Issue 1 | 1
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January – 30
th
June 2024
Fascículo 1 | 1 de janeiro – 30 de junho 2024
UNIVERSIDADE AUTÓNOMA DE LISBOA
e-ISSN 2183-4806
FREE | GRATUITO
XX
VOLUME
UNIVERSIDADE AUTÓNOMA DE LISBOA
e-ISSN 2183-4806
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Issue 1 | 1
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January – 30
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June 2024
Fascículo 1 | 1 de janeiro – 30 de junho 2024
XX
VOLUME
PSIQUE | Volume XX | Issue 1 | 1
st
January – 30
th
June 2024
Semiannual Publication. Scientic Journal of the Psychology Research Centre – CIP – from the Universidade Autónoma
de Lisboa – Luís de Camões.
PSIQUE is a scientic journal in Psychology published by the Psychology Research Centre of the
Universidade Autónoma de Lisboa.
Since 2005, PSIQUE has been publishing original papers in the scientic eld of Psychology, in its
several elds of specialization, in open access and free of charge.
From 2018, it is a semi-annual journal publication from 1st January to 30th June and from 1st July to
31st December.
Aims and Scope
It is particularly aimed at psychology researchers, lecturers and students but also at general readers
who are interested in this eld of science.
Psique publishes advances in basic or applied psychological research of relevance for understanding
and improving the human condition in the world. Contributions from all elds of psychology addressing
new developments with innovative approaches are encouraged. Articles that (a) integrate perspectives
from dierent areas within psychology; (b) study the roles of physical, social and cultural domains in
human psychological processes; or (c) include psychological perspectives from dierent regions in the
world are particularly welcomed.
The journal publishes papers in Portuguese, Spanish, French and English.
Directory: Repositório Cientíco de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP).
Databases: Repositório Institucional da Universidade Autónoma de Lisboa (Camões).
Indexed by: Academic Search (EBSCO Publishers)
Fuente Academic (EBSCO Publishers).
PSIQUE | Volume XX | Fascículo 1 | 1 de janeiro – 30 de junho 2024
Publicação semestral. Revista Cientíca do Centro de Investigação em Psicologia – CIP – da Universidade Autónoma
de Lisboa – Luís de Camões.
A Psique é uma revista cientíca em Psicologia, editada pelo Centro de Investigação em Psicologia da
Universidade Autónoma de Lisboa.
Desde 2005 publica artigos originais e comunicações na área cientíca da Psicologia, nos seus vários
domínios de especialização, de acesso livre e gratuito.
É um periódico semestral, a partir de 2018, com data de publicação de 1 de janeiro a 30 de junho e de
1 de julho a 31 de dezembro.
Âmbito e Objetivos
Dirige-se particularmente a investigadores, docentes e estudantes em Psicologia, mas também aos lei-
tores em geral que se interessem pelo conhecimento desta ciência.
A Psique publica avanços na investigação cientíca básica ou aplicada, em Psicologia, com relevância
para compreender e melhorar a condição humana no mundo. A Psique encoraja a submissão de con-
tribuições de todos os campos da Psicologia, produzindo novos desenvolvimentos cientícos, através
de abordagens inovadoras. Particularmente bem-vindos são os artigos que: (a) integram perspetivas de
diferentes áreas da Psicologia; (b) estudam o papel dos domínios físico, social e cultural nos processos
psicológicos humanos; ou (c) integram perspetivas psicológicas de diferentes regiões do mundo.
A revista aceita artigos em Português, Espanhol, Francês e Inglês.
Diretórios: Repositório Cientíco de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP).
Base de Dados: Repositório Institucional da Universidade Autónoma de Lisboa (Camões).
Indexação: Academic Search (EBSCO Publishers)
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PSIQUE • e-ISSN 2183-4806 • Volume XX • Issue Fascículo 1 • 1
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N.I.F.: 501 641 238
DOI: https://doi.org/10.26619/2183-4806.XIX.1
e-ISSN: 2183-4806
Title tulo: Psique
Site: https://cip.autonoma.pt/revista-psique/
Registration Status: Under Publishing Situação de Registo: Em Publicão
Format Suporte: Online
Periodicity: Semiannual Periodicidade: Semestral
Editor in Chief Director: Odete Nunes
Inscrição Inscription: 220129
Este trabalho é nanciado por Fundos Nacionais através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia – no âmbito
doprojeto do CIP com a referência UIDB/04345/2020.
This work was funded by national funds through FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia – as part
the project CIP – Ref.ª: UIDB/04345/2020.
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EDITOR IN CHIEF DIRECTOR
Odete Nunes Universidade Autónoma de Lisboa, Portugal
ASSOCIATE EDITORS COEDITORES
João Hipólito
José Magalhães
Luísa Ribeiro
Cristina Nunes
Rute Brites
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Universidade Autónoma de Lisboa, Portugal
Universidade Autónoma de Lisboa, Portugal
EDITORIAL BOARD CONSELHO EDITORIAL
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Ana Antunes
Ana Gomes
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Aristides Ferreira
Carla Moleiro
Célia Oliveira
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José Eusébio Pacheco
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Luis Sérgio Vieira
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Odete Nunes
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Pedro Duarte
Ricardo B. Rodrigues
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Sílvia Araújo
Tito Laneiro
Vera Engler Cury
Universidade do Algarve, Portugal
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Universidade Autónoma de Lisboa, Portugal
Univerité Paris Ouest-Nanterre, França
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ISCTE, Lisboa, Portugal
Universidade Lusófona Porto, Portugal
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ISCTE, Lisboa, Portugal
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Afonso Herédia
Andreia Bandeira
Filipa Inácio
Francisco Castro
Ana Jarmela
Universidade Autónoma de Lisboa, Portugal
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TRANSLATION TRADUÇÃO
Carolina Peralta Universidade Autónoma de Lisboa, Portugal
DESIGN COMPOSIÇÃO GRÁFICA
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WEBSITE SITE
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IT DEVELOPMENT DESENVOLVIMENTO INFORMÁTICO
Anselmo Silveira Universidade Autónoma de Lisboa, Portugal
TABLE OF CONTENTS ÍNDICE
Nota Editorial
Cristina Nunes 7
The use of social media: the mediating eect of the number of followers on the relationship between
lifesatisfaction and users’ self-esteem.
Lídia Serra, Mariana Campaniço 8
Figuras parentais (pais) autores de violência sexual contra crianças e adolescentes: características
biosociodemográcas Parental gures (parents) authors of sexual violence against children and
adolescents: biosociodemographic characteristics
Marisa Trindade Pereira, Daniela Castro dos Reis, Simone Souza da Costa Silva,
Lília Ieda Chaves Cavalcante, Laiana Soeiro Ferreira 22
Adaptation and Validation of the Workplace Civility Scale for European Portuguese samples
Tito Laneiro, Luisa Ribeiro, Martina Nitzsche, Tânia Ferraro, Genta Kulari 40
Explorando a Perceção de Risco: O Impacto de Fatores Individuais e a Mediação do Clima
de Segurança Física emTrabalhadores Portugueses Exploring Risk Perception: The Impact
ofIndividualFactors and the Mediation of Physical Safety Climate in Portuguese Workers
Kelly Pinto, Gabriela Gonçalves, Cátia Sousa e António Sousa 60
Author Instructions
Instruções aos Autores 74
Reviewers instructions
Instruções aos Revisores 82
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NOTA EDITORIAL
Este mero inclui um conjunto de artigos sobre estudos empíricos desenvolvidos no Brasil
e Portugal, com população adulta. Trata-se de um número não temático e os artigos situam-se em
diferentes áreas da Psicologia Aplicada.
O primeiro artigo de Laneiro e colaboradores apresenta uma validação da Escala de Civi-
lidade no Local de Trabalho com uma amostra de 1375 trabalhadores portugueses de ambos os
sexos, através de uma análise fatorial confirmatória. Trata-se de um relevante trabalho que con-
tribuirá para aprimorar a pesquisa empírica do comportamento civil no trabalho.
O segundo artigo, de Pinto e colaboradores, também no âmbito da Psicologia do Traba-
lho, explora a perceção de risco com 216 trabalhadores portugueses. Através de uma análise
de regressão múltipla e análise de mediação, estuda o papel dos fatores individuais e do clima
de segurança física neste construto. Trata-se de um estudo interessante que discute o papel da
autoeficácia na seguraa, do locus de controlo interno, da resiliência mental, neuroticismo e a
procura por sensações a perceção de risco.
O estudo de Pereira e colaboradores, de natureza descritivo-exploratória analisa os proces-
sos de 283 pais autores de violência sexual presos. O estudo apresenta o perfil sociodemográfico
dos agressores, caracteriza o tipo de agressão sexual e discute aspetos relevantes para futuras
intervenções
O estudo de Serra e colaboradores, aborda um tema bastante atual, sobre o papel do uso das
redes sociais, a satisfação com a vida e autoestima. Trata-se de um estudo com uma amostra de
298 jovens adultos usuários da plataforma Instagram, que com análises de regressão e de media-
ção avaliam e discutem o papel do número de seguidores e da satisfação com a vida na autoes-
tima dos participantes.
Obrigada a todos os autores pelos seus relevantes estudos e terem possibilitado este novo
número da revista. Finalmente um agradecimento especial a todos revisores e editores que dedi-
caram seu tempo e fizeram comentários construtivos.
Cristina Nunes
(Co-editor)
8
THE USE OF SOCIAL MEDIA: THE MEDIATING EFFECT OF THE
NUMBER OF FOLLOWERS ON THE RELATIONSHIP BETWEEN LIFE
SATISFACTION AND USERS’ SELFESTEEM.
Lídia Serra
1
, Mariana Campaniço
2
PSIQUE • EISSN 21834806 • VOLUME XX • ISSUE FASCÍCULO 1
1
ST
JANUARY JANEIRO  30
TH
JUNE JUNHO 2024 PP. 821
DOI: https://doi.org/10.26619/2183-4806.XX.1.1
Submitted on 22/03/2023 Submetido a 22/03/2023
Accepted on 29/12/2023 Aceite a 29/12/2023
Abstract
The utilization of social media has become increasingly prevalent across various generations,
serving as a platform for individuals to exhibit personal content that may influence other users.
However, there is limited understanding of the impact that the number of followers on social
media platforms can have on the relationship between life satisfaction and usersself-esteem.
Objective: The primary aim of this research is to examine the mediating effect of the number of
followers on the relationship between life satisfaction and self-esteem among Instagram users.
Method: This study included an original sample of 298 participants, as well as two simulated
samples of 2980 and 29800 subjects, all of whom were users of the social media platform Insta-
gram and aged between 18 and 40 years. The research utilized three measurement instruments:
a sociodemographic questionnaire, the Satisfaction with Life Scale, and the Rosenberg Self-Es-
teem Scale. Results: The findings revealed that the number of followers serves as a significant
mediator in the relationship between life satisfaction and self-esteem across all applied models.
Additionally, a positive and significant relationship was observed among all these variables in
the three study samples. Conclusion: The number of followers on social media platforms has
been shown to impact the self-esteem of users and contribute to a better understanding of the
effect of life satisfaction on participantsself-esteem levels. However, caution is needed regard-
ing the use and content shared, as exposure on social media can have positive and negative
impacts on users and influence them. Therefore, the results of this study may contribute to the
development of awareness programs about the use of social media, as well as increasing the dig-
ital literacy of its users.
Keywords: Self-esteem, number of followers, life satisfaction, social media, technology, usage time
1 Universidade Autónoma de Lisboa. Portugal. E-mail: lmserra@autonoma.pt. ORCID ID: http://orcid.org/0000-0003-2612-3335.
