e foi realizada uma aná-
lise geral da viabilidade dos dados. Após a limpeza de dados, estes foram inseridos no software
IBM SPSS (Statistical Package for Social Sciences) versão 22.0 em Windows.
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Bullying na inncia: estatuto socioprofissional dospais e difereas entre géneros
Resultados
Estatísticas Descritivas
Inicialmente realizou-se uma análise descritiva dos resultados obtidos através de indicado-
res com médias, desvios-padrão, frequências e percentagens. A amostra é constituída por 1160
crianças, 593 rapazes (1.1%) e 567 raparigas (8.9%), com idades compreendidas entre os seis anos
e os 12 anos de idade, sendo que os rapazes da amostra apresentaram valores médios superiores
de idade, quando comparados com as raparigas (M = 8.02; DP = 1.21) e (M = 7.90; DP = 1.22), res-
petivamente (Ver tabela 1). Entretanto, não foram verificadas diferenças estatisticamente signifi-
cativas na variável idade em função do género das crianças (Ver tabela 1).
TABELA1
Diferenças na variável idade em função do género
Rapazes Raparigas
M DP M DP U
Idade 8.02 1.21 7.90 1.22 155817.00
No que se refere ao meio de educação, a maioria da amostra encontra-se a frequentar educa-
ção privada, o que corresponde a 50.5% (N = 586) (Ver tabela 2).
TABELA2
Frequências e percentagem das variáveis género e meio de educação
N %
Género 1160 100.0
Rapazes 593 51.1
Raparigas 567 48.9
Meio de Educação
Público 574 49.5
Privada 586 50.5
Escolaridade dos progenitores
Quanto à variávelescolaridade dos progenitores” das crianças da amostra, é possível verifi-
car, na análise da tabela 5, que a maioria das mães das crianças mencionou ter um curso superior
(N = 666; 57.4%). Em relação aos pais, apesar de 552 terem relatado ter um curso superior (corres-
pondente a 47.6%), estes apresentam percentagens superiores à das mães nas outras categorias
de escolaridade, como o ensino secundário. No que se refere ao nível socioprofissional, 265 mães
referem ser baixo, 22.8% da amostra, sendo que 24.3% dos pais aludem ter um nível socioprofis-
sional elevado.
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TABELA3
Frequências e percentagens do nível socioprofissional e da escolaridade dos progenitores das crianças
daamostra
Pai Mãe
N % N %
Escolaridade
Ensino Básico – 1º ciclo 16 1.4 11 .9
Ensino Básico – 2º ciclo 38 3.3 27 2.3
Ensino Básico – 3º ciclo 122 10.5 101 8.7
Ensino Secundário 252 21.7 208 17.9
Ensino Superior 552 47.6 666 57.4
Curso Técnico-Prossional 3 .3 1 .1
Nível Sócioprossional
Baixo 243 20.9 265 22.8
Médio-Baixo 274 23.6 192 16.6
Alto 37 3.2 159 13.7
Elevado 282 24.3 242 20.
Prevalência do bullying no ensino básico
Confirma-se que há uma prevalência significativa de comportamentos de bullying em crian-
ças a frequentar o ensino básico, com 72.2% das crianças a reportarem terem sido vítimas de
agressão.
TABELA4
Vitimização por bullying em função do meio de educação
Meio Educação
Público Privado Total
N % N % N % c2 p
Vitimização por Bullying 2.20 .138
Não Vítimas 147 25.8 172 29.8 319 27.8
Vítimas 422 74.2 406 70.2 828 72.2
Diferenças de género no bullying
Existem diferenças de género e ao nível dos comportamentos de bullying em crianças a fre-
quentar o ensino básico, uma vez que os rapazes da amostra apresentam maiores valores percen-
tuais na forma direta bater, dar murros e pontapés(47.2%), enquanto as raparigas apresentam
maiores valores percentuais na forma de bullying indireta e relacional, como “falar mal de mim,
dizerem segredos sobre mim” (29.8%) e “não brincam comigo e deixam-me só” (21,5%).
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Bullying na inncia: estatuto socioprofissional dospais e difereas entre géneros
TABELA5
Formas de bullying de acordo com o género do aluno
Género
Rapaz Rapariga Total
N % N % N % c2 p
Como te têm feito mal
Bater, dar murros ou pontapés 280 47.2 204 36.0 484 41.7 15.06 .000***
Roubar 68 11.5 54 9.5 122 10.5 1.16 .281
Pedir dinheiro emprestado e não devolver 21 3.5 14 2.5 35 3.0 1.14 .286
Ameaçar, meter medo 94 15.9 81 14.3 175 15.1 .55 .456
Chamar nomes feios 252 42.5 248 43.7 500 43.1 .18 .669
Falar de mim, dizerem segredos sobre mim 123 20.7 169 29.8 292 25.2 12.64 .000***
Não falarem comigo 51 8.6 63 11.1 114 9.8 2.06 .151
Espalhar mensagens por telemóvel ou internet 4 .7 8 1.4 12 1.0 1.54 .215
Insultar pela cor ou raça 24 4.0 24 4.2 48 4.1 .03 .874
Não brincam comigo e deixam-me só 70 11.8 122 21.5 192 16.6 19.80 .000***
Outras coisas 34 5.7 38 6.7 72 6.2 .47 .494
Nota. Tabela realizada a partir de um conjunto de respostas múltiplas que contabiliza apenas os valores “sim” das diferentes varveis dicomicas
incluídas.
*** p ≤ .000.
No comportamento adotado perante um colega vítima de agressão, existem dois resultados
estatisticamente significativos: para o comportamento passivo, em que aludem que não fariam
nada, os rapazes apresentam valores percentuais mais altos (8.9%) contra as raparigas (5.1%) e
para um comportamento ativo, mas indireto, como chamar alguém para ajudar, são as raparigas
(48.5%) que mencionaram que adotariam tal conduta, contra 41.5% dos rapazes.
TABELA6
Comportamento adotado perante vítimas de agressão de acordo com o género
Género
Rapaz Rapariga Total
N % N % N % c2 p
O que fazes quando vês um colega da tua
idade a ser agredido na escola?
Nada, não é nada comigo 53 8.9 29 5.1 82 7.1 6.45 .011*
Nada, mas acho que deveria ajudar 71 12.0 63 11.1 134 11.6 .21 .646
Nada porque podem vingar-se de mim 22 3.7 29 5.1 51 4.4 1.36 .243
Tento ajudá-lo ou ajudá-la como posso 271 45.7 271 47.8 542 46.7 .51 .475
Chamo alguém para ajudar 246 41.5 275 48.5 521 44.9 5.77 .016*
Ajudo só se for meu amigo ou amiga 80 13.5 63 11.1 143 12.3 1.52 .218
Ajudo mesmo que não o/a conheça 252 42.5 240 42.3 492 42.4 .00 .954
Nota. Tabela realizada a partir de um conjunto de respostas múltiplas que contabiliza apenas os valores “sim” das diferentes varveis dicomicas
incluídas.
* p ≤ .05.
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Correlação entre ESP baixo e comportamentos de bullying
o existe uma correlação positiva entre um ESP baixo e a existência de comportamentos de
bullying em crianças a frequentar o ensino básico, porque 35.4% das crianças que não foram víti-
mas de bullying têm uma mãe com baixo nível socioprofissional. E quando a criança é agressora,
o nível socioprofissional do pai e da mãe é elevado, 33.2% e 31.4%, respetivamente.
TABELA7
Vitimização por bullying de acordo com o nível socioprofissional do progenitor
Vitimização por Bullying
Não Vítima Vítima Total
N % N % N % c2 p
N. Socioprof. Pai 2.79 .425
Baixo 71 28.3 169 29.5 240 29.2
Médio-Baixo 75 29.9 197 34.4 272 33.0
Alto 13 5.2 24 4.2 37 4.5
Elevado 92 36.7 182 31.8 274 33.0
Nota. N. Socioprof. Pai = nível socioprofissional do pai.
TABELA8
Vitimização por bullying de acordo com o nível socioprofissional da progenitora
Vitimização por Bullying
Não Vítima Vítima Total
N % N % N % c2 p
N. Socioprof. Mãe 4.26 .234
Baixo 93 35.4 168 28.9 261 30.9
Médio-Baixo 59 22.4 131 22.5 190 22.5
Alto 42 16.0 114 19.6 156 18.5
Elevado 69 26.2 169 29.0 238 28.2
Nota. N. Socioprof. Mãe = nível socioprofissional da mãe.
Discussão
Considerando dados relatados por Magklara et al. (2012), nosso estudo apresenta um aumento
da frequência da vitimização por bullying, com 36.6% das crianças a afirmarem terem sido agre-
didas 2 vezes, e 46.6%, 5 ou mais vezes. Magklara et al. (2012) constataram uma média de 32.1%
de crianças vítimas de bullying. Nossos resultados apontam também para um aumento da vitimi-
zação por bullying em relação a outros estudos realizados em Portugal (Pereira et al., 2008; Costa
& Pereira, 2010; Costa et al., 2015; Coelho & Romão, 2018).
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Bullying na inncia: estatuto socioprofissional dospais e difereas entre géneros
Quanto à existência de diferenças de género e ao nível dos comportamentos de bullying, o
nosso estudo vai ao encontro da literatura sobre crianças a frequentar o ensino básico (Carva-
lhosa et al., 2009; Lourenço et al., 2009; Costa & Pereira, 2010; Healy & Sanders, 2015). E alinha-se
também a outros estudos sobre bullying e diferenças de género em geral (Gini & Pozzoli, 2006;
Rosen & Nofziger, 2019). As autoras e autores supracitados, reafirmam um maior envolvimento
dos rapazes na forma direta de bullying, e das raparigas na forma indireta e relacional. Este dado
parece ter relação com as expectativas de como se dão as interações sociais, os padrões de ami-
zade, e, consequentemente, as estratégias para superar situações socialmente desafiadoras, entre
meninos e meninas (Andreou et al., 2020). Neste sentido, a valorização das noções estereotipadas
sobre masculinidade foi reportada como fator preponderante tanto na postura de agressores,
quanto de vítimas por Gini e Pozzoli (2006).