2 Instituto Superior de Estudos Interculturais e Transdisciplinares – IP de Almada. Portugal. E-mail: marianacampanico@
gmail.com.
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Lídia Serra, Mariana Campaniço
Introduction
Nowadays, the utilization of information and communication technologies (ICTs) constitutes
an intrinsic facet of contemporary society, encompassing personal, professional, and recrea-
tional domains. There has been a consistent rise in the adoption of internet services. Accord-
ing to Eurostat (2022), in 2021, approximately 80% of individuals aged 16 to 74 within the Euro-
pean Union engaged with the internet on a daily basis, with notably higher usage rates observed
among younger demographics (16-29 years). These statistics underscore the escalating signifi-
cance of the internet, particularly social media platforms, in individuals’ lives. It has been noted
that the dissemination of personal life on social media is becoming increasingly effortless and
routine (Dias & Nascimento, 2013), often motivated by users’ desires to compare themselves with
others and emulate their daily habits and behaviors.
Most users believe they are influenced by the posts shared on social media platforms such
as Instagram (Almeida et al., 2018), while simultaneously aiming to expand their network con-
nections within these platforms. Social media platforms are recognized as virtual connections
among groups of individuals united by professional objectives, associations, friendships, among
others, through which they can share and disseminate information (Silvério, 2012). Often, such
sharing occurs without consideration for aspects related to their privacy, security (Borges, 2016),
or how they present their bodies, which has become a concerning issue (Barry et al., 2017).
Among online tools (e.g., social networks, video conferencing platforms, email services,
image and video editors, etc.) social media platforms are especially popular among young peo-
ple, with consumption rates four times higher compared to older age groups (Eurostat, 2022).
These platforms enable virtual communication with other users, facilitating the sharing of writ-
ten information, photographs, music, or videos (Mehdizadeh, 2010; Monteiro et al., 2020). Social
media users aim for their content to be appreciated, gain online followers, and expand their
reach to more people (Chou & Edge, 2012). The number of likes received on posts may depend on
the content of the photographs used and can influence user’s behavior (Drake et al., 2017).
However, influencers strive to cultivate a greater sense of trust with their followers, aiming
for their content to be increasingly appreciated, practiced, or disseminated (Borges, 2016). Insta-
gram serves as a prime example of a social media platform where users engage in self-promotion
through photographic material or videos, typically accentuating their positive aspects, while
anticipating appreciation and validation from their audience (Monteiro et al., 2020; Moon et al.,
2016).
Individuals with low self-esteem tend to exhibit greater feelings of hopelessness (Çakar, 2014)
and are inclined to conceal their limitations or flaws from others (Kuster et al., 2012), including
within the realm of social media. Self-esteem is defined as an individuals capacity for self-value
and positive self-regard (Batista et al., 2015). This subjective assessment of ones own worth can
be reinforced or influenced by the consumption of content on Instagram.
In the study by Rodríguez-Suárez et al. (2022) with 321 users, it was found that when exposed
to photographs of people with perfect bodies and ideal beauty, participants showed lower lev-
els of self-esteem and anxiety compared to the control group. This need for human comparison
has been advocated for a long time. For instance, Festinger’s (1954) Theory of Social Comparison
Processes posited that individuals tend to compare themselves with others in various personal
characteristics. The search for similar or different attributes in others is crucial to the process of
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The use of social media: the mediating effect of the number of followers on the relationship
between life satisfaction and users’ self-esteem.
self-evaluation. Such situations can heighten concerns that users have about their own appear-
ance when comparing themselves with other social media users (Fardouly et al., 2015).
The presence of low self-esteem leads users to engage in more self-promotion, increased
usage (Mehdizadeh, 2010), or a higher frequency of posting photographs on social media plat-
forms, driven by a growing desire for recognition (March & McBean, 2018). The study by Pop et
al. (2022) identified a positive association between Snapchat usage and usersself-esteem, but a
negative relationship between usersweight and TikTok usage. Additionally, Barry et al. (2017)
did not find a significant correlation between self-esteem and the posting of selfies on social
media platforms.
The fact that a user receives likes influences their brain activity and behavior (Sherman et
al., 2018), highlighting brain areas associated with reward (Sherman et al., 2016). Being valued
and recognized leaves a person satisfied. Life satisfaction is considered a positive evaluation that
individuals make of their lives and overall well-being, taking into account personal, relational,
professional, and other aspects (Diener et al., 1985). The Compensation Model underlying life
satisfaction posits that when individuals are dissatisfied in a particular area of their lives, they
tend to seek satisfaction and compensation in other domains or contexts (Nielsen et al., 2011).
This can help explain why many individuals seek refuge in social media when they are feeling
unwell (Vidal et al., 2020). On the other hand, Zhan et al. (2006) identified that social media usage
is associated with higher life satisfaction.
The study by Reina et al. (2010) revealed a noteworthy and positive correlation between
life satisfaction and self-esteem among young individuals, suggesting that contentment with
ones life is linked to self-acceptance and a favorable assessment of life events (Batista et al.,
2015). However, using social media can be negatively associated with individuals’ life satisfac-
tion (Akin & Akin, 2015) and, consequently, their self-esteem. As demonstrated in the study
by Bakioğlu et al. (2022), the presence of fear of missing out online, which includes the need
to belong, the need for popularity, anxiety, and addiction, has a negative impact on the life
satisfaction of social media users. This suggests that the effects of social media usage vary and
have different impacts on the lives of its users (Bakioğlu et al., 2022; Carrotte et al., 2017; March
& McBean, 2018).
Being satisfied with life also entails feeling accepted by peers and feeling liked by others
through the number and type of interpersonal relationships they establish (Harter, 1999), which
increasingly occurs within online contexts, influencing individualsself-esteem and well-being
(Valkenburg et al., 2006). Although various studies present different impacts and relationships
among life satisfaction, self-esteem, and the number of followers on social media platforms, the
relationship between these three variables in Instagram users is not yet fully understood. This
leads us to establish hypotheses that life satisfaction and number of followers are positively cor-
related with self-esteem.
Furthermore, scientific studies have revealed that Instagram is being used by users to share
health-related issues (e.g., miscarriage) and seek emotional support through information sharing
(Mercier et al., 2020), identify markers of depression (Reece et al., 2017), raise awareness about
injury prevention through seatbelt use (Drake et al., 2017), and highlight the importance of an
active lifestyle (Carrotte et al., 2017), but the mediating effect of the number of followers in the
relationship between life satisfaction and self-esteem of Instagram users is not yet known.
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Lídia Serra, Mariana Campaniço
Valkenburg et al. (2006) identified that when social media users receive positive feedback
on their online profiles, their well-being and self-esteem improve. If we consider that this pos-
itive feedback may be reinforced by the number of followers on the social media platform, we
hypothesize that the number of followers may help mediate the effect of life satisfaction on the
self-esteem of Instagram users.
The main objective of this study is to verify whether the number of followers acts as a
mediator in the relationship between life satisfaction and self-esteem. Similarly, it is impor-
tant to explore the presence of significant relationships among life satisfaction, the number
of followers with self-esteem, both within the original sample and in simulated samples of
Instagram users.
Method
Participants
In this study, 298 Portuguese subjects of both genders participated. As inclusion criteria for
the sample, only participants of Portuguese nationality, aged 18 years or older, and daily users of
the Instagram social network were considered.
All participants responded to the study protocol (100%), with 55.7% being female and 44.3%
being male. The participants had a mean age of 25.61 years (±5.62). The majority of participants
reported being in the 22 to 25 age range (36.2%), followed by the age range of 18-21 years (22.8%),
and the age range of 26-29 years (20.8%). Regarding the daily number of hours of Instagram usage,
54.4% used less than 3 hours per day, 33.2% used between 3 and 7 hours, 8.1% used between 7
and 12 hours, and only 4.4% used Instagram for more than 12 hours per day. Lastly, concerning
the number of followers, 8.7% had fewer than 100 followers, 27.2% had between 101 and 500 fol-
lowers, 21.1% had between 501 and 1000 followers, 32.9% had between 1001 and 5000 followers,
and 10.1% had more than 5000 followers on the Instagram social network.
Measures
For this study, a sociodemographic questionnaire was employed to collect information from
participants [e.g., age, gender, number of hours spent using Instagram, number of followers (the
mediating variable)], along with the Satisfaction with Life Scale and the Rosenberg Self-Esteem
Scale.
The Satisfaction with Life Scale (original version by Diener et al., 1985; Portuguese version
by Simões, 1992) was utilized to assess individualslevel of life satisfaction and was employed
as the independent variable in the current study. This scale is administered using a five-point
Likert scale (ranging from 1 to 5 points), with scores ranging from a minimum of 5 to a maximum
of 25 points. A higher score indicates greater life satisfaction. The scale demonstrates good psy-
chometric properties, with a Cronbachs alpha of .77. For the present study, a Cronbachs alpha
of .85 was obtained.
The Rosenberg Self-Esteem Scale (original version by Rosenberg, 1965; Portuguese version by
Santos & Maia, 2003) was employed to assess participantsself-esteem, considered the dependent
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The use of social media: the mediating effect of the number of followers on the relationship
between life satisfaction and users’ self-esteem.
variable in this study. This instrument consists of 10 items that are rated on a 4-point Likert scale.
The scale is scored by summing the items, yielding values ranging from 0 to 30 points. A higher
score on this scale indicates a higher level of self-esteem. The scale demonstrates strong psy-
chometric properties, with a Cronbach’s alpha value of .86 in the Portuguese version, and in the
current study, the Cronbachs alpha was .88.
Procedure
The study protocol was administered online to users of the Instagram social network. The
data collection period took place during the academic year 2021 and 2022. Participants volun-
tarily and without any personal interest took part in the study after being informed of its objec-
tives and providing signed informed consent. The informed consent was formalized through
an online form that participants responded to before starting the protocol response. With this
prior authorization, the researchers ensured that the participant read, understood, and agreed to
all information regarding the research procedure, including data confidentiality. The disclosure
and distribution of the study protocol access link were made only on the Instagram social net-
work, and recording the participant’s name was not considered in order to guarantee anonymity.
For data administration and collection, the Google Forms platform was used, with an estimated
response time of approximately 10 minutes. This study received approval from the scientific
council of ISEIT IP de Almada, and ethical and deontological responsibilities inherent in the
research were ensured.
Data analysis
For this study, the R programming language and the RStudio integrated development envi-
ronment were used. Data analysis included descriptive statistics of the participants’ characteris-
tics in the original sample (298 subjects). Mean and standard deviation were used for numerical
variables, and frequencies and percentages were used for nominal variables. The Pearson corre-
lation coefficient was employed to study correlations between variables, following verification
of their statistical assumptions. Simulated samples were considered in the study to obtain a better
understanding of the behavior of variables in various analysis scenarios, as well as to help iden-
tify the statistical power of the study (Vasishth & Broe, 2011). Data were estimated through sim-
ulation from the original sample, generating 10 and 100 times more data points, 2980 and 29800,
respectively. The MedGraph-PC program was employed for the mediation analysis, following the
guidelines of Baron and Kenny (1986). To estimate whether the indirect effect is significant, the
Sobel test was applied. Finally, the analysis of variance (ANOVA) test was used to verify if there
are significant differences between the applied mediation models. The significance level used
was a p-value < .05.
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Lídia Serra, Mariana Campaniço
Results
Correlations between self-esteem, the number of followers, and life satisfaction
In the following table (Table 1), the correlation values found between self-esteem, the number
of followers, and life satisfaction, are presented for the original sample and the two simulated
samples.
TABLE1.
Correlations between self-esteem, the number of followers and life satisfaction.
Self-esteem
298 subjects (original sample)
r p
Number of followers
.311
≈ .001*
Life satisfaction
.509
≈ .001*
2980 subjects (simulated sample)
Number of followers
.337 ≈ .001*
Life satisfaction
.545 ≈ .001*
29800 subjects (simulated sample)
Number of followers
.314 ≈ .001*
Life satisfaction
.546 ≈ .001*
Note: *Significant correlation for p-value = .01; r= Pearson’s correlation; p= p-value
Mediation of the number of followers in the relationship
between life satisfaction and self-esteem
Mediation Model 1
Through the mediation model in the original sample, it was observed how the effect of the
predictor (life satisfaction) influenced the outcome variable (self-esteem) through a mediating
variable (number of followers) which served as an intervening variable to explain this effect.
The level of the effect of the predictor variable passing through the mediator variable caused
an indirect effect on the outcome variable of c’= .478. Additionally, it was found that the effect
of life satisfaction on the number of followers was a=.120 and the effect of the number of fol-
lowers on self-esteem was b=.254. The following figure (Figure 1) illustrates the significant
mediating effect of the number of followers on the relationship between life satisfaction and
self-esteem of users in the original sample. Through the Sobel test, it was found to be a signif-
icant model (p.000).
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The use of social media: the mediating effect of the number of followers on the relationship
between life satisfaction and users’ self-esteem.
FIGURE1.
Mediating effect of the number of followers on the relationship between life satisfaction and self-esteem in
a sample of 298 subjects.
Note: [a] = is the effect of the explanatory variable on the mediator; [b] = is the effect of the mediator on the response variable; [c] = total direct
effect of life satisfaction on self-esteem without including the mediator variable. [c’] = indirect effect of life satisfaction on self-esteem consider-
ing the effect of the mediator variable. *p < .05; **p < .01; ***p < .001.
Mediation Model 2
In this model, it can be observed that the level of the effect of the variable life satisfaction
through the mediator variable caused an indirect effect on the outcome variable (c’= .518). The
effect of life satisfaction on the number of followers was a=.096 and the effect of the number of
followers on self-esteem was b=.287. Figure 2 represents the mediation effect achieved in this
sample (2980 subjects). The Sobel test confirmed it to be a significant model (p.000).
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FIGURE2.
Mediating effect of the number of followers on the relationship between life satisfaction and self-esteem in
a sample of 2980 subjects.
Note: [a] = is the effect of the explanatory variable on the mediator; [b] = is the effect of the mediator on the response variable; [c] = total direct
effect of life satisfaction on self-esteem without including the mediator variable. [c’] = indirect effect of life satisfaction on self-esteem consider-
ing the effect of the mediator variable. *p < .05; **p < .01; ***p < .001.
Mediation Model 3
In this last model, it can be observed that the level of the effect of the predictor variable
passing through the mediator variable caused an indirect effect on the outcome variable of c’=
.522. The effect of life satisfaction on number of followers was a=.091 and the effect of number of
followers on self-esteem was b=.267. Figure 3 represents the mediation effect of the model. This
model also proved to be significant, as indicated by the Sobel test (p.000).
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The use of social media: the mediating effect of the number of followers on the relationship
between life satisfaction and users’ self-esteem.
FIGURE3.
Mediating effect of the number of followers on the relationship between life satisfaction and self-esteem in
a sample of 29800 subjects.
Note: [a] = is the effect of the explanatory variable on the mediator; [b] = is the effect of the mediator on the response variable; [c] =
total direct effect of life satisfaction on self-esteem without including the mediator variable. [c’] = indirect effect of life satisfaction on
self-esteem considering the effect of the mediator variable. *p < .05; **p < .01; ***p < .001.
The following bar chart (Figure 4) illustrates the distribution of effects achieved in each mediation model. However, the results obtained through
ANOVA showed that there are no significant differences between the three mediation models (F= .483; p= .618).
FIGURE4.
Comparison of the three mediation models
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Discussion
The results of the present study initially revealed a positive and significant correlation
between self-esteem, life satisfaction, and the number of followers across all samples, thereby
confirming our study hypothesis.
In the studies by Romdhane et al. (2023) and Szczesniak et al. (2022), a positive and significant
association between life satisfaction and self-esteem was observed. This type of association was
also found in the study by Bozoglan et al. (2013). The use of social media entails social benefits
for its users, which are related to their life satisfaction (Zhan, 2016) and, consequently, to their
self-esteem.
The presence of life satisfaction can contribute to enhancing individuals’ self-worth, self-con-
fidence, and self-respect, thereby increasing their ability to confront various challenges (Batista
et al., 2015), including those encountered online. The study by Uram & Skalski (2022), comprising
309 participants with ages ranging from 18 to 70 years, also found a positive and significant
relationship between life satisfaction and self-esteem, indicating that life satisfaction had a sig-
nificant impact on self-esteem, as well as on other variables, such as loneliness, which is also
present in social media users (Kusumota et al., 2022). On the other hand, the study conducted
by Batista et al. (2015) did not find a statistically significant relationship between life satisfac-
tion and self-esteem. However, it is worth noting that dissatisfaction, particularly dissatisfaction
with one’s body, and low self-esteem may coexist when individuals perceive a considerable dis-
crepancy between their actual self and their ideal self (Yu & Yung, 2018).
Despite several studies showing that life satisfaction has a positive relationship with self-es-
teem (Bozoglan et al., 2013; Romdhane et al., 2023; Szczesniak et al., 2022), when attempting to
understand interaction effects between self-esteem and participants’ sociodemographic charac-
teristics (gender versus self-esteem and age versus self-esteem) regarding their life satisfaction,
these effects disappear. This may be justified by the fact that levels of life satisfaction and self-es-
teem vary from men to women and across different ages (Moksnes & Espnes, 2013). Moreover,
even though social media users may occasionally experience some form of social overload due
to various online social commitments, it does not necessarily imply that their life satisfaction
(Zhan, 2016) or self-esteem are affected.
Regarding the number of followers, although our study revealed a positive relationship with
self-esteem, Yu & Yungs study (2018) uncovered those variables such as appearance evaluation
or body anxiety - characteristics that concern most social media users seeking followers - have
a negative relationship with their self-esteem. It is known that individuals with narcissistic traits
tend to spend more time and share more content on Instagram. However, there seems to be no
relationship between these characteristics and the number of online followers (Moon et al.,
2016). There also appears to be a significant negative relationship between usersself-promotion
on social media and their self-esteem (Mehdizadeh, 2010). Lower self-esteem and self-control
among social media users are associated with a higher risk of social media addiction (Huaytalla
et al., 2016), which may also result from the pursuit and strong desire to gain more online follow-
ers.
Given the results obtained in the mediation models, we confirmed our hypothesis regarding
a significant mediation of the number of followers in the relationship between life satisfaction
and self-esteem. All mediation models revealed a significant mediating effect of the number
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The use of social media: the mediating effect of the number of followers on the relationship
between life satisfaction and users’ self-esteem.
of followers on the relationship between life satisfaction and self-esteem, with no significant
differences between them. This indicates that the models demonstrate robustness in explaining
the mediating effect of the number of followers on the social media platform Instagram. The
study by Obada & Dabija (2022) also aimed to verify the mediating effect of social media use in
a large sample composed of 932 subjects. This model also showed a significant mediation effect
when introducing social media use into the relationship between users’ perceived control, con-
centration, time distortion, and trust in online information. Indeed, in modern society, the use
of social media characterizes interactions and symbolic relationships that influence the type of
information consumed and how users think (Dias & Nascimento, 2013). Communication estab-
lished through social media is not only about the content shared but also about the various ways
people influence each other (Bateson & Ruesch, 1965). On the other hand, the study by Kim et
al. (2023) only managed to show a partial mediation effect of social media, in a sample of 120
subjects, when introduced into the relationship between lifestyle and healthy aging. Personal
characteristics of social media users, such as their self-critical perfectionism, may also attenuate
the relationship between life satisfaction and self-esteem (Romdhane et al., 2023).
This study has several limitations. Firstly, it did not take into account the type of content
shared or the types of profiles sought after on the Instagram social network, as it is known that
the type of content influences the exposure, recognition, and self-valuation of social network
users (March & McBean, 2018; Mehdizadeh, 2010), with consequences for their self-esteem. Addi-
tionally, the study did not consider the types of posts used by individuals of different age groups,
as distinct ages present different interests on social networks (Dias & Nascimento, 2013). Lastly,
being a cross-sectional study, it did not allow for an understanding of how the variables assessed
in this investigation impact self-esteem over time. In this regard, longitudinal studies would be
important to comprehend the self-esteem of Instagram users and other social media platforms.
Understanding the reasons behind usersvirtual follower-seeking behavior and analyzing the
differences among populations from different countries are crucial aspects to explore further.
This research sheds light on how the subjective evaluation of life satisfaction and having social
media followers explain the self-esteem of Instagram users. These findings should be consid-
ered by social media managers and mental health professionals to prevent negative effects and
increase awareness about social media usage, as well as digital literacy.
There are no conflicts of interest in this study.
This study did not receive any type of funding.
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22
FIGURAS PARENTAIS PAIS AUTORES DE VIOLÊNCIA SEXUAL
CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES: CARACTERÍSTICAS
BIOSOCIODEMOGRÁFICAS
PARENTAL FIGURES PARENTS AUTHORS OF SEXUAL VIOLENCE
AGAINST CHILDREN AND ADOLESCENTS: BIOSOCIODEMOGRAPHIC
CHARACTERISTICS
Marisa Trindade Pereira
1
, Daniela Castro dos Reis
2
, Simone Souza da Costa Silva
3
,
lia Ieda Chaves Cavalcante
4
, Laiana Soeiro Ferreira
5
PSIQUE • EISSN 21834806 • VOLUME XX • ISSUE FASCÍCULO 1
1
ST
JANUARY JANEIRO  30
TH
JUNE JUNHO 2024 PP. 2239
DOI: https://doi.org/10.26619/2183-4806.XX.1.2
Submitted on 04/09/2023 Submetido a 04/09/2023
Accepted on 27/12/2023 Aceite a 27/12/2023
Resumo
Estudos sobre o autor da violência sexual contra criaas e adolescentes são incipientes
no Brasil. Sua trajeria de vida constitui-se um tema complexo e seus aspectos parentais são
tratados pela literatura com reserva, apesar de evidências apontarem maior probabilidade para
autores de violência serem pai ou padrasto da vítima. Assim, esta pesquisa objetivou caracterizar
biosociodemograficamente pais autores de violência sexual e descrever a agressão perpetrada. Tra-
tou-se de um estudo empírico-documental, de natureza descritivo-exploratória, com abordagem
quantitativa dos dados. Desenvolvido em sete municípios do Estado do Pará, envolveu processos
de 283 pais autores de violência sexual presos. Um formurio de caracterização biopsicossocial
1 Mestre pelo programa de Pós-Graduação em Teoria e Pesquisa do Comportamento da Universidade Federal do Pará (UFPA)
Brasil. Membro do Grupo de Estudo de Autores de Violência. E-mail: matripemama@yahoo.com.br.
ORCID ID: http://orcid.org/0000-0002-6548-1808
2 Professora doutora do programa de Pós-Graduação em Teoria e Pesquisa do Comportamento da Universidade Federal do
Pará (UFPA) Brasil. Membro do Laboratório de Ecologia do Desenvolvimento. Coordenadora do Grupo de Estudo de Autores de
Violência. E-mail: danireispara@gmail.com.