A mesma lógica parece aplicar-se em relação ao comportamento adotado perante um colega
vítima de agressão. Os dados do nosso estudo demonstraram que ao presenciar uma situação de
bullying, há uma tenncia maior dos rapazes em não agir para impedir uma agressão, enquanto
as raparigas buscam impedir de forma indireta, avisando alguém (professores e funcionários da
escola) sobre o ocorrido, por exemplo. Estes dados alinham-se aos de Rosen e Nofziger (2019) que
constataram que muitos rapazes julgam o bullying uma experiência natural da adolescência mas-
culina, por vezes relevando suas consequências físicas e emocionais. Da mesma forma, ao estu-
dar o comportamento dos observadores, Drogin & Young (2008) havia apontado o fato de uma
maior sociabilidade para resolução de conflitos ser valorizado entre as mulheres, o que impac-
taria no posicionamento das raparigas frente à vitimização de colegas. Tal constatação parece
ser corroborada pelo estudo de Mendoza et al. (2020) com alunos não envolvidos em bullying. Os
autores apontaram que o fortalecimento das capacidades sociais como uma das estratégias para
reduzir comportamentos de bullying.
no que se refere ao nível socioprofissional dos progenitores, verificamos que as crianças
com um pai de nível socioprofissional médio-baixo apresentam maior propensão em não apoiar
agressões aos colegas na escola (N = 211; 35.5%), enquanto que 41.6% das crianças que relataram
ter apoiado outro colega a agredir, tem um pai com nível socioprofissional elevado (N = 69; 41.6%),
existindo diferenças estatisticamente significativas, χ2(3) = 16.37; p = .001. Observamos ainda,
que os resultados quanto ao nível socioprofissional das mães são similares aos dos pais. Portanto,
o ESP não se mostra como determinante para um aumento no bullying.
Neste sentido, é importante ressaltar que taxas mais elevadas de bullying têm sido encon-
tradas em países onde a desigualdade social é maior (Tippett & Wolke, 2014). Tais dados suge-
rem que o nível absoluto de ESE não é o que preo bullying, mas sim o grau de desigualdade
social que existe na sociedade. Lembrando que não apenas os fatores económicos expressam
desigualdade num contexto social. Disparidades de género, além de discriminações étnico-ra-
ciais são também indicadores importantes (Constantino et al., 2019). Sendo o bullying uma inte-
ração social, amparada no contexto social (Berger, 2007), não surpreende que sociedades muito
desiguais favoreçam tais comportamentos. Os comportamentos de bullying existem em qualquer
estrato socioeconómico, desde que existam ganhos potenciais em assumir uma posição de domí-
nio de uns sobre os outros.
Os resultados do nosso estudo demonstram a importância da busca por relações sociais mais
equilibradas e justas, sobretudo no que se refere às disparidades de nero. O bullying reforça
hierarquias de status, uma vez que se perpetua nas desigualdades, podendo agravar realidades
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já conflituosas. É importante que as instituições de ensino estejam atentas as estas dinâmicas, a
fim de estabelecer ambientes mais saudáveis para a comunidade que as frequentam.
Além disso, do ponto de vista da teoria da aprendizagem social (referência), é pelos relacio-
namentos precoces em casa que as crianças aprendem e moldam o modo como vão interagir
mais tarde na vida. O suporte familiar é também um fator importante para minorar os proble-
mas que afetam as criaas, principalmente as consequências dos comportamentos de bullying
(Brank et al., 2012; Eun, Jung & Ko, 2018). Faz sentido, portanto, afirmar que pais que transmitam
aos filhos valores positivos e abertos à diversidade, possibilitam um melhor desenvolvimento de
capacidades sociais para que se expressem e se relacionem de forma adequada.
A escassez de estudos realizados em Portugal que estabelecessem a relação dos comporta-
mentos de bullying nas crianças do 1º ciclo do ensino básico foi uma das limitações deste estudo.
Além disso, o tempo de espera das autorizações das Direções de Escolas ou Agrupamentos, prin-
cipalmente no ensino privado, teve algum impacto no ritmo da investigação.
Quanto às sugestões para investigações futuras, seria relevante introduzir a variável cyber-
bullying em crianças do 1º ciclo básico, uma vez que estudos recentes apontam um crescimento
desta forma de bullying (Rosen & Nofziger, 2019; Li et al., 2020). Da mesma maneira, estabelecer
relões desta com o estatuto socioprofissional dos pais e as diferenças de género, poderia trazer
contribuições pertinentes, dado o impacto das novas tecnologias na sociedade atual.
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45
THE MEDIATING EFFECT OF SOCIAL SUPPORT IN THE
RELATIONSHIP BETWEEN RESILIENCE AND LONELINESS AMONG
THE ELDERLY PEOPLE
Matilde Castro1, Lídia Serra1
PSIQUE • EISSN 21834806 • VOLUME XX • ISSUE FASCÍCULO 2
1ST JULY JULHO  31ST DECEMBER DEZEMBRO 2024 PP. 4556
DOI: https://doi.org/10.26619/2183-4806.XX.2.3
Submitted on 26/01/2024 Submetido a 26/01/2024
Accepted on 29/05/2024 Aceite a 29/05/2024
Abstract
Loneliness is an emotional and subjective experience that has a significant impact on people,
especially elderly people. Various factors, such as resilience and social support, can help miti-
gate the negative effects of loneliness. However, further research is needed to understand how
social support can influence the relationship between resilience and loneliness. With the aging
of the population, understanding this issue has become even more urgent. Objective: The main
objective of this research was to understand the mediating effect of social support on the rela-
tionship between resilience and loneliness among elderly people. Method: This study included
a sample of 104 elderly people aged between 65 and 92 years, and three main measurement ins-
truments were employed: the Wagnild and Young Resilience Scale, the Loneliness Scale (UCLA),
and the Multidimensional Scale of Perceived Social Support (MSPSS). Results: The results indica-
ted that social support had a significant mediating effect on the relationship between resilience
and loneliness. We also found a negative correlation between loneliness, resilience, and social
support, while resilience and social support were positively correlated. Conclusion: Thus, it was
concluded that the inclusion of social support in the mediation model, together with resilience,
demonstrated a greater effect in explaining loneliness among the elderly people. In this way, the
results can help in the development of appropriate strategies to reduce loneliness and its impact
on the elderly population, promoting resilience and increasing social support for this group. In
addition, understanding these factors can provide valuable insights for healthcare professio-
nals and public policy, enabling them to improve the psychological health of the elderly people,
whose numbers have increased significantly.
Keywords: Resilience; Loneliness; Social Support; Elderly people.
1 Universidade Autónoma de Lisboa, Lisboa, Portugal
Corresponding author: Lídia Serra
lmserra@autonoma.pt
46
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Matilde Castro, Lídia Serra
Introduction
Demographic aging refers to the continuous increase in the proportion of elderly people
within the general population (Andrew, 2009). In Portugal, there are 185.6 elderly individuals
(defined as those aged 65 or older) for every 100 young people (aged 0 to 14 years) (Instituto
Nacional de Estatística [INE], 2023). Since the 1980s, this phenomenon has drawn increased inte-
rest from the scientific community due to its profound impact on population structure (e.g., grea-
ter healthcare needs, demand for social support) (Tavares et al., 2023). Aging is a natural part
of the life cycle, marked by various psychological (e.g., internal conflicts, increased vulnera-
bility to anxiety and depression), physiological (e.g., reduced mobility, diminished autonomy,
and brain changes), and social transformations (e.g., retirement, widowhood, and institutiona-
lization) (World Health Organization [WHO], 2024), which may contribute to health complaints
or illnesses among the elderly people (Serra & Silva, 2023) and present significant challenges in
their lives.
In this context, resilience becomes fundamental, as it enables individuals to more effectively
overcome emerging challenges through adaptive processes, thereby fostering a more positive
and autonomous response. Resilience is recognized as a protective factor against aging, aimed at
mitigating its adverse effects (Wu et al., 2013). It represents the capacity to respond more effecti-
vely to stressful situations, thereby enhancing flexibility (Silva Júnior et al., 2019). Being resilient
does not imply the elimination of problems but rather the capacity to ascribe new meaning to
them (Oliveira et al., 2021). In a study conducted by Gerino et al. (2017) with 290 elderly indivi-
duals, findings revealed that high levels of resilience can support the development of psycholo-
gical resources, thus improving the ability to cope with stress and loneliness. The most resilient
older adults are not easily overwhelmed by adversity, demonstrating strong adaptive patterns
or, if affected, quickly restoring their subjective well-being. When confronted with difficulties,
they can reframe the situation, diminish perceived cognitive threats, reduce exposure to the
problem, minimize negative reactions, maintain high self-esteem, and counteract the effects of
stress. Conversely, individuals who are more vulnerable may lack the developed capacity to res-
pond positively to adversity (Fontes & Neri, 2015; Laranjeira, 2007), which may increase feelings
of loneliness or even susceptibility to mistreatment (Serra et al., 2022). Although it is known that
greater resilience capacity is associated with a reduction in psychological distress and feelings
of loneliness (Röhr et al., 2020), the study of loneliness has become increasingly necessary due to
population aging (Azeredo & Afonso, 2016).
Nowadays, it is essential to address the issue of loneliness, as both the number of elderly
individuals and cases of loneliness have increased, resulting in considerable suffering (Fonseca,
2005; Gough et al., 2023). Loneliness is a subjective experience marked by dissatisfaction or a
perceived lack of meaningful and secure relationships, stemming from a pressing need to fulfill
these connections and can be associated with an emotional component (e.g., absence of close
relationships) and a social component (e.g., lack of interaction or social connection) (Lopes &
Matos, 2018). This condition often leads to feelings of sadness and distress (Hossen, 2012) proving
that negative emotions can predict loneliness (Serra et al., 2021).
The loneliness felt by older adults became more pronounced during the COVID-19 pan-
demic, reaching rates of 20%-34% across Europe, China, Latin America, and the United States
(WHO, 2021). In Portugal, between 2020 and 2021, many elderly people were not vaccinated nor
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The mediating effect of social support in the relationship between resilience and loneliness among the elderly people
receiving any kind of treatment for COVID-19, a situation that forced them into social isolation
as a measure to prevent the spread of the disease. Furthermore, during this period, many elderly
people did not have access to technological resources to communicate with others or to help
them cope with the stress caused by the pandemic, further fostering social isolation and lone-
liness in general (Pereira et al., 2022). Specifically, social isolation - often resulting from insuffi-
cient social support - can intensify loneliness (Rodrigues, 2018). Moreover, even when a social
support network is available, older adults may still experience loneliness due to various factors,
such as inadequate support for their specific needs or a sense of exclusion (Monte el al., 2023).
Social support refers to relationships established with others or networks that provide pro-
tection, guidance, and health assistance (Ribeiro et al., 2019; Silva Júnior et al., 2019). Individuals
who feel supported and protected, even when geographically distant, tend to experience less
loneliness (Oliveira & Barroso, 2020). Satisfaction with a social support network may be nega-
tively associated with loneliness and help prevent the adverse effects of loneliness (Azeredo
& Afonso, 2016; Ferreira & Freire, 2010). In high-stress situations, such as serious health issues,
social support becomes crucial due to the assistance it provides. However, there is an increasing
fragility in interpersonal relationships, leading to a lack of support and a need for older indivi-
duals to seek alternative sources of social support (Faquinello & Marcon, 2011), a situation see-
mingly exacerbated after the COVID-19 pandemic, accompanied by negative emotions among
those who lived alone (Tavares et al., 2022). Elderly people who reported being closer to their
family experienced less loneliness, highlighting the importance of satisfactory social support
(Lopes & Matos, 2018).
Pineda et al. (2022) demonstrated that adequate social support reduces levels of loneliness
and improves participantsquality of life. In the same study, loneliness also served as a media-
tor between social support and resilience in relation to quality of life. However, little is known
about the mediating effect of social support in the relationship between resilience and loneli-
ness among the elderly people, despite the established protective role of social support against
loneliness in this population (Luz & Miguel, 2015). Elderly people with resilience may view
social support as a positive resource that helps them become more flexible and better cope with
adverse situations, such as those caused by loneliness (e.g., personal and social disengagement,
self-neglect) (Laranjeira, 2007). This leads us to hypothesize that the presence of social support in
the relationship between resilience and loneliness can better explain the impact of resilience on
loneliness in older adults.
Thus, the main objective of this study is to analyze the mediating effect of social support in
the relationship between resilience and loneliness among the elderly.
Method
Participants
The sample of this study was non-probabilistic for convenience, consisting of 104 Portuguese
elderly individuals of both sexes. The inclusion criteria encompassed people aged 65 or over,
residing in the Lisbon and Vale do Tejo region, with the cognitive ability to answer the question-
naires independently, who voluntarily expressed an interest in participating, and who either
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Matilde Castro, Lídia Serra
lived alone or were in institutions. The average age of the participants was 75.63 (±7.84) years.
All participants completed the study protocol (100%); 58 were women, representing 55.8% of the
sample, and 46 were men, accounting for 44.2%. Most of the sample had completed primary
education (4 years of schooling) (52.9%) and were widowed (42.3%), followed by married (32.7%),
divorced (13.5%), and single (11.5%).
Regarding institutionalization, 47.1% of the elderly participants resided in social support
institutions, while 52.9% lived in their own homes or with relatives. Of those institutionalized,
20.2% had been living in the institution for less than a year, 19.2% for between one and three
years, and 7.7% for more than three years.
Measures
In this study, a sociodemographic questionnaire was applied to collect relevant information
from the participants (e.g., age, sex, marital status, educational qualifications, whether, or not,
institutionalized) in conjunction with The Wagnild and Young Resilience Scale, Scale of Loneli-
ness (UCLA) and Multidimensional Scale of Perceived Social Support (MSPSS).
The Wagnild and Young Resilience Scale (original version by Wagnild & Young, 1990; Portu-
guese version by Felgueiras et al., 2010) aims to analyze how people adapt and respond to adverse
events through 24 items, divided into five dimensions (Perseverance, Self-Reliance, Equanimity,
Meaningfulness and Existential Aloneness). This is a Likert scale from 1 to 7, with 1 correspond-
ing to “totally disagreeand 7 to “totally agree. The higher the score, the higher the level of resil-
ience. Scores below 121 equate to low resilience and above 145 to high resilience. The Portuguese
version showed a Cronbach’s alpha of 0.82, and in the present study, the Cronbach’s alpha was
0.98, which is considered very strong.
The Scale of Loneliness - UCLA (original version by Russell et al., 1978; Portuguese version by
Pocinho et al., 2010) aims to understand the feelings associated with loneliness and social isola-
tion. The 16 items should be answered according to the frequency with which these feelings are
felt. This scale is administered on a 4-point Likert scale (from 1- never to 4- often). A higher value
represents a greater level of loneliness. The Portuguese version of the scale revealed a Cronbach’s
alpha of 0.905, and in the present study, the Cronbachs alpha obtained was 0.97.
The Multidimensional Scale of Perceived Social Support (MSPSS) (original version by Zimet
et al., 1988; Portuguese version by Carvalho et al., 2011) aims to analyze how social support from
family, friends and significant others is perceived through 12 items. Four items assess perceived
social support from family (items 3, 4, 8, and 11), four analyze social support from friends (items
6, 7, 9, and 12), and four assess social support from other significant individuals (items 1, 2, 5, and
10). It varies on a Likert scale from 1 to 7, from “totally disagree” (1) to “totally agree” (7). The Por-
tuguese version of this instrument showed a Cronbachs alpha of 0.94, and in the present study,
the reliability was α = .97.
Procedure
After approval by the ethics committee, the study protocol was conducted in person at insti-
tutions such as care homes and day centers or at the participants homes after obtaining the
necessary authorizations. Data collection took place between October 2022 and December 2023.
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The mediating effect of social support in the relationship between resilience and loneliness among the elderly people
Informed consent was signed by the participants, their legal representatives, and the institu-
tions that collaborated in the data collection. Participants were fully informed about the studys
objectives, that their participation was voluntary, that they could withdraw at any time, and that
all collected data would remain confidential. Data collection proceeded with measures in place
to ensure participants’ comfort, safety, confidentiality, and a well-lit environment. For institu-
tionalized elderly participants, assessments were conducted in a private room designated for
this purpose. For non-institutionalized participants, the instruments were administered at their
homes, with their consent. This study guaranteed the confidentiality of all collected data, and no
participants were put at risk or harmed in any way.
Data analysis
The data collected was analyzed using the Statistical Package for Social Sciences (SPSS) ver-
sion 29.0 for Windows. The Cronbachs Alpha coefficient was analyzed, as well as the normality
of the data through the Kolmogorov-Smirnov test. The descriptive analysis included absolute
frequencies and percentages, means and standard deviations. Inferential statistics were used to
draw conclusions about this study. The lack of normality in the data led to the choice of Spear-
mans correlation coefficient to analyze the relationship between the variables and its strength
and direction (Al-Hameed, 2022). The Process Macro version 4.0 tool was used to analyze the
mediation model of the variables, following the indications of the mediation models of Baron &
Kenny (1986). This study considered significance levels of p-value ≤ .05.
Results
Correlations between resilience, loneliness and social support
The following table (table 1) shows the statistical correlations between resilience and loneli-
ness, considering its dimensions.
TABLE1.
Correlations between resilience and loneliness.
Loneliness Anities Social isolation
rho Prho prho p
Resilience -.839 <.001** -.825 <.001** -.831 <.001**
Perseverance -.748 <.001** -.752 <.001** -.735 <.001**
Self-condence -.845 <.001** -.832 <.001** -.831 <.001**
Serenity -.849 <.001** -.847 <.001** -.828 <.001**
Sense of life -.838 <.001** -.819 <.001** -.839 <.001**
Self-suciency -.698 <.001** -.702 <.001** -.698 <.001**
Note. rho= correlation coefficient; p= p-value (*.05; **.01; ***.001).
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Matilde Castro, Lídia Serra
The following table (table 2) shows the statistical correlations between resilience and social
support, considering their dimensions.
TABLE2.
Correlations between resilience and social support.
Social support Family Friends Signicants
rho prho prho prho p
Resiliência .668 <.001** .601 <.001** .683 <.001** .727 <.001**
Perseverance .718 <.001** .647 <.001** .721 <.001** .730 <.001**
Self-condence .668 <.001** .590 <.001** .683 <.001** .723 <.001**
Serenity .628 <.001** .576 <.001** .645 <.001** .672 <.001**
Sense of life .651 <.001** .614 <.001** .658 <.001** .700 <.001**
Self-suciency .699 <.001** .601 <.001** .722 <.001** .725 <.001**
Note. rho= correlation coefficient; p= p-value (*.05; **.01; ***.001).
The following table (table 3) shows the correlations between social support and loneliness,
considering their dimensions.
TABLE3.
Correlations between social support and loneliness.
Loneliness Anities Social isolation
rho Prho prho p
Social support -.652 <.001** -.657 <.001** -.668 <.001**
Family -.623 <.001** -.602 <.001** -.643 <.001**
Friends -.657 <.001** -.661 <.001** -.672 <.001**
Signicants -.682 <.001** -.697 <.001** -.690 <.001**
Note. rho= correlation coefficient; p= p-value (*.05; **.01; ***.001).
The mediating effect of social support on the relationship between resilience and loneliness
Using the mediation model, we observed how the effect of the explanatory variable (resi-
lience) influences the outcome variable (loneliness) through a mediating variable (social support)
which was used as an intervening variable to explain this effect. The predictor variable, through
the mediator variable, had an indirect effect on the outcome variable of c’= -.0727***. The effect
of resilience on loneliness (c=-,2581****), the effect of resilience on social support (a=.0332***)
and the effect of social support on loneliness (b=-2.1875*) were also analyzed and significant.
The following figure (Figure 1) shows the significant mediating effect of social support on the
relationship between resilience and loneliness.
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The mediating effect of social support in the relationship between resilience and loneliness among the elderly people
FIGURE1.
The mediating effect of social support on the relationship between resilience and loneliness
Note. The numerical values in brackets represent the beta values derived from the second regression, and the remaining values represent zero-
-order correlations. [C] = total effect of resilience without including the mediating variable; [C] = effect of resilience on loneliness considering the
effect of the mediating variable. *p < 0.05; **p < 0.01; ***p < 0.001.
Discussion
The primary objective of this study was to examine whether social support functions as a
mediating variable in the relationship between resilience and loneliness in older adults. Additio-
nally, correlations among the variables included in the study were tested.
Initially, the results revealed a strong and significant negative correlation between resilience
and loneliness; that is, as resilience increases, feelings of loneliness decrease. Consistent with
Jakobsen et al. (2020), the findings also indicated that more resilient individuals reported lower
levels of loneliness. Resilience represents a set of resources that facilitate adaptation to various
challenges, such as social isolation. Consequently, individuals who lack resources such as resi-
lience and coping strategies are more vulnerable to experiencing loneliness (Lapane et al., 2022).
The study by Roth et al. (2024) similarly showed that resilience acts as a protective factor against
loneliness, in a sample of 596 subjects. According to Pakdaman et al. (2016), in times of crisis, a
strong capacity for resilience enables individuals to recover emotionally and cognitively, making
them more sociable and empathetic, whereas those experiencing loneliness often struggle to
maintain their social connections. Indeed, the adaptive capacity of resilient individuals demons-
trates that they are better prepared to handle emotional and cognitive demands when faced with
challenges, such as loneliness. This ability to overcome adversity and maintain positive thinking
helps them strengthen their social and relational interactions. The presence of resilience fos-
ters greater emotional regulation and feelings of self-efficacy, which promote social engagement
(Troy et al., 2023). Conversely, the experience of loneliness tends to distance individuals from
others, increasing their difficulty in forming social bonds (Azeredo & Afonso, 20216).