ORCID ID: http://orcid.org/0000-0002-9505-4516
3 Professora doutora do programa de Pós-Graduação em Teoria e Pesquisa do Comportamento da Universidade Federal do
Pará (UFPA) Brasil. Membro do Laboratório de Ecologia do Desenvolvimento. Coordenadora do Grupo de Estudo sobre pro-
cesso de adaptação das famílias diante a deficiência. E-mail: symon@ufpa.br
ORCID ID: http://orcid.org/0000-0003-0795-2998
4 Professora doutora do programa de Pós-Graduação em Teoria e Pesquisa do Comportamento da Universidade Federal do
Pará. (UFPA) Brasil. Membro do Laboratório de Ecologia do Desenvolvimento. Coordenadora do Grupo de Estudos de Autores
de Violência. Coordenadora do Grupo de Estudos que investiga questões voltadas para o acolhimento institucional e a adoção.
E-mail:liliacavalcante@gmail.com
ORCID ID: http://orcid.org/0000-0003-3154-0651
5 Professora Mestre da Universidade Federal do Pará (UFPA) Brasil. Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Teo-
ria e Pesquisa do comportamento da Universidade Federal do Pará. Membro do Grupo de Estudo de Motricidade Humana.
E-mail:laianasoeiro@ufpa.br
ORCID ID: http://orcid.org/0000-0002-1622-0708
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foi utilizado como instrumento. A coleta permitiu a construção de um banco de dados anali-
sado por meio de estatística descritiva e de Cluster. Nos resultados, o perfil biosociodemográfico
apontou para pais autores em sua maioria pretos/pardos, com média de 40 anos, dois filhos, com
njuge e ocupação. Os vínculos de parentesco apareceram na maior proporção de padrasto, pai
e tio, respectivamente. As características do tipo de agressão com uso de força ou coerção severa
apareceram na proporção de 65,02% e os atos de esfregar-se na vítima e sexo vaginal foram os
mais frequentes. As análises permitiram esmiuçar aspectos da caracterização dessa população
para intervenções futuras mais eficazes.
Palavras-chave: Pai; Autor de violência sexual de crianças e adolescentes.
Abstract
Studies on the perpetrator of sexual violence against children and adolescents are incipient
in Brazil. Their life trajectory constitutes a complex topic and their parental aspects are
treated with caution in the literature, despite evidence indicating that perpetrators of violence
are more likely to be the father or stepfather of the victim. Thus, this research aimed to bio-
sociodemographically characterize parents who committed sexual violence and describe the
aggression perpetrated. This was an empirical-documentary, descriptive-exploratory study,
with a quantitative approach to the data. Developed in seven municipalities in the State of Pará,
it involved the processes of 283 sentenced prisoner parents. A biopsychosocial characterization
form was used as an instrument. The collection allowed the construction of a database analyzed
using descriptive and cluster statistics. In the results, the biosociodemographic profile pointed
to author parents who were mostly black/brown, with an average of 40 years old, two children,
with a spouse and occupation. Kinship ties appeared in the highest proportion of stepfather,
father and uncle, respectively. The characteristics of aggression, use of force or severe coercion
appeared in a proportion of 65.02% and the acts of rubbing against the victim and vaginal sex were
the most frequent. The analyzes made it possible to scrutinize aspects of the characterization of
this population for more effective future interventions.
Keywords: Dad; perpetrator of sexual violence against children and adolescents.
Introdução
A violência sexual contra crianças e adolescentes
A perpetração da violência sexual contra criaas e adolescentes é um fenômeno universal,
associada a relação assimétrica de poder (Florentino, 2015). Que possui a finalidade de obten-
ção de prazer sexual e configura-se pela prática de ato sexual a criaa e/ou adolescente (Fer-
raz et al., 2021). Para a American Academy of Pediatrics Committee on Child Abuse and Neglect
é um problema de saúde pública complexo, gerador de danos psíquicos, emocionais e sociais,
envolvendo a vítima, a família e o perpetrador (American Academy of Child Adolescent Psychiatry
[AACAP],2012).
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Figuras parentais (pais) autores de violência sexual contra crianças e adolescentes: caractesticas biosociodemogficas
Com incidência, segundo Miranda et al. (2020), em todas as classes sociais, independente
do gênero, raça ou etnia, danificando todo o tecido social dos envolvidos. Intercorre, de acordo
com Cavalcante (2022) por meio de atos operantes, como: sexo com penetração, incesto, assédio,
exploração sexual, pornografia, manipulação (genitália, mama ou ânus), imposição de intimi-
dades, jogos sexuais, práticas eróticas não consentidas e transtornos tais como exibicionismo,
pedofilia e voyeurismo.
Pode ocorrer em contexto extrafamiliar e intrafamiliar (Organização Mundial de Saúde
[OMS], 2002). O primeiro incide, em maior frequência, fora da residência das vítimas, e é per-
petrado por um adulto sem laços de parentesco com a vítima (Sanfelice & De Antoni, 2010). O
segundo ocorre no ambiente doméstico (na residência da vítima ou do autor) e apresenta singu-
laridades por ocorrer em espaço de intimidade (Lopes, 2021) e ser ocasionada por pessoas inves-
tidas de função parental ou parente próximo (Florentino, 2015).
O contexto de violência sexual intrafamiliar reproduz-se em sequência crescente de epi-
dios, envolve familiares que subjugam a vítima como propriedade e fazem uso do poder familiar
para exercer práticas de violência sexual, resultando em negligência e violação de direitos (Bal-
binotti, 2009). Gerando consequências negativas e devastadoras aos que a vivenciam, que podem
reproduzir o comportamento violento, comprometendo relações futuras, e manifestar-se de
várias formas, com diferentes graus de severidade/gravidade ao desenvolvimento (Lopes, 2021).
Nos Estados Unidos a violência sexual contra criaas e adolescentes é considerada um pro-
blema para a sociedade, visto que cerca de um em cada quatro meninas e um em cada 13 meninos
sofrem violência sexual em algum momento de sua infância e/ou adolescência (Oliveira, 2019).
No Brasil, a Unicef (2021) publicou que, no período de 2019 a 2021 no Brasil, o crime com
maior mero de vítimas de 0 a 17 anos foi a violência sexual contra criaas e adolescentes,
com 73.442 casos identificados. Esse dado reflete o grande percentual de registro, apesar dos
altos índices de subnotificações e de falhas nos registros de Boletins de Ocorrência (Miranda
etal., 2020).
De acordo com Stroff e Vieira (2020) esses registros oficiais no Brasil focam-se, principal-
mente, em informações sobre as características das vítimas. Assim, a literatura científica nacio-
nal reflete tais dados (Aguiar & Ferreira, 2020; Aznar-Blefari et al., 2021; Ferreira & Nascimento,
2019; Platt et al., 2018; Stroff & Vieira, 2020). Em virtude desses parâmetros da rede de assistên-
cia no país, a sociedade e a comunidade científica, em particular, vem focando sua atenção, em
especial, a aspectos referentes a vítima e com reserva tem sido considerado características rela-
tivas ao autor da vioncia (Reis & Cavalcante, 2018).
Autores da vioncia sexual contra crianças e adolescentes
Pesquisas sobre os autores de violência sexual contra criaas e adolescentes (AVSCA) geral-
mente apresentam-se com abordagens secundárias nos estudos nacionais (Platt et al., 2018). Uma
das justificativas para o fato, apontada por Reis e Cavalcante (2019), dá-se ao fato que na socie-
dade brasileira o autor figura-se com representação monstruosa, abominável e imoral, resultando
no comprometimento do entendimento coerente do fenômeno e dificulta possíveis estratégias
para redução e prevenção da problemática (Café & Nascimento, 2012).
Os principais estudos nacionais sobre AVSCA (Bohn, 2012; Moura, 2007; Martins, 2008;
Pechorro et al., 2008; Sanfelice & De Antoni, 2010; Scortegagna & Villemor-Amaral, 2013) são
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centrados em levantamentos estatísticos de dados sociodemográficos e com pequenas amostras,
que buscam caracterizar o perfil do AVSCA e de dados quantitativos referentes às notificações
(Costa et al., 2018).
O perfil sociodemogfico observado na literatura nacional caracteriza os AVSCA como
homens do sexo masculino (Reis & Cavalcante, 2018), no estado civil notou-se relacionamento
quando cometeram o crime (Bohn, 2012). A escolaridade, na pesquisa de Ferraz et al. (2021), é
indicada com menos de 10% com início em uma graduação. O estudo de Moura (2007) observou
a baixa escolaridade como frequente fator de risco para esta população.
Na ocupação observa-se nos estudos vínculo de trabalho no momento do crime, contudo,
sem uma profissão específica predominante (Bohn, 2012). Pimentel (2010) indica baixo nível
socioeconômico e origem em famílias numerosas e ligadas à pobreza. Em relação ao histórico
de violência na família, identificaram-se diversos tipos, como violência física, moral e sexual
(Habigzang et al., 2005).
Nos últimos anos, alguns estudos nacionais pioneiros têm se direcionado para aspectos mais
específicos dessa população, destacando-se investigões produzidas por Reis e Cavalcante
(2018) e Ferraz et al. (2021), que abordam o problema sob a perspectiva do AVSCA e com amostras
maiores. Estes estudos empíricos que exploram a distorção cognitiva, o processo de socialização
primária e a trajetória de vida adversa.
Em paralelo, ao observar-se a literatura internacional (Hall e Hall, 2007; Jespersen, Lalumière
& Seto, 2009; Poeppl et al., 2015; Smith, 2000) acerca do assunto, nota-se uma pluralidade de estu-
dos. Esta variedade de estudos está distribuída em diversos aspectos dos AVSCA como: hisria
de vida, fatores de risco, distorções cognitivas, tratamento, características psiquiátricas e neuro-
ciências.
A parentalidade dos autores de violência sexual
Dentre as diversas variáveis que ainda necessitam serem exploradas para compreensão do
fenômeno da violência sexual no cenário nacional, este estudo destaca a relacionada à parentali-
dade do AVSCA. Existem dois aspectos importantes no delineamento do estudo da parentalidade
dessa populão. O primeiro é evidenciado por estudos que indicaram maior percentagem de
violência sexual contra criaas e adolescentes serem cometidos pelo pai ou padrasto da vítima
(Habigzang et al., 2005; Miranda et al., 2020; Moura & Koller, 2008; Platt et al., 2018; Soares & Nas-
cimento, 2019).
Foyen (2017), ressalta que esses casos proporcionam um intenso sofrimento à criança e/ou
adolescente. Ao mesmo tempo que gera sofrimento, a experiência ocorre em um contexto afe-
tuoso, o que então promove uma série de sentimentos ambivalentes na criaa e/ou adolescente
(Risman, Figueira, Vieira & Azevedo, 2014). Esses sentimentos ocorrem geralmente em casos
incestuosos, nos quais as vítimas que sofreram a violência sexual ficam aterrorizadas e confu-
sas, o que se consolida numa situação de silêncio, na qual a criaa não faz a denúncia por medo
de ser culpada, ou então de provocar a desagregação familiar (Azevedo, Alves & Tavares, 2018).
O ato do incesto, para Soares e Nascimento (2019), caracteriza-se como histórico e complexo
e para sua compreensão faz-se necessário uma reflexão sobre a família e funções parentais, uma
vez que as relações incestuosas ocorrem no espaço familiar, onde são vivenciados os vínculos
essenciais à formação da personalidade.