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Matilde Castro, Lídia Serra
The results of the present study also revealed a positive, strong, and significant correlation
between resilience and social support. According to Ferreira et al. (2012), older adults who acti-
vely and regularly engage in leisure and social activities tend to face the consequences of aging
more easily and with less difficulty. These authors also found that a strong capacity for resilience
is associated with high self-esteem. Xiang et al. (2020) indicated that low psychological resources
may lead to limited social support, making it more challenging to recover from stressful events
and to build resilience.
The presence of resilience enhances the pursuit of strong social networks that are crucial
for individuals’ emotional and social well-being. When present in vulnerable populations, such
as the elderly, it proves to be a strategy for reducing negative emotions and social isolation (Troy
et al., 2023). The existence of a social network that provides emotional support to individuals
has positive implications for mental and physical well-being, as well as for promoting successful
aging (Thoits, 2011).
In this study, a strong and significant negative correlation was confirmed between social
support and loneliness. According to the study by Rhodes (2014), which involved 54 participants,
the perception of being loved and cared for by someone or by a group reduces feelings of lone-
liness. The study by Palos et al. (2022), which used a larger sample (4433 elderly individuals),
showed that when older adults feel supported, they are less likely to experience loneliness, even
if they are not exposed to daily companionship (Oliveira & Barroso, 2020). According to Kemper-
man et al. (2019), social support is correlated with loneliness, but not in terms of its quantity, such
as the size of the support network, but rather its quality, such as the value of these relationships
and how much one feels cared for by them. The study by Gallardo-Peralta et al. (2023) indicated
that the better a persons perception of their relationships, the lower their feelings of loneliness.
The way individuals perceive their social support network influences their levels of loneliness;
if they have a negative perception of those around them, they may feel that their social support
is insufficient and that they are not cared for or supported (Hutten et al., 2021). Social support
proves to be a protective factor for the health of the elderly, particularly due to the psychological,
emotional, instrumental, or informational impact it provides. This influence of social support
leads to an increase in feelings of safety and trust and a decrease in feelings of loneliness (Resna
et al., 2022).
Regarding the mediation effect analyzed, the mediating effect of social support on the rela-
tionship between resilience and loneliness was confirmed. According to the study by Pakdaman
et al. (2016), resilience is a predictor of loneliness due to family relationships, i.e., informal social
support. Resilient individuals are generally more communicative, have stronger social ties, bet-
ter social support, and experience less loneliness. Roth et al. (2024) state that in situations of
social isolation (lack of good social support), resilience plays a fundamental role in mitigating the
effects that loneliness can have on an individual and is crucial for combating feelings of loneli-
ness in the face of inadequate social support. The presence of resilience enables individuals to
face painful moments with a more positive attitude and greater capacity to adapt to the changes
that adverse situations require (Babić et al., 2020).
However, this study has several limitations that future research should consider. Conducting
a cross-sectional study does not allow for long-term follow-up, and a longitudinal study would be
more beneficial. A longitudinal study may reveal some type of causal relationship regarding the
experiences of feelings of loneliness among the elderly. Self-report scales may be influenced by
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The mediating effect of social support in the relationship between resilience and loneliness among the elderly people
social desirability biases or by the different perceptions participants have of the same issue. In
this regard, the use of various data collection methods could help overcome this limitation, such
as through interviews or direct observation recordings.
The study sample is not probabilistic, so the results cannot be generalized. Future studies
could consider these variables in a representative sample, which would help both in the genera-
lization and in the reliability and accuracy of the obtained results.
Furthermore, the effect of the length of institutionalization on the study variables was not
considered and should be the subject of future research.
Conclusion
This study highlighted the important mediating role of social support in the relationship
between resilience and loneliness, revealing its influence on the effects that resilience has on
the loneliness of older adults. In addition, significant associations were found between the
study variables, particularly a positive association between resilience and social support, and
a negative association between both resilience and social support with loneliness. These results
underscore the importance of considering social support in interventions aimed at strengthe-
ning resilience and reducing experiences of loneliness among the elderly, key factors in promo-
ting healthier aging.
There are no conflicts of interest in this study.
This study did not receive any type of funding.
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PREDICTING WELLBEING OF BULGARIAN UNIVERSITY STUDENTS
IN HEALTH SCIENCES: THE ROLE OF RELIGIOUS AND SECULAR
MEANINGMAKING COPING
Kremena Mineva 1
PSIQUE • EISSN 21834806 • VOLUME XX • ISSUE FASCÍCULO 2
1ST JULY JULHO  31ST DECEMBER DEZEMBRO 2024 PP. 5771
DOI: https://doi.org/10.26619/2183-4806.XX.2.4
Submitted on 03/03/2024 Submetido a 03/03/2024
Accepted on 30/06/2024 Aceite a 30/06/2024
Abstract
Students in the health sciences are exposed to intense daily stressors that negatively affect
their well-being. Meaning-making coping is widely recognized as a protective factor for well-be-
ing during acute stress, but understanding of its effects in the face of everyday difficulties is
more limited. This study aimed to examine the effects of religious and secular (non-religious)
meaning-making coping on the well-being domains of health science students and the role of
perceived stress as a mediator in these relationships. A total of 227 Bulgarian university stu-
dents participated in the study (M age = 30.27; SD = 10.91). Analyses revealed that secular mean-
ing-making coping directly positively predicted subjective, psychological and social well-be-
ing, with medium to large effect sizes. Perceived stress emerged as a partial mediator of these
relationships. Religious coping did not predict well-being either directly or indirectly via per-
ceived stress. The study highlights the positive influence of a non-religious way of making sense
of everyday stressors on students‘ well-being, and identifies perceived stress as a mechanism
through which this influence is partially realized. The findings suggest that the inclusion of sec-
ular meaning-making may be appropriate in programs designed to promote the well-being of
these students.
Keywords: coping, meaning, religion, stress, well-being
1 ORCID ID: 0000-0002-6470-8708
Faculty of Medicine, Trakia University, Stara Zagora, Bulgaria
Armejska Street 11, 6000, Stara Zagora, Bulgaria
kremena.mineva@trakia-uni.bg
The author has no funding to report.
The author declares that no competing interests exist.
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Kremena Mineva
Introduction
Health sciences students are exposed to higher levels of stress than students in other disci-
plines due to academic workload, high competitiveness, being in a hospital environment, and
increasing responsibilities during training (e.g., Khazir et al., 2019). Stress leads to difficulties in
interacting with patients, poor academic performance, and a high prevalence of stress-related
disorders among these students worldwide (e.g., Quek et al., 2019). According to a meta-analysis
of longitudinal studies, stress was one of the factors with a strong negative impact on the dynam-
ics of student well-being (du Toit et al., 2022). Well-being is considered an indicator of positive
mental health, along with the absence of psychopathological symptoms (Keyes & Martin, 2017).
Well-being is associated with optimal psychosocial functioning, and has been operationalized
as: subjective, referring to the experience of life satisfaction and happiness; psychological, refer-
ring to a sense of optimal fulfillment of personal potential, self-acceptance, self-efficacy, and
autonomy; and social, referring to the experience of positive relationships and a sense of belong-
ing to a community (Keyes & Martin, 2017). High levels of student well-being have been posi-
tively associated with academic performance and college retention (Kryza-Lacombe et al., 2019),
and given the negative impact of stress on well-being, it is important that students use coping
styles that promote well-being.
In addition to problem-focused and emotion-focused coping, the extended transactional
model of stress emphasizes the role of meaning-making as coping in the context of extreme
stress (Park & Folkman, 1997). According to the meaning-making model, meaning operates at two
levels: global - based on the individuals core beliefs, goal hierarchy, and values; and situational -
related to the ascribed meaning of a specific context or situation. Stressful events disrupt global
meaning, which causes distress, but meaning-making improves the correspondence between
the two levels of meaning and reduces distress (Park & Kennedy, 2017). Meaning-making uses
reappraisal strategies based on different sources of meaning and, depending on these sources,
can be religious and secular (non-religious) in nature. Religious meaning-making is based on
religion as a primary source of global meaning and creates situational meaning according to a
religious meaning system (Park, 2011). Specifically, stressful events can be interpreted as having
potentially beneficial implications for the individuals relationship with God and the religious
community, i.e., positive religious coping (PRC), or the stressor can be seen as Gods punishment
for the persons sins, lack of commitment, and unsatisfactory relationship with God and the reli-
gious community, i.e., negative religious coping (NRC) (Pargament, 1997). In secular (non-reli-
gious) meaning-making coping (SMMC), events are viewed according to sources of meaning of an
existential nature, such as the person himself, nature, or other people (Lloyd, 2018). Religious and
non-religious forms of meaning-making are closely related and interact with each other, but have
been shown to have different effects on student well-being (Ahmadi et al., 2022).
According to a systematic review, SMMC serves as a mechanism by which individuals main-
tain, restore, or even improve their mental health during a negative event (Métais et al., 2022).
Focusing on the potentially beneficial effects of distress on personal growth, social relationships,
or knowledge development reduces the negative mental health consequences of multiple intense
stressors. For example, a meta-analysis of cross-sectional studies found that the SMMS was neg-
atively associated with psychological distress during pandemic stress (Eisenbeck et al., 2022;
Cheng et al., 2024) and was much more predictive of distress than the specificity of stressors
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Predicting Well-being of Bulgarian University Students in Health Sciences:
The Role of Religious and Secular Meaning-Making Coping
and demographic characteristics combined (Milman et al., 2020; Negri et al., 2023). Use of the
SMMS has predicted higher positive affect and lower negative affect as an aspect of subjective
well-being in longitudinal studies of people who have experienced a traumatic event (Fitzke et
al., 2021; Paquin et al., 2021). Among college students, this coping has also directly and prospec-
tively predicted lower negative affect and more pronounced positive affect, in addition to higher
life satisfaction, during major life stressors (Wang et al., 2019; Lachnit et al., 2020; Yang et al.,
2021; Arslan, & Yıldırım, 2021).