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Figuras parentais (pais) autores de violência sexual contra crianças e adolescentes: caractesticas biosociodemogficas
O outro aspecto que é foco deste estudo, relaciona-se à variável ter filho, frequentemente
observada nos estudos sociodemográficos como de Habigzang et al. (2005) e Santos (2019), apre-
sentada apenas como um dado quantitativo de quantidade de filhos e sem pretensão investigar
as características deste pai, enquanto figura de prática de cuidado dos filhos que podem ter sido
as vítimas da vioncia ou não.
De acordo com Pullman et al. (2014) vivências em contextos adversos, geram prejuízos para
o desenvolvimento e colocam o indivíduo em situão de vulnerabilidade, tendo como possível
desfecho a adoção de comportamentos disfuncionais para lidar com os eventos vivenciados em
sua trajetória de vida. Isso inclui a adoção de uma prática parental com características negativas
e a violência sexual contra crianças e adolescentes.
Esses fatores geradores de comportamento disruptivo são frequentemente observados no
histórico de AVSCA, sendo possível citar igualmente: histórico de comportamento agressivo, pro-
blemas de relacionamento interpessoal, baixo rendimento escolar, problemas com autoestima,
estilos parentais negativos, exposição à pobreza e violência comunitária, além de histórias de
abuso sexual, físico, psicológico e negligência parental, no contexto doméstico, vivenciados na
infância e adolescência (Paludo & Schiró, 2012).
Além disso, quando encarcerado, o pai AVSCA apresenta mais fragilidades no seu envolvi-
mento paterno (com filhos não vítimas), em virtude da reclusão, conforme sinaliza Miranda e
Granato (2016). Granja et al. (2013) demostram ainda que a prisão paterna altera por completo o
envolvimento dos pais com os filhos, pois ocorre uma ruptura no processo interacional da rela-
ção diária.
Assim, a prevenção deste tipo de violência requer sua compreensão em sua forma multidi-
mensional, isto é, suas origens, características e consequências. Pois, direcionar-se a pesquisar os
efeitos do problema e desconsiderar a causa, consiste em deixar uma parte importante do fenô-
meno, gerando prejuízos ao planejamento de políticas públicas eficazes para o enfrentamento do
problema.
Desta forma, parece que iniciar o estudo sobre pais AVSCA poderá auxiliar na compreensão
do fenômeno da violência sexual contra criaas e adolescentes. Visto que, essa nova variável
pode contribuir para o entendimento de características dessa população e fornecer subsídios
para ajudar nas práticas de prevenção e intervenção, auxiliando na diminuição da reincidência,
por meio do planejamento de ações mais eficazes, amparadas em dados científicos.
Portanto, este estudo teve a finalidade de contribuir com a caracterização biosociodemo-
gráfica de AVSCA na condão de figura parental (pai) que perpetrou violência sexual contra
crianças e adolescentes e por este ângulo buscou descrever as características da agressão sexual
perpetrada.
Método
Delineamento da Pesquisa
O presente estudo trata-se de um estudo documental, com objetivos descritivos e explorató-
rios, delineamento de corte transversal e amparado em abordagem quantitativa de dados (Gil,
2018).
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Contexto
Os dados foram coletados entre os anos de 2015 e 2016 por membros do Grupo de Estudo
de Autores de Violência Sexual vinculado ao Laboratório de Ecologia do Desenvolvimento da
Universidade Federal do Pará. Envolveu sete comarcas dos municípios do estado do Pará (Belém,
Ananindeua, Santa Izabel, Abaetetuba, Altamira, Castanhal e Parauapebas) (Figura 1). Estes
locais foram selecionados porque estavam inseridos em regiões geopoliticamente importantes.
Participantes da pesquisa
Os AVSCA eram homens, acima de 18 anos, sentenciados pelo crime de violência sexual con-
tra criança e adolescente. O tamanho da amostra (N =521) levou em conta o número de processos
jurídicos localizados em cada município pelo sistema Libra (Sistema de Gestão de Processos Judi-
ciais). Do total de 521 processos desses participantes, foram selecionados 283 que atendiam ao
seguinte critério de seleção: sexo masculino, possuíam filhos, ter cometido crimes relacionados a
sexualidade (Lei de Execução Penal, 1984) e ausência de diagnóstico médico de doença psiquiá-
trica ou neurogica.
FIGURA1
Mapa dos Municípios onde foi aplicado o instrumento
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Figuras parentais (pais) autores de violência sexual contra crianças e adolescentes: caractesticas biosociodemogficas
Instrumento
Formulário para Caracterização Biopsicossocial (FCB)
O formulário utilizado foi de Caracterização Biopsicossocial (FCB) do autor da agressão
sexual, composto por: (a) dados de identificão (sete itens), (b) dados biopsicossociais do AVSCA
e da sua vítima (34 itens), (c) dados processuais do autor (20 itens) e (d) das vítimas (15 itens).
Procedimento de coleta
Solicitou-se a permissão da instituição para realização da pesquisa, em seguida a autoriza-
ção do Comitê de Ética em Pesquisa e a preparação para a inserção no contexto de coleta. Na
sequência, foram analisados os processos jurídicos que tramitavam nas comarcas. Por fim, esses
dados foram tratados, tabulados e inseridos no banco de dados de planilha eletrônica do Excel
para a análise.
Procedimento de análise
Os dados dos 283 pais AVSCA foram analisados de forma exploratória e descritiva, por meio
de estatística descritiva simples e apresentados por meio do Teste de Shapiro-Wilk de normali-
dade da amostra, medida de tendência central (mediana) e de dispersão calculados pelo sofware
JASP (programa de análise estatística com apoio da Universidade de Amsterdão, e pela de fre-
quência de dados absolutos e de percentuais calculados pelo programa Excel apresentados por
meio de tabelas e quadros.
Além disso, foi realizado um procedimento da estatística multivariada que buscou agrupar
os dados biosociodemográfico (faixa etária, raça, religião, estado civil, número de filhos, grau de
escolaridade, vínculo de parentesco, condão, contexto da agressão, zona da agressão e confes-
sou o crime) dos pais autores de vioncia em subgrupos.
A análise de agrupamento (Cluster) foi realizada com a utilização do Método de Ward para a
aglomeração hierárquica e do Método K-Médias para a aglomeração não hierárquica. Utilizou-se
o k-médias, para, de forma descritiva, explorar as relações conjuntas entre os pais AVSCA e seus
aspectos biosociodemográficos, visando estabelecer o perfil dos grupos na população analisada
(Malhotra, 2006).
A análise foi dividida em duas etapas. A primeira incluiu a descrição bivariada das caracte-
rísticas biosociodemogficas, segundo os grupos de caso e controle, comparando as proporções
por meio do teste qui-quadrado considerando um nível de significância de 5%. Na segunda etapa,
buscou-se explorar relações conjuntas entre os fatores socioeconômicos e demográficos e os gru-
pos por meio da Análise de Agrupamento (Hair et al., 2009).
As características analisadas foram faixa etária em três categorias (menor de 29 anos, entre
30 a 64 anos e acima de 65 anos), raça em quatro categorias (branca, parda, preta e sem informa-
ção), religião (calico, espirita, evangélico, candomblé, sem religião e sem informação), estado
civil (casado, separado, união estável, divorciado, solteiro, viúvo e sem informação), número de
filhos (um filho, dois filhos, três filhos, quatro ou mais filhos e sem informão), grau de escolari-
dade (sem escolaridade, ensino fundamental incompleto, ensino fundamental completo, ensino
médio incompleto, ensino dio completo, ensino superior incompleto, ensino superior completo
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e sem informação), vínculo de parentesco (pai, padrasto, tio, primo, cunhado, avô e avodrasto),
condição (autônomo, benefício, empregado, desempregado, trabalho eventual e sem informação),
contexto da agressão (intrafamiliar e extrafamiliar), zona da agressão (urbana, rural, ribeirinho e
sem informação) e confessou o crime (sim, não e sem informação).
Para confirmar a quantidade de mero de cluster criados, aplicou-se uma cnica comple-
mentar aos dados, chamada de Análise Discriminante. A Análise de Cluster e Discriminante foi
realizada por meio do software Statistical Package for Social Sciencies (SPSS versão 23.0), utilizado
para a estimação dos parâmetros das funções discriminantes e ferramenta para execução dos
testes estatísticos a um nível de significância de 0,05 (Malhotra, 2006).
Para apresentar os resultados, optou-se por dividir a análise do estudo em ts tópicos: carac-
terísticas biosociodemográficas do pai AVSCA (idade, raça, estado civil, mero de filhos, esco-
laridade e ocupação), características do grau de parentesco com a vítima e do ato de agressão
sexual (grau de severidade/gravidade da violência perpetrada).
Considerações Éticas
O projeto de pesquisa para estudos envolvendo AVSCA foi aprovado pelo Comitê de Ética em
Pesquisas com Seres Humanos do Núcleo de Medicina Tropical da UFPA, emitido em 30/04/2014,
registrado pelo número 650.210.
Resultados
A análise dos 283 processos de pais autores de violência revelou que 11 (3,89%) eram da
cidade de Abaetetuba, 10 (3,53%) de Altamira, 55 (19,43%) de Ananindeua, 168 (59,36%) de Belém,
4 (1,41%) de Castanhal, 24 (8,49%) de Parauapebas e 11 (3,89%) de Santa Izabel. Esses números res-
saltam a maior quantidade de processos concentrados na região metropolitana de Belém.
Na análise do grau de parentesco do pai AVSCA com a vítima, do total de 283 dos pais partici-
pantes da pesquisa, 112 cometeram a agressão no meio extrafamiliar (39,58%) e 171 cometeram a
agressão no meio intrafamiliar (60,42%). Esses dados demostram, que geralmente, o autor possuía
uma relação de parentesco com a vítima. Das 171 agressões sexuais cometidas no meio intrafa-
miliar pelo pai AVSCA, identificou-se relação de parentesco com vítima na percentagem de 51
(29,82%) padrastos, 44 (25,73%) pais biólogos, 39 (22,80%) tios, 19 (11,11%) avôs, 9 (5,26%) primos, 5
(2,92%) avodrasto e 4 (2,33%) cunhados.
A alise das características do ato de agressão foi realizada considerando sua severidade/
gravidade. Neste sentido, foi construído as seguintes categorias: a) agressão sexual com uso da
força e/ou outro tipo de coerção severa foi identificado em 184 (65,02%) casos. b) agressão sexual
“menos severa, como exibicionismo e abuso verbal, foi encontrado em 40 (14,13%) dos casos. c)
agressão sexual com contato físico sem uso da força, com sedução, foi identificado em 56 (19,79%).
Os atos de agressão foram analisados conforme a frequência que apareceram nos processos,
em todas as 283 condenações houve mais de um ato sexual perpetrado contra a vítima. O ato de
esfregar-se na vítima foi encontrado em 138 situações, sexo vaginal em 120 dos casos, assédio foi
observado em 91 das agressões, sexo anal em 72 vezes, o exibicionismo foi encontrado 70 vezes,
sexo oral em 57 dos casos, tirar as roupas da vítima ocorreu em 57 situações, o beijo apareceu em
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Figuras parentais (pais) autores de violência sexual contra crianças e adolescentes: caractesticas biosociodemogficas
10 casos, a obrigação de assistir relações sexuais de terceiros 5 vezes (voyeurismo), assistir filme
pornográfico ocorreu em cinco casos e tirar foto ou fazer filmagem apareceu em 1 caso.
Características biosociodemográficas
Neste tópico são exibidas informações referentes à: idade, cor/raça, número de filhos, estado
civil, escolaridade e ocupação. Quanto à idade, os 283 participantes apresentam idade entre 19 e
86 anos. O Teste de Shapiro-Wilk aplicado a amostra apresentado na Tabela 1 (Miot, 2017) revelou que
a amostra não segue uma distribuição normal, visto que o p-valor é menor que 0,05.