Under conditions of highly intense and poorly controlled stress, the propensity to use SMMC
increases, including among college students (e.g., Yang et al., 2021), and SMMC has been shown to
be the strongest positive predictor of psychological well-being compared to problem-focused and
emotion-focused coping in a large-scale cross-cultural and multinational study (Eisenbeck et al.,
2022). However, there is evidence in the literature that meaning-making coping has been used in
addition to highly stressful events in situations that do not significantly disrupt global meaning
(George & Park, 2022). An experimental study inducing acute stress also found no differences in
the use of meaning-making coping, despite significant differences in levels of perceived stress
and valence of experienced affect between experimental and control groups (Petagna, 2021). This
coping style was shown to be one of the most commonly used by medical students to cope with
daily stress during training, and was applied to both moderate and high levels of stress (Labrague
et al., 2017). Another study in a large group of medical students found that SMMC reduced the
negative impact of study- and practice-related stress on subjective well-being (Leipold et al.,
2019) and facilitated adaptation to daily difficulties, even when they were of low intensity (Lau
& Tov, 2023). These findings suggest a broader link between such coping and well-being, not only
for traumatic stress, but also for everyday stress.
In contrast to the overwhelmingly positive associations of SMMC with well-being in the sci-
entific literature, religious meaning-making has shown inconsistent associations. For example, a
systematic review and meta-analysis of cross-sectional studies conducted in different countries,
mainly with student populations, found a weak, inconsistent negative relationship between NRC
and subjective well-being, and a weak but consistent positive relationship between PRC and sub-
jective well-being under intense and prolonged stress (Pankowski & Wytrychiewicz-Pankowska,
2023). Similar relationships have been found in other cross-sectional studies including medical
students (Francis et al., 2019; Counted et al., 2022; Skalski-Bednarz et al., 2022). A meta-analysis
of 42 studies with 25438 participants from 24 countries also found negative associations of NRC
with subjective well-being (Cheng et al., 2024). According to a longitudinal study, these associa-
tions were found not only for subjective but also for psychological well-being, with NRC having
a negative predictive effect, while the effect of PRC was positive, and these effects persisted
over time (Park et al., 2018). However, other studies present inconsistent or even contradictory
findings, such as that NRC, but not PRC, significantly negatively predicted psychological well-be-
ing (Pagán-Torres et al., 2021; Moussa et al., 2023), that PRC, but not NRC, positively predicted it
(Fatima et al., 2022), or that both NRC and PRC negatively predicted psychological well-being
among college students during acculturative stress (Somos, 2020). According to other authors,
there were no significant relationships between PRC and domains of well-being during stressful
events in either longitudinal or cross-sectional studies (Garssen et al., 2021; Surzykiewicz et al.,
2022), suggesting that the influence of religious meaning-making coping on well-being may man-
ifest indirectly through stress appraisals. For example, some authors found that under extreme
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stress, NRC correlated positively with perceived stress, leading to a more threatening perception
of stress (DeRossett et al., 2021), and PRC correlated negatively with perceived stress, reducing
its subjective severity (Mahamid & Bdier, 2021), and furthermore, through perceived stress, PRC
increased subjective well-being in emerging adults (Krok et al., 2023).
In summary, the literature highlights the positive impact of meaning-making in dealing with
difficult life circumstances, loss, traumatic events, or serious threats to health. Research consist-
ently highlights the positive association of SMMC with subjective well-being and the negative
association of NRC with subjective and psychological well-being. However, the relationships of
PRC with domains of well-being and those of SMMC with psychological and social well-being
are underrepresented or inconsistent. In addition, research has predominantly demonstrated the
effects of SMMC on well-being under conditions of high intensity and traumatic stress, but its
effects on well-being under everyday stress have been less studied. Furthermore, despite the
established associations of religious coping with appraisals of significant adversity, the role of
perceived stress as a mechanism by which both types of meandering coping influence well-be-
ing under everyday stress remains unclear. Health professions students are not only exposed to
higher levels of daily stress than their counterparts in other disciplines, but also to more intense
work stress, with increased manifestations of burnout (Caneca Murcho & Palma Pacheco, 2020).
This highlights the need to identify the factors and mechanisms that support optimal function-
ing of future health professionals, as measured by domains of well-being. The results could help
develop interventions for this type of student to prevent stress-related disorders and promote
their positive mental health, not only during their studies but also in their future work. There-
fore, the first aim of this study was to examine the effects of religious coping and SMMC on
health science studentsdomains of well-being, and the second was to examine the mediating
role of perceived stress in the relationship between both types of meaning-making coping and
well-being.
It was hypothesized that:
H1: SMMC positively predicts subjective, psychological and social well-being.
H2: PRC positively predicts subjective, psychological and social well-being, and NRC nega-
tively predicts these domains.
H3: Perceived stress mediates the relationships of PRC, NRC, and SMMC with the domains of
well-being.
Methods
Participants
The study was carried out with 227 Bulgarian university students aged between 18 and
56 years (M= 30.27; SD= 10.91). The respondents were distributed by gender: male - 38 (16.7%),
female - 189 (83.3%); by specialty: medicine - 55 (24.2%), nursing - 97 (42.8%), midwifery - 33
(14.5%), medical assistant - 42 (18.5%); by religious affiliation: Christian - 155 (68.3%), Muslim - 60
(26.4%), other - 4 (1.8%), atheist - 8 (3.5%); by self-assessed religiousness: strongly religious - 25
(11%), moderately religious - 123 (54.2%), weakly religious - 62 (28.2%), not religious - 15 (6.6%).
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The Role of Religious and Secular Meaning-Making Coping
Instruments
Data about age, gender, major studied, self-reported religiosity, and self-reported religious
affiliation were included in the survey.
Perceived Stress Scale (PSS; Cohen et al., 1983). The scale assessed the extent to which life situ-
ations are perceived as threatening, unpredictable, uncontrollable without specify the stressors.
It contains 14 items, each one being evaluated by respondents about frequency of occurrence in
the last month on a scale from 1 = “Neverto 5 = Very often. Higher results indicated higher
perceived stress level. Internal consistency of the scale in the study was Cronbachs ‐ = .65.
The Brief Multidimensional Measure of Religiousness and Spirituality (BMMRS; Fetzer, 2003).
The Religious Coping subscale was used to meet the objectives of the study. The term “God” was
replaced with “Higher Power” to make the statements appropriate for all religions. Respondents
were asked to indicate their agreement with the statements on a four-point response scale rang-
ing from 1 (very) to 4 (not at all). Four items measured PRC as being related to a persons tendency
to rely on a Higher Power in coping with difficulties (e.g., „I rely on a Higher Power for support
and guidance.“). The Cronbach‘s α reliability of PRC for the study was 0.76. Three items measured
NRC as a tendency to perceive difficulties as punishment or abandonment by a Higher Power
and to not rely on support in resolving them (e.g., „I wonder if a Higher Power has abandoned
me.“). The Cronbachs α reliability of NRC for the study was 0.56.
Meaning-Centered Coping Scale (MCCS; Eisenbeck et al., 2022). Scale measured coping focused
on creating personal meaning from stressful situations. It consisted of 9 items that were focused
on appreciation of ones life in general (e.g., “I am grateful for my life as it is.”), on the tendency to
positively reframe difficulties (e.g., “I will come out of this situation stronger than I was before.),
to maintain hope and courage, to engage in meaningful and pro-social activities also (e.g., “I am
helping others through this time.”). Statements were rated on a 7-point Likert scale from 1 (do not
agree at all) to 7 (strongly agree). The Cronbachs α reliability for the study was 0.86.
Mental Health Continuum Short Form (MHC-SF; Keyes et al., 2008). Scale consisted of fourteen
items that assessed three domains of well-being. The three-items subjective well-being subscale
(SbWB) measured overall affect and general satisfaction with life. Social well-being subscale
(ScWB) consisted of five items that represent social contribution, social integration, social actu-
alization, social acceptance, and social coherence. Psychological well-being (PsWB) consisted of
six items that represent self-acceptance, environmental mastery, positive relations with others,
personal growth, autonomy and purpose in life. Participants were required to respond to items
on a 6-point Likert-type scale based on the experiences they had had over the last month (never,
once or twice, about once a week, 2 or 3 times a week, almost every day, or every day). In our
study internal consistencies were about SbWB - 0.82, ScWB- 0.73, PsWB- 0.81.
Procedure
The research was conducted in accordance with the ethical standards of the institutional
research committee and with the Declaration of Helsinki from 1965 and its later amendments
(World Medical Association, 2013). Prior to participating in the study, students were informed of
the purpose of the study and that participation was voluntary and anonymous. All participants
provided written informed consent. The study was conducted online via a Google form sent via
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email, and the form took approximately 15 minutes to complete. Participants received no reward
or credit and could withdraw from the study at any time without consequence.
Data analysis
Preliminary analyses were conducted to examine observed scale characteristics, assumption
of normality, and correlation estimates between the study variables. Normality was investigated
using Kolmogorov-Smirnov test. Pearson product-moment correlation analysis was conducted to
explore the associations between the variables of the study. Further, stepwise regression analy-
ses were carried out. Durbin Watson (DW) test was used to check multicollinearity in the regres-
sion models. A meditational analyses were conducted using the PROCESS macro (Model 4 for
SPSS version 4.2 (Hayes, 2018) while controlling age. The bootstrap method with 10 000 resam-
ples to estimate the 95% confidence interval (CI) was investigated for indirect effect. The data
were analyzed using the SPSS IBM software (Version 26).
Results
The assumption of normality of the distribution of results was accepted (p > .05). Correlation
analysis found that perceived stress correlated weakly to moderately negatively with domains
of well-being, weakly negatively correlated with SMMS, and no significant correlations were
found between perceived stress and RC. There was a weak positive correlation between PRC and
well-being domains, and a moderate positive correlation between SMMC with well-being (see
Table 1). Insert Table 1 here
Stepwise regression analyses were conducted with SMMC, PRC, and NRC as independent
variables (IV) and domains of well-being as dependent variables (DV). Results indicated that
SMMC positively predicted subjective well-being (β = .49, p < .001) with a large effect size. The
model was significant F (1, 223) = 70.561, p < .001 and explained 24% of the variance in DV, DW=
2.07. In addition, SMMC positively predicted social well-being (β = .36, p < .001) with a moderate
effect size. The model was significant, F (2, 224) = 32.527, p < .001, and explained 12.7% of the
variance in DV, DW = 2.16. In addition, SMMC positively predicted psychological well-being (β =
.55, p < .001) with a large effect size. The model was significant F (2, 224) = 99.0011, p < .001 and
explained 30.7% of the variance in DV, DW = 1.99.
To test Hypothesis 3, mediation analyses were conducted and the direct and indirect effects
were estimated. The direct effect referred to the pathway from IV to DV while controlling for
the mediator. The indirect effect described the pathway from IV to DV through the mediator.
The bootstrapping technique was used, and a significant effect was considered if the 95% CI did
not include zero. Age was entered as a covariate so that the mediation effects obtained were not
confounded by age.