Os dados de medida de tendência central apresentaram valores para moda 38, mediana 40,
com uma média de 42,27 e desvio padrão 12,95. Os dados de dispersão também seguem na Tabela
1 com a apresentação da variabilidade das idades. O resultado desses dados demonstra que ape-
sar da média de idade se encontrar entre os 42 anos, há variações em relação à faixa etária, rati-
ficadas também no valor elevado do desvio padrão e na distribuão anormal da amostra identi-
ficada pelo Teste de Shapiro-Wilk. Isso significa que os dados apresentam grande variabilidade e
se considerou a mediana para verificar o tipo de dados que há na amostra analisadas.
TABELA1
Dados de variabilidade e teste de normalidade da amostra
Medidas de dispersão Idade Teste Valor
Erro padrão de média 0.770 Shapiro-Wilk 0.950
Desvio Padrão 12.955 P-valor <.001
Coeciente de variação 0.306 Valido 283
MAD 8.000
MAD robusta 11.861
Variância 167.82
Em relação à cor/raça, foram identificados 24 (8,48%) brancos, 173 (61,12%) pretos e pardos
e 86 (30,38) sem informação. Estes números revelam que a maioria dos autores pais são negros,
contemplando os indivíduos pardos e pretos, apesar da variável sem informação (SI) ser alta.
Para análise da quantidade de filhos, agrupou-se em pais com prole mais de 5 e menos de 5
filhos. Observou-se que 262 (92,57%) dos pais possuíam prole igual e menor a 5 filhos, com média
de 2 filhos. Apenas 21 (7,42%) dos pais possuíam prole com mais de 5 filhos. Esse percentual iden-
tifica pais com média de poucos filhos.
Quanto ao estado civil notou-se que 204 (72,08%) eram casados (incluído união estável), 40
(14,13%), solteiros, 21 (7,42%) separados, 6 (2,12%) divorciados, 6 (2,12%) viúvos e 6 sem informação
(2,12%). Essas informações mostram que a maioria dos autores de agressão possuíam um vínculo
conjugal.
Em relação à escolaridade foi verificado a presença de 15 (5,3%) analfabetos, 91 (32,15%) com
o ensino fundamental incompleto, 27 (9,54%) com ensino fundamental completo, 26 (9,18%)
com ensino médio incompleto, 57 (20,14) com o ensino médio completo, 4 (1,41%) com ensino
superior incompleto, 13 (4,58%) com ensino superior completo e 50 (17,66%) sem informações. Os
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dados sobre educação apresentam pais autores com rios níveis de escolaridade, sendo a maior
proporção (56,18%), os que não possuem a educação básica, tendo uma SI em 17,66% dos processos.
Como condição de atividade laboral, 75 (26,50%) encontravam-se na condão de trabalho
autônomo antes da prisão, 22 (7,78%) como beneficiários/pensionistas, 100 (35,33%) empregados,
20 (7,06%) desempregados, 22 (7,77%) com trabalhos eventuais, 1 (0,35%) estagiário/estudante e
43 (15,19%) sem informações. Essas informações sinalizam para perfis de ocupações diferentes,
contudo a maioria 197 (69,61%) possuía algum tipo de renda.
Em geral, o perfil biosociodemográfico apontou para pais em sua maioria pretos/pardos, com
média de dois filhos, sem educação básica e com cônjuge. Constatou-se heterogeneidade entre as
características biosociodemogficas de faixa eria e de atividade laboral.
Com a Alise de Cluster por meio do Método do K-médias, os pais autores foram classifica-
dos em quatro grandes grupos com características similares. No Grupo 1 ficaram agrupados 121,
no Grupo 2 foram agrupadas 33 pessoas, no Grupo 3 são agrupados 111 indivíduos e no Grupo
4, 18 pessoas. Para a validação destes resultados obtidos na alise discriminante. Utilizou-se de
validação interna e a validação externa. A validação interna apresentada na Tabela 2, consistiu
em verificar a eficácia da classificação das observações originais e a validação cruzada. Por sua
vez, a validação externa objetiva confirmar os resultados da validação interna.
TABELA2
Resultados da Classificação das amostras (validação interna)
Grupos de Agressores
Probabilidade de
Pertencer aos Grupos
Total
G1 G2 G3 G4
Contagem
Original
Cluste1 121 0 0 0 121
Cluste2 0 30 0 0 30
Cluste3 0 0 111 0 111
Cluste4 0 0 0 18 18
%
Cluste1 100 0 0 0 100
Cluste2 0 90.9 6.1 0 100
Cluste3 0 0 100 0 100
Cluste4 0 0 0 100 100
Contagem da
Validação Cruzada
Cluste1 121 0 0 0 121
Cluste2 0 27 2 4 33
Cluste3 0 1 110 0 111
Cluste4 0 0 0 18 18
%
Cluste1 100 0.0 0 0 100
Cluste2 0.0 81.8 6.1 2.1 100
Cluste3 0.0 0.9 99.1 0 100
Cluste4 0.0 0.0 0.0 100 100
(1) 98.9% dos casos dos grupos originais estão corretamente classificados. (2) 95% dos casos na validação cruzada estão corretamente classi-
ficados.
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Os resultados desta avaliação permitem afirmar que 98.9% dos casos foram classificados de
forma correta, pelo método estimado de três equações discriminantes. O resultado obtido foi que
95% das observações foram bem classificadas, ou seja, apenas 12 observações foram mal classi-
ficadas.
Assim, a Figura 2 mostra a discriminação dos quatro grupos de autores com destaque para os
centróide de cada grupo, mostrando a ideia do comportamento e de como as funções discrimi-
nantes separam os quatro grupos.
FIGURA2
Mapa Discriminante dos pais autores
No Grupo 1, observou-se pais autores em maioria de faixa etária entre 30 e 64 anos, pardos,
religião sem informação, casados ou em união estável, média de um e dois filhos, com ensino
fundamental incompleto ou ensino dio completo, vínculo de parentesco a maioria pai ou
padrasto, condão de autônomo ou empregado, contexto da agressão na sua maioria intrafami-
liar, zona da agressão essencialmente urbana e que não confessaram o crime.
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O Grupo 2, aparecem pais autores com faixa etária entre 30 e 64 anos, raça sem informa-
ção, religião sem informação, estado civil em sua maioria com união estável, média de um filho,
grau de escolaridade sem informão ou ensino médio completo, vínculo de parentesco pai ou
padrasto, condição sem informação, contexto da agressão intrafamiliar, zona da agressão essen-
cialmente urbana e que não confessaram o crime.
Grupo 3, observa-se em maioria em faixa etária entre 30 e 64 anos, pardos, católicos e evan-
lico, casados e união estável, média de dois filhos, com ensino fundamental incompleto, vín-
culo de parentesco pai ou padrasto, condão de autônomo e empregado, contexto da agressão
intrafamiliar, zona da agressão essencialmente urbana e que não confessou o crime.
No Grupo 4, apareceram pais autores em maioria de faixa etária entre 30 e 64 anos, pardos,
católico, em união estável ou solteiro, mero de filhos sem informão, grau de escolaridade
com ensino fundamental incompleto, vínculo de parentesco pai ou padrasto, condão de autô-
nomo, contexto da agressão intrafamiliar e extrafamiliar equivalente, zona da agressão essen-
cialmente urbana e que não confessaram.
Nesse contexto, considerando os resultados gerais da análise discriminante, depois que os
pressupostos foram atendidos, observa-se que as variáveis selecionadas são significativamente
discriminantes, que a própria função discriminante é altamente significante. As outras variáveis
analisadas foram descartadas na análise discriminante por não discriminarem tão bem quanto
às escolhidas, demonstrando que a agressão sexual não se explica por um único indicador, é
necessário um conjunto de indicadores reunidos estatisticamente e não aleatoriamente.
Discussão
Este estudo, de caráter descritivo exploratório, objetivou realizar uma caracterização bioso-
ciodemográfica de AVSCA na condição de figura parental (pai) que perpetrou violência sexual
contra crianças e adolescentes e por este ângulo buscou descrever as características da agressão
sexual perpetrada.
As características biosociodemográficas identificadas revelam que a faixa etária tende para a
dispersão das idades, pois afasta- se do zero, o que significa um dado com várias faixas etárias
e significativamente heterogêneo. Esse dado se assemelha aos achados do estudo de Ferraz et al.
(2021), que identificou que AVSCA, situam-se em faixas etárias diversas. Estudos como de Jeglic
et al. (2012) apontam faixa etária dispersa semelhante ao dado encontrado no presente estudo de
pais AVSCA. Inferindo-se que as faixas etárias dos pais autores são semelhantes aos dos autores
de agressão em geral.
Em relação à cor/raça, a análise dos dados mostrou uma percentagem maior para pretos/
pardos, 61,12%. No Brasil, segundo Mendes (2017) a população dos autores de violência em sua
maioria da cor preta e com baixa escolaridade, remontando o passado escravocrata do país,
período colonial, onde o regime de trabalho adotado era o escravo e utilizava-se da população
negra como mão-de-obra. Mesmo após a abolição da escravatura essa população continua a mar-
gem da sociedade (Santos, 2019).
Com relação a aspectos educacionais, os dados mostraram que a maioria dos pais
AVSCA, não possuíam a educação básica (ensino médio completo). No estudo de Nunes e Sales
(2016) revelou-se importante associação entre baixa escolaridade e prejuízos cognitivos, com
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achados sobre repercussões ao desenvolvimento humano. Outro estudo importante, foi o de
Moura e Koller (2008), que identificou que a baixa escolaridade associada a outros elementos
adversos como fator de risco para ser AVSCA.
Quanto à ocupação, os dados revelam que os pais AVSCA realizavam atividades ocupacio-
nais na época que cometeram o crime. Esses achados são incompatíveis com as considerações de
Santiago e Guimarães (2019) e Zárate e Sapori, (2021), que destacaram em estudos uma relação
entre o desemprego e criminalidade.
Em relação ao parentesco com a vítima, destaca-se a incidência, 60,42%, de crimes cometi-
dos no meio intrafamiliar. Segundo Miranda et al. (2020), Soares e Nascimento (2019) e Platt et
al. (2018) existe maior probabilidade de os autores da violência sexual serem do meio familiar
da vítima. De acordo com Costa et al. (2018), quanto maior proximidade e intimidade, entre
criança/adolescente e AVSCA, as consequências são mais graves para a vítima.
Do mesmo modo, Soares e Nascimento (2019) caracterizam a violência intrafamiliar como
histórica e complexa e ressaltam a necessidade de uma reflexão sobre a família e suas funções
parentais, uma vez que essas relações ocorrem no espaço familiar, onde são vivenciados os vín-
culos essenciais à formação da personalidade. As figuras familiares que aparecem com mais
frequência são os padrastos, os pais e os tios. Confirmando os estudos de Miranda et al. (2020),
que indicam maior probabilidade do autor de violência sexual de criaas e adolescentes serem
o pai ou o padrasto da vítima. Os estudos de Serafim et al. (2011) apontam as figuras parentais
paternas como maiores perpetradores.