Results showed that SMMC predicted subjective well-being both directly (‐ = .14, p < .001)
and indirectly (β = .07, Boot CI (.0393-.0921) (see Figure 1).
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The Role of Religious and Secular Meaning-Making Coping
FIGURE1
Mediating effect of the perceived stress on the relationship between secular meaning-making coping and
subjective well-being
Note: [a] = is the effect of the IV on the mediator; [b] = is the effect of the mediator on the DV; [c] = total direct effect of IV on the DV without includ-
ing the mediator variable. [c’] = indirect effect of IV on DV considering the effect of the mediator variable. *p < .05; **p < .01; ***p < .001
Analyses also showed that SMMC directly predicted psychological well-being (β = .33, p <
.001), and the indirect effect through perceived stress was significant (β = .09, Boot CI (.0488-
.1363) (see Figure 2).
FIGURE2
Mediating effect of the perceived stress on the relationship between secular meaning-making coping and
psychological well-being
Note: [a] = is the effect of the IV on the mediator; [b] = is the effect of the mediator on the DV; [c] = total direct effect of IV on the DV without includ-
ing the mediator variable. [c’] = indirect effect of IV on DV considering the effect of the mediator variable. *p < .05; **p < .01; ***p < .001
There was a significant direct effect of SMMC on social well-being (β = .19, p < .001) as well
as a significant indirect effect on well-being via perceived stress (β = .06, Boot CI (.0250-.0938)
(see Figure 3).
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FIGURE3
Mediating effect of the perceived stress on the relationship between secular meaning-making coping and
social well-being
Note: [a] = is the effect of the IV on the mediator; [b] = is the effect of the mediator on the DV; [c] = total direct effect of IV on the DV without includ-
ing the mediator variable. [c’] = indirect effect of IV on DV considering the effect of the mediator variable. *p < .05; **p < .01; ***p < .001
From the demonstrated significant direct and indirect effects of SMMC on well-being
domains, it is concluded that perceived stress is a partial mediator in these relationships. No
significant direct and indirect effects of NRC and PRC on well-being domains were found, indi-
cating a lack of mediating effect of perceived stress in these relationships.
Discussion
The study showed that SMMS positively predicted domains of well-being with medium to
large effect sizes, consistent with previous findings, albeit in the context of intense adversity
(Yang et al., 2021; Eisenbeck et al., 2022). This suggests a role for everyday meaning-making in
promoting optimal psychological functioning, regardless of stress characteristics, and proposes
it as a general positive contributor to overall well-being. The study showed that SMMS led to
higher levels of well-being both directly and indirectly by reducing subjective appraisals of the
severity of stressors, supporting Hypothesis 1 and partially supporting Hypothesis 3. Students
tendency to reappraise stressors more frequently based on personal meaning-making predicted
higher levels of well-being across all domains, in part due to more positive perceptions of stress.
It has been suggested that the predominant stressors for students are academic workloads,
which when perceived in terms of their benefits for future development and in line with global
meaning as goals and purpose in life, leads to their perception of them as a desirable challenge,
thus reducing the negative impact of stressors on well-being. This way of making sense of dif-
ficulties leads to greater life satisfaction, positive emotionality, positive social relationships, a
positive view of ones own personality, a sense of autonomy, and self-efficacy not only in relation
to stressors but beyond. Other authors have identified the role of the SMQM as a mediator of
the relationship between personal resources for coping with stress and better student academic
performance, as well as a predictor of higher achievement through increased satisfaction with
learning (Ortega-Maldonado & Salanova, 2018). These findings suggest that the SMMS facilitates
student well-being through its functions of promoting positive appraisals of stress, as well as
other contributing functions.
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The Role of Religious and Secular Meaning-Making Coping
The study found no direct effect of NRC and PRC on well-being, which does not support
Hypothesis 2. The results are consistent with previous research, albeit under conditions of
intense stress (Surzykiewicz et al., 2022), partially supporting others (Francis et al, 2019, Fattima
et al., 2022; Cheng et al., 2024) or not confirming them (Park et al., 2018; Pagán-Torres et al., 2021;
Pankowski & Wytrychiewicz-Pankowska, 2023; Moussa et al., 2023). The variability in the effects
of religious meaning-making on well-being when reappraising the meaning of stressors of differ-
ent intensity and duration suggests that its effects on psychological functioning under stress tend
to be highly context-dependent. The study showed that perceived stress was not significantly
correlated with either positive or negative religious coping, nor did it mediate their relationships
with well-being, thus Hypothesis 3 was not supported. The results suggest that appealing to a
higher power in the face of daily difficulties, whether in the form of support or by interpreting
them as punishment, does not appear to be related to subjective ratings of stress severity and
well-being among health science students. This trend differs from the positive relationships of
PRC with well-being and its negative relationships with perceived stress under significant hard-
ship outlined in previous research (Mahamid & Bdier, 2021; Fatima et al., 2022). The results sug-
gest that the tendency to make sense of everyday stress through religion, as opposed to its use for
traumatic stress, does not affect students’ well-being and how they perceive hardship. This may
be due to the more passive and avoidant nature of religious coping, which may be inappropriate
in situations of presumably more controllable stress in studentsdaily lives, and which appeals
to more active and person-centered ways of making meaning, such as secular ones. Another
explanation for these findings relates to academic environments that foster a growth mindset
in students (Sisk et al., 2018) and encourage proactive rather than avoidant coping to reduce the
negative impact of stress on well-being (Burnette et al., 2020). Another presumed reason may be
rooted in the peculiarities of Bulgarian culture, which according to the Inglehart-Welzel cultural
map is classified as secular rather than religious (Wvs, 2023). Since religion is not very important
for the Bulgarian society, religious meaning-making did not have a significant impact on well-be-
ing and stress in the studied sample. According to other authors, in contemporary predominantly
secular societies, it is possible that religion is not used at all in making sense of stressful events
(Ahmadi & Ahmadi, 2017), and consequently, coping strategies that appeal to existential mean-
ing rather than religious meaning are more likely to be used.
Conclusions
The study shows that secular, but not religious meaning-making determines the well-being
of health science students. Subjective perceptions of stress serve as a mechanism through which
the effects are partially realized. Students tendency to reframe the meaning of daily adver-
sity through meanings focused on personal growth, values, and goals leads to better personal,
emotional, and social functioning due to a more positive perception of stress, but also beyond
this relationship. The tendency to reframe the meaning of everyday difficulties through their
religious significance appears to be irrelevant to the perception of stress and the experience of
well-being.
The study contributes to the understanding of meaning-making by highlighting its key role
in the processes of assessing ongoing stress and maintaining optimal psychological functioning.
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By differentiating the effects of the two types of meaning-making, the study also highlights the
positive effect of existential meaning-making on the well-being of health science students. By
confirming the effects on well-being already established in the literature under conditions of
intense and traumatic stress, it suggests its universal utility as a protective personal resource.
The findings suggests that enhancing the tendency to make sense of stressors through their exis-
tential and personal benefits may be appropriate for inclusion in stress management programs,
as well as those aimed at promoting the well-being of health science students.
Limitations and directions for future research
Several limitations of the present study should be noted, such as the small sample size, the
uneven distribution of respondents by gender, and the relevance of the findings only to the cul-
tural context in which they were obtained. To the extent that culture determines peoples pre-
disposition to prescribe primarily existential or religious meaning (Ahmadi & Ahmadi, 2017),
the impact of secular or religious meaning-making on well-being may be different for students
in other cultures. Furthermore, meaning-making is thought to be a multidimensional construct
with secular, religious, and spiritual components (Ahmadi & Ahmadi, 2022). Religiosity and
spirituality are seen as independent, yet interrelated constructs with different implications for
well-being. Religiosity is viewed as culturally grounded, institutionalized, and primarily focused
on specific belief systems and rituals, whereas spirituality refers to the experience of connect-
edness to transcendent realities such as a higher power, the universe, humanity, and the world
(Yaden et al., 2022). To the extent that these transcendent experiences can be enacted within or
outside a religious context, spirituality encompasses both religious and nonreligious characteris-
tics. However, measures of spiritual meaning-making do not always take these two aspects into
account, assuming that religious and spiritual coping are identical (Hill et al., 2000). In addition,
secular meaning-making has little to do with the religious meaning system, but may overlap with
the search for a connection to a sacred source without any connection to God or a traditional reli-
gious context (Ahmadi & Ahmadi, 2022). In support of this, and consistent with the tendency for
younger age cohorts to self-identify as spiritual but not religious, other authors have found that
spiritual meaning-making is not independent of secular meaning-making among younger and
more educated individuals (Cetrez et al., 2020). Therefore, it would be useful for future research
to focus on distinguishing secular, religious, and spiritual meaning-making as independent var-
iables, both in terms of measurement and their relationships with well-being and perceived
stress. Furthermore, examining these effects across gender, religious salience of culture, and age
cohorts may contribute to a more comprehensive understanding of the relationships of interest.
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Predicting Well-being of Bulgarian University Students in Health Sciences:
The Role of Religious and Secular Meaning-Making Coping
TABLE1
Correlational matrix of variables of the study
1 2 3 4 5 6 7
1. SbWB -
2. SocWB .51*** -
3. PsWB .70*** .57*** -
4. PS -.61*** -.18** -.51*** -
5. PRC .15 * .34*** . 14** .09 -
6. NRC -.11 -.01 -.05 .11 -.04 -
7. SMMC .49*** .36*** .56*** -.33** .26*** -.06 -
Note: * - p < .05; ** - p <.01; *** - p < .001; SbWB- Subjective well-being; SocWB- Social well-being; PsWB- Psychological well-being; PS- Perceived
stress, PRC – Positive religious coping, NRC – Negative religious coping; SMMC- Secular meaning-making coping
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AUTHOR INSTRUCTIONS
Elaboration and submission of articles
The preparation and submission of papers for the Psique journal abides to international scientic standards,
contingent upon the fulllment of several requirements listed below:
1. Papers submitted for publication must be original. The authors sign a declaration (Apendix 1) where they
warrant that:
A) are in fact the authors and are fully responsible for the content of their paper;
B) that their work abides to the international ethical and methodological standards within the eld
of Psychology proposed by the American Psychological Association APA) and by the European
Science Foudation (European Code of Conduct for Integrity of Research);
C) and that, they have not simultaneously submitted the paper for publication elsewhere.
D) The journal will use all means to guarantee the above criteria, namely, to request proof of
documents and through the use of plagiarism soware (Urkund). Authors will be informed in case of
indicators of plagiarism, and can comment on these indicators before the rejection of the manuscript.