O s p a i s c o m o f i g u r a s p a r e n t a i s s e r i a m , s e g u n d o H o g h u g h i ( 2 0 0 4 ) , q u e d e v e r i a a s s e g u r a r a
sobrevivência e o desenvolvimento da criança, num ambiente seguro, visando socializá-la e tor-
ná-la gradativamente mais autônoma. O cuidar inconsistente e a parentalidade sensível, observa-
dos nestas figuras parentais que cometeram a agressão contra o próprio filho, representam pontos
opostos no contínuo do processo de parentalidade, que consiste no favorecer do desenvolvimento
dos filhos (Barroso & Machado, 2010)
Em relação às características da agressão sexual dos perpetradores, identificou-se o modo
operandis uso da força e/ou outro tipo de coerção severa. O ato de esfregar-se na vítima, seguido
do sexo vaginal, foram os atos de agressão mais frequentes. Dahlberg e Krug (2006) trazem uma
importante contribuição sobre a associação da intencionalidade com a realização do ato de
agressão sexual, ao ressaltarem que a natureza do ato violento (uso de força física ou outro tipo
de coerção severa) é resultado de uma relação de poder do autor com a criaa e/ou adolescente.
Outrossim, Miranda et al. (2020) menciona em seus estudos que a agressão sexual nasce
nas relações de desigualdade de poder, sustentadas por um contexto sociocultural. Segundo
Amazarray e Koller (1998) o grau da agressão, no qual o perpetrador faz uso de força e/ou coerção
severa, resulta em consequências extremamente negativas tanto a curto como a longo prazo para
as vítimas. E suas conseqncias são múltiplas e devastadores.
Assim, Florentino (2015) ressalta as consequências graves e extensas para as vítimas deste
tipo de violência, dada à atrocidade da agressão, muitas vezes associado a outros tipos de violên-
cia, justaposto ao fato de que a criança não está preparada do ponto de vista emocional e físico,
deixando marcas profundas no desenvolvimento da criaa e do adolescente vitimizado. Para
Nunes e Sales (2016), esse impacto no desenvolvimento gera uma catastrófica repercussão no
comportamento na vida adulta, quando ocorrido no meio intrafamiliar.
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A análise exploratória dos agrupamentos, realizada por meio da alise de Cluster, demons-
trou a formão de quatro conglomerados com características heterógenas. Locatelli et al. (2023)
ressalta que essa população é conhecida pela sua heterogeneidade e destaca que por meio desta
separação em grupos consegue-se estudar com clareza as características e obter um padrão de
características associadas a cada um deles e do seu modus operandi. Am disso, a caracterização
feita em grupos, auxilia os profissionais que trabalham com estas populações a entender melhor
suas características (Teixeira, Rezende & Perissinoto, 2021; Zilki & Resende, 2022).
Este estudo apresenta limitações em alguns aspectos, tendo em vista que a análise dos dados
baseou-se em um banco de dados de informações que já havia sido coletado pelo Grupo de Estu-
dos de Autores de Vioncia. Além disso, a base da pesquisa foi coletada no sistema LIBRA da
justiça, o qual teve-se acesso para a pesquisa, o que pode não ter fornecido a totalidade dos
processos envolvendo AVSCA. Dados como do uso abusivo de drogas, referência importante na
literatura sobre violência sexual contra criaas e adolescentes, não foi possível de serem anali-
sados porque esses dados não haviam sidos coletados no sistema.
Conclusão
A presente pesquisa conseguiu caracterizar biosociodemograficamente a figura parental do
perpetrador de violência sexual contra criaas/adolescentes, assim como realizou a descrição
das características do ato da agressão sexual. Confirmando a hipótese que as características do
pai AVSCA são semelhantes à população geral dos autores de violência.
Os dados empíricos de estudos nacionais demonstram uma lacuna sobre as figuras parentais perpe-
tradoras de violência sexual, o que reflete em políticas públicas de assistência a essa população.
Assim, o presente estudo traz contribuições no campo científico para o entendimento de uma
parte importante do fenômeno, os autores da violência sexual contra criaas e adolescentes, por
meio da caracterização dessa população.
No entanto, são necessários mais estudos brasileiros com novos recortes e elementos para
auxiliar na compreensão do fenômeno, dada essa ausência da literatura. Aspectos importantes
do desenvolvimento, comunicação, relações familiares e vínculos afetivos precisam ser melhor
investigados, tendo em vista que exercem influência nestas figuras parentais.
Este tema é ainda incipiente no Brasil, sobretudo, em uma região cujas condições de vida são,
geograficamente, particulares. A Amazônia caracteriza-se por apresentar aspectos culturais e
territoriais bem distintos das experimentadas em outras regiões do Brasil. Este estudo reflete a
população deste território amazônico.
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39
PSIQUE • e-ISSN 2183-4806 • Volume XX • Issue Fascículo 1 • 1
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june junho 2024 pp. 22-39
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40
ADAPTATION AND VALIDATION OF THE WORKPLACE CIVILITY
SCALE FOR EUROPEAN PORTUGUESE SAMPLES
Tito Laneiro
1
, Luisa Ribeiro
1
, Martina Nitzsche
1
, Tânia Ferraro
1
, Genta Kulari
1
PSIQUE • EISSN 21834806 • VOLUME XX • ISSUE FASCÍCULO 1
1
ST
JANUARY JANEIRO  30
TH
JUNE JUNHO 2024 PP. 4059
DOI: https://doi.org/10.26619/2183-4806.XX.1.3
Submitted on 20/01/2023 Submetido a 20/01/2023
Accepted on 22/07/2023 Aceite a 22/07/2023
Abstract
This study presents the validation of the Workplace Civility Scale (WCS; Osatuke, Moore,
Ward, Dyrenforth, & Belton, 2009) for European Portuguese samples. It was applied to a sample
of 1375 Portuguese workers. The current study gives empirical support to the research of work-
place civility. The 8-item pool was proposed to measure the workplace civility, the concept and
practice of courtesy, respect and consideration expressed between people at work (coworkers
and supervisors; Osatuke et al., 2009). A Confirmatory Factor Analysis was performed to evalu-
ate the factor structure and model fit, in terms of construct validity. WCS presents good reliabil-
ity and convergent validity and can contribute to enhance empirical research of civil behaviour
at work. Finally, implications of workplace civility are discussed.
Keywords: Workplace civility; Measurement validation; Confirmatory factor analysis; Portuguese
workers; psychometrics; burnout; work engagement; community.
The concept of civility can be applied to various fields of research such as in History or Pol-
itics, Sociology or Behavioural Sciences (Ferriss, 2002). The present study focuses on its applica-
tion to professional environments. Workplace civility (WC) can be defined as a set of behaviours
characterized by: courtesy, politeness, respectful communication, consideration, compassion,
kindness and care expressed between coworkers (Clark & Carnosso, 2008; Osatuke et al., 2009;
Porath, 2011). Civility is associated with appreciation, recognition and being valued (Porath,
2011). Recently, Porath (2018) stated that civil behaviour at work is related to how well employees
1 Centro de Investigação em Psicologia, Universidade Autónoma de Lisboa, Portugal.
Correspondence concerning this article should be addressed to Luisa Ribeiro. Email: mribeiro@autonoma.pt
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Tito Laneiro, Luisa Ribeiro, Martina Nitzsche, Tânia Ferraro, Genta Kulari
treat each other. According to Osatuke et al. (2009), the concept presents four main characteris-
tics: respect, acceptance, cooperation and fair conflict resolution.
A specific behavior might be considered acceptable in one context, and disrespectful in
another, so there is little value in discriminating some behaviours when considering different
contexts or cultures. It is preferable to assess the individuals perception of civility, since it is
their perception which will shape their feelings and the consequent response to their environ-
ment.
Workers tend to follow cultural rules, which shape the attitude at work and what is con-
sidered appropriate or otherwise unfair. Hosftede (2011) defines power distance as the extent
to which inequality is accepted and even expected. Portugal is a high power distance country,
which extends to the inequality of treatment between people with different hierarchical levels,
and autocracy. It follows that it is tolerated that superiors show a lower level of respect towards
their subordinates, when compared to the level they expect. Despite a traditional wider accept-
ance of these sort of inequalities, disrespectful or minimizing behaviors affect workers’ produc-
tivity (Day & Leiter, 2014) and well-being (Luparell, 2004, 2011), and the negative effect might be
amplified with culturally diverse workforces, as is increasingly the case in Portugal (Oliveira,
2023).
At work, individuals who show civil behaviour tend to be seen as potential leaders and their
advice is well received by colleagues (Porath & Gerbasi, 2015; Porath, Gerbasi, & Schorch, 2015b).
On an individual level, a civil employee tends to be viewed as warm and competent, being more
accessible, inspiring, and most likely to be recommended (e.g. for a promotion or a new job; Porath
et al., 2015a, 2015b). Civility uplifts people and promotes positive feelings at work and promoted
or recommended for a new post (Porath & Gerbasi, 2015; Porath, Gerbasi, & Schorch, 2015) for
the teamwork (Porath, Gerbasi, & Schorch, 2015), as well as job satisfaction (Leiter, Laschinger,
Day, & Oore, 2011). At the organizational level, WC interventions can improve organizational
commitment and decrease turnover intention (Osatuke et al., 2009). Culture is a central part of
civility (Clark & Carnosso, 2008), because it shapes our way of perceiving the world and how we
interact with others. Cultural awareness is an important issue in workplace relationships and
may be relevant to the promotion of workplace civility. Additionally, power differences within
organizations, be they real or perceived, as well as the way of dealing with power, can contribute
to abuse and exploitation of people (e.g. uncivil behaviour). Differences can be used to disqualify
others or, when valued and respected, used to build a work environment based on human dignity
and civility (Clark & Carnosso, 2008).
Given the positive impacts of workplace civility (both at an individual and organizational
level), the need to develop actions that promote civility demands an adequate instrument to
measure it. One such measure has become part of a comprehensive survey applied at the Veter-
ans Health Administration (VHA). This measure, comprising 8 items, is presented in Osatuke et
al. (2009) in Appendix B as Veterans Health Administration Civility Scale (VHA-CS), the psycho-
metric properties of which are referred to in Meterko, Osatuke, Mohr, Warren, and Dyrenforth
(2007, 2008).
The same instrument (part of the VHA survey) was subsequently used to measure civility
pre and post intervention (Osatuke et al., 2009; Osatuke, et al., 2014) and also used under the
name CREW (Civility, Respect and Engagement in the Workforce) Civility Scale (as mentioned in
Leiter, et al., 2012; Leiter et al., 2011; Leiter et al., 2010; Nicholson et al., 2014). These interventions
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Adaptation and Validation of the Workplace Civility Scale for European Portuguese samples
targeted professionals with various backgrounds, such as administrative supervisors, clerks, and
secretaries (Osatuke et al., 2009). Due to the possibility of its application to different professional
profiles, we suggest a broader name, Workplace Civility Scale (WCS). The WCS focuses entirely
on workplace civility, differently from other instruments that also include other constructs (Clark
et al., 2013; Walsh et al., 2012), as in the case of the Organizational Civility Scale (OCS; Clark et al.,
2013), which includes organizational climate, civility, satisfaction stress and coping.
The current study supports the adaptation and validation of the Workplace Civility Scale
(WCS; Osatuke et al., 2009) for European Portuguese samples. Due to the importance of culture
on what is considered uncivil, rude or acceptable, and the nuances of the meaning of words and
phrasal constructions, there is a need for distinct instruments for different Portuguese speaking
countries, such as Brazil. Said context there is already a translated and adapted instrument (de
Andrade et al, 2020). The current study aims to present one for Portugal. In order to scientifically
study these effects in a Portuguese speaking community, a sound measure is needed, which is
the goal of our work. The presented instrument assesses civility from a perception poit of view,
therefore no specific behaviors are listed. This way, our measure accounts for the cultural and
social variability of what is considered civil or uncivil. The discussion presents possible applica-
tions of the validated instrument and the potential contributions to human resources manage-
ment, in an increasingly multicultural workplace (Oliveira, 2023). Practical implications and new
directions for future research are also discussed.