2. Copyright of the publication is vested in Psique, while the copyright of texts rests with the individual
author(s); in case of later republication elsewhere, reference to the Psique publication should be indicated. The
journal does not carry out any embargo on the articles. The author(s) may disclose the article in auto archive
systems or in institutional repositories.
3. Submitted papers may be sent as an attached le to the Editorial Coordination of the journal Psique: Odete
Nunes (onunes@autonoma.pt; psique@autonoma.pt).
4. The rst page of the paper must contain the author(s)’ identication, institution, city and country, as well as
a contact e-mail address of all the authors of the paper.
5. Texts may be presented in Portuguese, Castilian, French or English.
6. Proposed papers will be subjected to blind peer review carried out by at least two specialists (PhD in
Psychology) from the journal’s Editorial Council, the majority of whom are external referees to Universidade
Autónoma de Lisboa.
7. These are the steps involved in the process of manuscript submission and acceptance:
Manuscripts are received by the journal’s editor and sent to reviewers, specialists in Psychology. Our
is a double-blind peer-review system: both reviewers’ and author’s anonymity is preserved;
Reviewers will assess manuscripts and express their opinion on their quality and pertinence for
the journal’s aim and scope and may should suggest specic improvements. In case both reviewers
disagree on their assessment, the editor may assess the manuscript and decide about its publication
or request the opinion of a third reviewer;
Authors will be informed of the editorial decision, which may be:
a) Accepted (the manuscript is accepted for publication as it is);
b) Conditionally accepted (requires minor revisions), in this case the paper may be accepted by
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the editor once the author introduces minor revisions;
c) Invited to re-submit aer major revisions (the theme is of interest, yet the manuscript needs
major revisions). In this case, authors are advised to rewrite the manuscript in accordance to
reviewers’ suggestions and re-submit it. Re-submitted manuscripts are sent to reviewers for re-
assessment;
d) Rejected (when the manuscript does not meet the criteria for publication).
8. The common indicator for sending the original les is “.doc”.
9. There is a 30 pages limit to the size of papers, excluding the reference list, tables and illustrations.
10. The images, (diagrams, maps, tables and graphs) should be indicated and identied in accordance with the
last edition of the Publication Manual of American Psychological Association (APA).
11. The structure of the paper should follow the guidelines set forth in the last edition of the Publication
Manual of APA. The title, the summary, and the keywords, should be presented in the original language of the
paper and in English. The summary should not exceed 200 words and the keywords should not be more than
ve.
12. Text quotations and bibliography references shall be in accordance with the guidelines of the last edition
of the Publication Manual of APA, for example:
A. Scientic Journal Papers: Herbst-Damm, K. L., & Kulik, J. A. (2005). Volunteer support, marital
status, and the survival times of terminally ill patients. Health Psychology, 24, 225-229. https://doi.
org/10.1037/0278-6133.24.2.225
B. Books: Mitchell, T. R., & Larson, J. R., Jr. (1987). People in organizations: An introduction to
organizational behavior (3rd ed.). McGraw-Hill.
C. Book Chapters: Bjork, R. A. (1989). Retrieval inhibition as an adaptive mechanism in human
memory. In H. L. Roediger III & F. I. M. Craik (Eds.), Varieties of memory & consciousness (pp. 309–
330). Erlbaum.
13. Whenever necessary, and without any interference to its inclusion in the“.doc” document, the original les
of tables and gures may be sent separately, in JPEG, TIFF or XLS format.
14. Footnotes should be in accordance with the guidelines of the last edition of the Publication Manual of APA.
15. Psique publishes ve types of papers:
A) Empirical papers that present reports of original research.
B) Literature reviews papers that develop research synthesis, meta-analyses, and critical evaluations
of material that has already been published.
C) Theoretical papers in which the author develops advances in theory based on previous published
literature.
D) Methodological papers that present new methodological approaches, modications of existing
methods or discussions of quantitative and qualitative data analytic approaches to scientic research.
E) Case studies, reports of case material obtained while working with an individual, a group, a
community or an organization.
16. The journal Psique has a limit of one paper by the same author in each issue.
17. The editorial board of Psique, responsible for the evaluation of the manuscripts to be published, is
constituted by, at least, 75% members from academic institutions outside the hosting institution of Psique.
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18. The publication of Psique is semi-annual, from the year of 2018, with publication date from January 1st to
June 30th and from July 1st to December 31st.
19. Psyche subscribes to the codes of ethics and good editorial practices, namely:
The Code of Conduct and Best-Practice Guidelines for Journal Editors, from the Committee on
Publication Ethics: Committee on Publication Ethics (2011). Code of Conduct and Best-Practice
Guidelines for Journal Editors. Retrieved from http://publicationethics.org/les/Code_of_conduct_
for_journal_editors_Mar11.pdf
The White Paper on Promoting Integrity in Scientic Journal Publications, Council of Science
Editors Scott-Lichter, D. & Editorial Policy Committee, Council of Science Editors (2012). CSE’s
White Paper on Promoting Integrity in Scientic Journal Publications. Retrieved from https://www.
councilscienceeditors.org/wp-content/uploads/entire_whitepaper.pdf
In case of publication they permit the use of their work under a CC-BY license [http://creativecommons.org/
licenses/by/3.0/], which allows others to copy, distribute and transmit the work as well as to adapt the work
and to make commercial use of it.
For more details on the ethical obligations of authors, reviewers and editorial coordination, consult the
Publication Ethics and Best- Practice Guidelines tab.
21. The editorial process is totally free of costs for the authors. Psyche is a non-prot scientic publication.
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APPENDIX 1
Lisbon, xx xx 20xx
Dear authors
The editorial coordination of Psique asks the authors of the manuscript titled “xxx”, to be published in
volume xxx, to sign below in agreement to granting Psique the Copyright for the publication of the paper
in printed and online forms. The granting of the copyright to Psique is only legitimate if all authors sign
this
agreement.
By signing this document, the authors guarantee that the article submitted for publication is original,
exclusively of their authorship and that it respected the international ethical and methodological
standards in the scientic eld of Psychology, namely the ones proposed by the American Psychological
Association (APA) and the European Science Foundation (European Code of Conduct for Integrity of
Research). Authors are fully responsible for what is written in the articles and ensure that they do not
submit the work simultaneously to another journal for publication.
Psyche holds the copyright of the entire publication. However, each author has the copyright of his
own text. If authors decide to later republish it elsewhere, they are asked to refer to the publication in
Psique. The journal publishes in open access, does not carry out any embargo on the articles and authors
can share the article in auto le systems or in institutional repositories.
Below are the full names of the authors for signature:
Xxxxxxxxxxxxxxxxxx
_______________________________________________________________
Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
_______________________________________________________________
Odete Nunes
Editor in Chief of Psique
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INSTRUÇÕES AOS AUTORES
Elaboração e submissão de artigos
A elaboração e submissão de artigos para a revista Psique subordina-se aos padrões cientícos internacionais,
de acordo com as seguintes condições:
1. Os artigos submetidos para publicação têm de ser originais e inéditos. Os autores assinam uma declaração
(Anexo 1) onde garantem:
A) Que realizaram o trabalho que apresentam e que são integralmente responsáveis pelo que está
escrito nos artigos;
B) Que respeitaram os padrões éticos e metodológicos internacionais vigentes na área cientíca
da Psicologia, propostos pela American Psychological Association (APA) e pela European Science
Foundation (European Code of Conduct for Integrity of Research);
C) E que não submeteram o trabalho simultaneamente a outra revista para publicação;
D) A revista usará de todos os meios para garantir os anteriores critérios, designadamente, podendo
pedir prova de documentos e através do uso de um soware de plágio (Urkund). Os autores
serão informados no caso de existirem indicadores de plágio, podendo pronunciar-se sobre esses
indicadores antes da rejeição do artigo.
2. A Psique detém os direitos de autor sobre a publicação, no entanto, cada autor tem o copyright do seu
próprio texto; no caso de o republicar mais tarde noutro local, pede-se a referência à publicação na Psique. A
revista não procede a qualquer embargo dos artigos. O(s) autor(s) pode divulgar o artigo em sistemas de auto
arquivo ou em repositórios institucionais.
3. Os artigos enviados para submissão devem ser remetidos em suporte eletrónico à Coordenação Editorial:
Odete Nunes (onunes@autonoma.pt; psique@autonoma.pt).
4. Na primeira página do artigo deve constar a nome completo do(s) autor(es), sem siglas, a respetiva liação,
local e país, bem como o(s) e-mail(s) de contacto de todos os autores do artigo.
5. Os textos podem ser apresentados em português, castelhano, francês e inglês.
6. Os artigos propostos são submetidos a um processo de arbitragem cientíca, de revisão cega por pares (blind
peer review) feita por, pelo menos, dois especialistas (Doutorados em Psicologia) que fazem parte do Conselho
Editorial da revista, e cuja maioria é externa à Universidade Autónoma de Lisboa.
7. O processo de submissão e avaliação dos manuscritos submetidos seguirá os seguintes passos:
Os artigos são recebidos pelo Editor da revista e enviados para dois revisores. Os artigos serão
enviados sem o nome dos autores para os revisores. Todo o processo de avaliação dos artigos é feito
sob o anonimato dos autores para garantir uma “revisão cega por pares”. No processo de avaliação,
os revisores também serão mantidos anónimos para os autores;
Os revisores avaliarão os artigos e expressarão a sua opinião sobre a qualidade do artigo, sobre a
pertinência da sua publicação na revista e poderão indicar sugestões de melhoria tão especícas
quanto possível para a reformulação do artigo. No caso das opiniões dos revisores serem discordantes,
o Editor poderá decidir sobre a publicação, após a sua própria análise ao artigo, ou pode pedir um
outro parecer a um terceiro revisor;
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Os autores serão informados da decisão editorial, num período médio de três meses, que pode
consistir em:
A) Aceite (o manuscrito foi aceite para publicação na sua forma atual);
B) Aceite condicionalmente, mediante pequenas reformulações, neste caso, após as alterações
introduzidas, o artigo reformulado pode ser aceite pelo editor;
C) Convidado a re-submeter após reformulações substanciais (o tema interessa à revista, porém,
o artigo necessita de uma reformulação profunda). Nestes casos, os autores são convidados a
reformular o artigo de acordo com as sugestões dos revisores e a re-submeter à revista. Após
a reformulação dos artigos, estes serão enviados novamente aos revisores para uma segunda
avaliação;
D) Rejeitado (quando foi considerado que o manuscrito não cumpriu os critérios para
publicação na revista).
8. A linguagem de base para o envio dos cheiros originais é “.doc”.
9. A dimensão dos artigos tem um limite de 30 páginas, excluindo a lista de referências bibliográcas, tabelas
e guras.
10. As imagens (esquemas, mapas, tabelas e grácos) deverão ser referidos e identicados em obediência à
última edição do Publication Manual of the American Psychological Association (APA).
11. A estrutura dos artigos deve obedecer às regras da última edição do Manual de Publicações da APA. O
título e o resumo devem ser escritos na língua original do artigo e em inglês, bem como as palavras-chave do
artigo. O resumo tem uma dimensão limite até 200 palavras e seguem-se-lhe as palavras-chave, no máximo
de cinco.
12. As citações e referências bibliográcas são feitas de acordo com as normas da última edição do Manual de
Publicações da APA, por exemplo:
A) Artigos de Revista Cientíca: Herbst-Damm, K. L., & Kulik, J. A. (2005). Volunteer support,
marital status, and the survival times of terminally ill patients. Health Psychology, 24, 225-229.
https://doi.org/10.1037/0278-6133.24.2.225
B) Livros de Autor: Mitchell, T. R., & Larson, J. R., Jr. (1987). People in organizations: An introduction to
organizational behavior (3rd ed.). McGraw-Hill;
C) Capítulos de Livros: Bjork, R. A. (1989). Retrieval inhibition as an adaptive mechanism in
humanmemory. In H. L. Roediger III & F. I. M. Craik (Eds.), Varieties of memory & consciousness
(pp.309 -330). Erlbaum.
13. Sempre que se justique, sem prejuízo da sua inclusão no documento em “.doc”, os cheiros originais dos
quadros e guras podem ser enviados em separado, em formato JPEG, TIFF ou XLS.
14. As notas de rodapé são feitas de acordo com as normas da última edição do Manual de Publicações da APA.
15. A Psique publica cinco tipos de artigos:
A) Artigos empíricos que apresentam relatórios de investigações cientícas originais.
B) Artigos de revisão de literatura que desenvolvem análises críticas de material anteriormente
publicado.
C) Artigos teóricos em que o autor desenvolve avanços sobre teorias inovadoras ou anteriormente
publicadas.
D) Artigos metodológicos que apresentam novas abordagens metodológicas, modicação de
métodos existentes ou discussões sobre as abordagens quantitativas ou qualitativas na investigação
cientíca.
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E) Estudos de caso que reportam material de casos obtidos ao longo do trabalho com indivíduos,
grupos, uma comunidade ou uma organização.
16. A revista Psique tem um limite máximo de publicação de um artigo de um mesmo autor em cada volume.
17. O conselho editorial da Psique, responsável pela avaliação dos artigos publicados, é constituído em, pelo
menos, 75% por membros de instituições académicas externas à instituição de acolhimento da Psique.
18. A publicação é semestral, com data de publicação de 1 de janeiro a 31 de junho e de 1 de julho a 31 de
dezembro.
19. A Psique subescreve os códigos de ética e boas práticas editoriais, designadamente:
O Code of Conduct and Best-Practice Guidelines for Journal Editors, do Committee on Publication
Ethics Committee on Publication Ethics (2011). Code of Conduct and Best-Practice Guidelines for
Journal Editors. Retrieved from http://publicationethics.org/les/Code_of_conduct_for_journal_
editors_Mar11.pdf
O White Paper on Promoting Integrity in Scientic Journal Publications, da Council of Science
Editors Scott-Lichter, D. & Editorial Policy Committee, Council of Science Editors (2012). CSE’s
White Paper on Promoting Integrity in Scientic Journal Publications. Retrieved from https://www.
councilscienceeditors.org/wp-content/uploads/entire_whitepaper.pdf
Para mais detalhes sobre obrigações éticas dos autores, revisores e coordenação editorial, consultar
o separador Ética Editorial e Boas Práticas.
20. Em nenhuma etapa do processo editorial se estabelecem custos para os autores. A Psique é uma publicação
cientíca sem ns lucrativos.
21. Em caso de publicação, os autores permitem o uso do seu trabalho através da utilização da licença
creative commons, CC-BY [https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/], que permite a cópia, distribuição
e transmissão do conteúdo, assim como a sua adaptação para uso comercial.
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APÊNDICE 1
Lisboa, x de x de 20xx
A Revista Psique solicita que os autores do manuscrito intitulado “xxx”, a ser publicado no volume xxx,
concedam os direitos autorais do manuscrito para publicação na forma impressa e eletrónica. Informa-
mos que a concessão dos direitos autorais só será legítima, se todos os autores assinarem a presente carta.
Ao assinar o presente documento os autores garantem que o artigo submetido para publicação é ori-
ginal, é exclusivamente da sua autoria e que respeitou os padrões éticos e metodológicos internacionais
vigentes na área cientíca da Psicologia, propostos pela American Psychological Association (APA) e pela
European Science Foundation (European Code of Conduct for Integrity of Research). Os autores são in-
tegralmente responsáveis pelo que está escrito nos artigos e garantem que não submeteram o trabalho
simultaneamente a outra revista para publicação.
A Psique detém os direitos de autor sobre o conjunto da publicação, no entanto, cada autor tem os direi-
tos de autor do copyright do seu próprio texto. No caso de o republicar mais tarde, noutro local, pede-se
a referência à publicação na Psique. A revista publica em acesso aberto, não procede a qualquer embargo
dos artigos e os autores podem divulgar o artigo em sistemas de auto arquivo ou em repositórios institu-
cionais.
Seguem abaixo os nomes completos dos autores por extenso para assinatura:
Xxxxxxxxxxxxxxxxxx
_______________________________________________________________
Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
_______________________________________________________________
Odete Nunes
Editor Diretor Psique
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REVIEWERS INSTRUCTIONS
Article Review
The articles submitted to be published in Psique will be evaluated by two experts in the scientic domain of
the paper, Ph.D in Psychology.
These are the steps involved in the process of manuscript submission and acceptance/rejection:
1. Manuscripts are received by the journal’s editor in chief and aer a preliminary analysis will be
sent to two reviewers, in a double-blind peer-review system. Both reviewers’ and author’s anonymity
is preserved;
2. Reviewers will assess the manuscripts and express their opinion on the quality and pertinence for
the journal’s aims and scope and should suggest specic reformulations to improve the quality of the
manuscript.
3. In case both reviewers disagree on their assessment, the editor in chief may assess the manuscript
and decide about its publication or request the opinion of a third reviewer.
Each reviewer should carefully read the manuscript and issue a justied and reasoned report on the
appropriateness of manuscript for publication in Psique. The dimensions to consider in the evaluation process
are the following:
1. Relevance and up to date of the theme of the manuscript for the scientic eld of Psychology;
2. Coverage, adequacy and up to date of the analyzed scientic literature;
3. Appropriateness of the methodological procedures in relation to the objectives of the study;
4. Clarity of writing and correction of the article structure, according to the APA structure criteria;
5. Validity of the results obtained in relation to the objectives and the methodological procedures
developed;
6. Scope, articulation and in depth of the discussion of the results obtained;
7. Formal correction of bibliographical references, formulas and tables; according to the APA formal
criteria.
For guidelines on the ethical criteria in the editorial process please read the Publication Ethics and Best-
Practice Guidelines.
Authors will be informed of the editorial decision, usually during the period of three months, which may be:
a) Accepted (the manuscript is accepted for publication as it is);
b) Conditionally accepted (requires minor reformulations), in this case the paper may be accepted by
the editor once the author introduces the minor reformulations;
c) Invited to re-submit aer major revisions (the theme is of interest, yet the manuscript needs major
revisions). In this case, authors are advised to rewrite the manuscript in accordance to reviewers’
suggestions and re-submit it. Re-submitted manuscripts are sent to reviewers for re-assessment;
d) Rejected (when the manuscript does not meet the criteria for publication).
On the link below you will nd the evaluation format for the evaluation of manuscripts submitted to Psique
Manuscript Evaluation Sheet.
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INSTRUÇÕES AOS REVISORES
Revisão de artigos
Os artigos submetidos para serem publicados em Psique serão avaliados por dois especialistas no domínio
cientíco do estudo, doutorados em Psicologia.
As etapas envolvidas no processo de submissão e aceitação / rejeição dos manuscritos são as seguintes:
1. Os manuscritos são recebidos pelo editor da revista e, após uma análise preliminar, serão enviados
para o parecer de dois revisores, sob um sistema de revisão de pares anónimo duplo. É preservado o
anonimato tanto dos autores, como dos revisores.
2. Os revisores avaliarão os manuscritos e emitirão o seu parecer sobre a qualidade e pertinência dos
manuscritos, face aos objetivos e âmbito da revista e devem sugerir reformulações especícas para
melhorar a qualidade dos manuscritos.
3. Caso os dois revisores não estejam de acordo sobre a avaliação de um manuscrito, o editor pode
avaliar o manuscrito e decidir sobre sua publicação ou solicitar a opinião de um terceiro revisor.
Cada revisor deve ler cuidadosamente o manuscrito e emitir um relatório justicado e fundamentado sobre
a adequação do manuscrito para publicação na Psique. As dimensões a considerar no processo de avaliação
são as seguintes:
1. Pertinência e atualidade do tema para o campo cientíco da Psicologia;
2. Cobertura, adequação e atualidade da literatura cientíca analisada;
3. Adequação dos procedimentos metodológicos face aos objetivos do estudo;
4. Clareza da escrita e correção da estrutura do artigo, de acordo com os critérios APA;
5. Validade dos resultados obtidos face aos objetivos e aos procedimentos metodológicos
desenvolvidos;
6. Abrangência, articulação e profundidade na discussão dos resultados obtidos;
7. Correção formal das referências bibliográcas, fórmulas e tabelas, de acordo com os critérios
formais APA.
Para instruções sobre os critérios éticos no processo editorial, por favor, leia o separador Ética Editorial e Boas
Práticas de Publicação.
Os autores serão informados da decisão editorial, geralmente durante o período de três meses, que pode ser:
a) Aceite (o manuscrito foi aceite para publicação na sua forma atual);
b) Aceite condicionalmente, mediante pequenas reformulações. Neste caso, após as alterações
introduzidas, o artigo reformulado pode ser aceite pelo editor;
c) Convidado a re-submeter após reformulações substanciais (o tema interessa à revista, porém, o
artigo necessita de uma reformulação profunda). Nestes casos, os autores são convidados a reformular
o artigo de acordo com as sugestões dos revisores e a re-submeter à revista. Após a reformulação dos
artigos, estes serão enviados novamente aos revisores para uma segunda avaliação;
d) Rejeitado (quando foi considerado que o manuscrito não cumpriu os critérios para publicação na
revista).
Em seguida para download, encontra a cha de avaliação de manuscritos para publicação na Psique
Ficha de Avaliação de Manuscritos
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