Methods
Participants
A total of 1375 Portuguese workers from three different professional groups, participated in
this research. Sample 1 (n = 695) was composed of healthcare professionals from two different
hospitals in Lisbon, Portugal: Hospital A and Hospital B. Sample 2 (n = 241) was comprised by
police officers, also working in Lisbon. Catering and hospitality professionals (tourism) made up
Sample 3 (n = 439) are shown in Table 1.
Procedure
We obtained written authorization from the original WCS authors (Osatuke et al., 2009), to
translate, adapt and validate the original English version to the European Portuguese profes-
sional context. The translation followed the guidelines for cultural adaptation, forward-trans-
lation and of research instruments by Brislin (1970), ITC (2017) and Wild et al. (2005). Two Por-
tuguese psychologists fluent in English performed the forward-translation independently. The
comparison between translations, and the compilation of the final version in Portuguese, was
done by a panel of judges composed of three organizational psychologists (none of whom were
involved in the translation process). One of the latter is Safety and Health manager in a data ser-
vice organization. The back-translation of the Portuguese version was carried out by two bilin-
gual psychologists. Subsequently, the panel of judges made a comparison between the transla-
tions and the original version of the scale, and determined the content of the final version of the
WCS in Portuguese.
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Tito Laneiro, Luisa Ribeiro, Martina Nitzsche, Tânia Ferraro, Genta Kulari
TABLE1
Sociodemographic Information (N = 1375)
Characteristics
n %
Gender
Men 518 37.7
Women 821 59.7
Missing values 36 2.6
Age (years)
≤ 24 159 11.6
25 – 34 438 31.9
35 – 44 224 16.3
35 – 44 224 16.3
45 – 54 190 13.8
55 – 64 47 3.4
Missing values 317 23.0
Educational Level
PhD 4 0.3
Master’s degree 79 5.7
College degree 654 47.6
Bachelor or equivalent 15 1.1
[General nursing course] 9 0.7
Up to 12 years / [Vocational course] 334 24.3
Up to 9 years 241 17.5
Missing values 39 2.8
The adequacy of the Portuguese version of the WCS (face validity study) was evaluated in
a pilot study with among 28 workers with similar characteristics to the validation sample. No
issues were raised by the participants in the pilot study, so no items were changed. The final
Portuguese version maintained the original 8 items (Osatuke et al., 2009), as well as instructions,
format of items and response options (see Appendix A).
Following the approval of the top managers and the cooperation of intermediate and direct
supervisors, workers (except trainees/interns) were asked to answer the questionnaire at their
workplace. Participation was voluntary. The data from healthcare professionals was gathered at
their work environment, with prior approval form the Hospitals Ethics Committee. The other
two groups of professionals were contacted individually outside their work premises. All partic-
ipants were given a Informed Consent prior to data collection, and thus informed of the purpose
of the study, and anonymity and confidentiality of data was assured, consequently following
ethical norms referred by the American Psychological Association (APA, 2016) and stated in the
Code of Ethics of the Portuguese Psychologists Association (Ordem dos Psicólogos Portugueses,
OPP, 2011). The participants received no incentive to their participation.
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Adaptation and Validation of the Workplace Civility Scale for European Portuguese samples
Data collection
The data were collected using a convenience sampling strategy. Participants filled in paper
versions of instruments, described below. The questionnaires were distributed and immediately
collected by the research team or via a ballot box.
Measures
Workplace Civility Scale (WCS)
To evaluate workplace civility, we used the WCS (Osatuke et al., 2009), an instrument devel-
oped to measure the workersperceptions of WC within their work groups and in their organi-
zations. The WCS is an 8-item unidimensional scale (e.g., “A spirit of cooperation and teamwork
exists in my work group; “Disputes or conflicts are resolved fairly in my work group; This
organization does not tolerate discrimination). Response options are answered on a 5-point Lik-
ert scale ranging from 1 (strongly disagree) to 5 (strongly agree). In the current study, the Overall
Civility Cronbachs alpha of .88, and in the original study .93 (Osatuke et al., 2009).
Maslach Burnout Inventory (MBI)
The Maslach Burnout Inventory General Survey (MBI-GS; Schaufeli, Leiter, Maslach, & Jack-
son, 1996) is a measurement of burnout, i.e., a syndrome associated with emotional exhaustion
and cynicism that can manifest among professionals who work as service providers (Maslach &
Jackson, 1981). The MBI-GS is a 16-item scale with three subscales: exhaustion, cynicism, and pro-
fessional inefficacy. Responses to the MBI-GS are given on a 7-point Likert scale, from 0 (never) to
6 (daily). A sample item is ‘I feel emotionally drained from my work. The Overall Burnout Cron-
bach’s alpha in the current study was .85. Cronbachs alpha values ranged from .90 (Exhaustion),
.81 (Cynicism) and .78 (Professional Inefficacy), (Tecedeiro, 2003).
Utrecht Work Engagement Scale (UWES)
The Utrecht Work Engagement Scale was created to measure work engagement (Schaufeli &
Bakker, 2003; Schaufeli, Bakker, & Salanova, 2006; Schaufeli, Salanova, González-Romá, & Bakker,
2002). Engagement is the enthusiasm and vigour people feel with their own work (Schaufeli &
Bakker, 2003). The UWES-9 comprises three subscales: vigour, dedication and absorption, com-
prising a total of 9 items (Schaufeli et al., 2006). Response options are given on a 7-point Likert
scale ranging from 0 = (Never) to 6 = (Always/Every day). A sample item is At my work, I feel
bursting with energy’. In the current study, the Overall Work Engagement Cronbach alpha was
.92. The three subscalesCronbach alpha coefficients were: .87 (vigour), .88 (dedication) and .74
(absorption).
Community
The Areas of Worklife Scale (AWS) is a 28-item instrument that measures six areas/subscales
of worklife associated to burnout and job stress (workload, control, reward, community, fair-
ness, and values, Leiter & Maslach, 1999, 2004). In the current study, only the 5-item Commu-
nity subscale was used. The community concept represents the social interaction quality at work
and includes closeness, mutual support, the capacity to work as a team (social support) and the
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capacity to manage interpersonal conflict, a community-orientation at work (Leiter & Maslach,
2004). We chose this subscale because of the perceiving a sense of community to WC, allowing
for short protocol. Response options are given on a 5-point Likert scale, from 1 (strongly disa-
gree) to 5 (strongly agree). One sample item is “People trust one another to fulfil their roles. In the
present study, the Alpha coefficient of Community was .82.
Data analysis
To assess the psychometric sensitivity of the items, summary measures (mean, median,
mode, and standard deviation) and form (skewness and kurtosis) were used. In accordance with
Kline (2011), distributional properties and psychometric sensitivity were considered adequate if
their absolute value was lower than 3 for skewness and 7 for kurtosis, thus confirming normal
distribution.
We performed a CONFIRMATORY FACTOR ANALYSIS (CFA) with the total sample of N =
1375. Meyers, Gamst, and Guarino (2006) recommend performing a factorial analysis of an inven-
tory of eight items with no fewer than 80 participants. In order to perform statistical analysis,
we used the software IBM SPSS Statistics (v.23.0, SPSS, IBM Company) and AMOS 24.0 (Arbuckle,
2016).
Confirmatory Factor Analysis (CFA)
Based on prior research (Nitzsche, 2015; Osatuke et al., 2009), and the theoretical framework
plausibility, we performed the CFA of the 8 items expecting to find a unidimensional measure.
Evaluation of the model began with the assessment of the chi-square value of the sample and
its significance. However, because of the sensitivity of the chi-square test to large sample sizes
(Kline 2011), for models with N 300, it is expected that chi-square will almost always be sta-
tistically significant. The model was further examined using several fit indices: Comparative Fit
Index (CFI), and Root Mean Square Error of Approximation (RMSEA). Usually, an excellent fit is
indicated when CFI values are close to .95 (Hu & Bentler, 1999; Kline, 2011; Maroco, 2014; Meyers
et al., 2006). Values higher than .90 indicate a reasonable fit (Hair et al., 2006; Mueller & Hancock,
2010; Lomax, 2010).
The most acceptable models have RMSEA values up to .10 (Kline, 2011). Therefore, it was
important to examine the effect of our large sample size over the found indices. Currently, some
studies recommend evaluating the adequacy of model fit by simultaneously considering: the sta-
tistical standards, psychometric reflections and internal coherence with theory plausibility and
practical implications (Hair et al., 2006; McNeish et al., 2017). There seems to be no absolute rules
or standards to determine a bad and good fitting model (Hair et al., 2006; McNeish et al., 2017).
Results
Our results are presented in two parts. First, we present a CFA using Structural Equation
Modelling (SEM) for construct validity. Then we present the zero-order correlations between
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workplace civility and burnout and work engagement and community to test the concurrent
validity of the WCS.
Confirmatory Factor Analysis
The CFA confirmed the unidimensionality of the instrument with 8-item, with no saturated
item outside the expected dimension. The tested measurement model presents a single factor
model (Credé & Harms, 2015; Edwards, 2001; Edwards & Bagozzi, 2000; Johnson et al., 2012; Mac-
Kenzie et al., 2005) with eight items (see Figure 1).
FIGURE1
Final Structural Model Tested (n = 1375)
Considering the outputs and following the modifications suggested by the indices, the fol-
lowing correlations between item errors were inserted in the 8-item WCS measurement model:
between item 6 This organization does not tolerate discrimination and item 7 Differences
among individuals are respected and valued in my work group; between item 6 and item 8
“Managers/Supervisors/Team leaders work well with employees of different backgrounds in my
work group; and between item 7 and item 8. These three items address issues of workplace
diversity, but despite similarities, each item addresses a different facet of acceptance of differ-
ences: item 6 focus on the organizational level; item 7 on the perception of the worker within the
work group; and item 8 on the behavior of the leader.
Items 4 (“The people I work with take a personal interest in me,”) and 5 (“The people I work
with can be relied on when I need help,”) are both about coworkerssupport relationships. The
former item relates to the care and attention that colleagues can show towards the respondent
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Tito Laneiro, Luisa Ribeiro, Martina Nitzsche, Tânia Ferraro, Genta Kulari
and the latter item refers to the level of trust between them. Although these two perceptions can
be seen as related, they also represent different nuances of workplace civility.
Table 2 shows the initial goodness-of-fit indices (Model 1, without adjustments) and after
model amendments (Model 2). We concluded this analysis with the WCS presenting an accept-
able unidimensional representation through eight items as sources of workplace civility.
TABLE2
Goodness-of-fit Indices of Tested Structural Models
Model
χ2(df) χ2/df
CFI
RMSEA
(IC 90%)
Model 1
(without ajusments)
427.968**
(20)
21.398 .92 .122
[.112, .132]
Model 2
(with adjustments)
104.878**
(16)
6.555 .98 .064
[.052, .075]
Notes. χ2 (chi-square); df (degrees of freedom); CFI (Comparative Fit Index); RMSEA (Root Mean Square Error of Approximation), ** ρ = .000.
Test of convergent validity
All the participants in our study filled the civility questionnaire. However, only sample 1,
composed of 695 participants, filled burnout and work engagement instruments, whereas the
rest of the sample (680 participants) filled only the civility instrument. After verifying the aver-
age of both samples for the instrument of civility, it was found that they are similar, which sug-
gests that for the purpose of a confirmatory factor analysis, they can be analyzed as one sample.
Therefore, for the convergent validity test, only the participants that filled all questionnaires
were considered.
For the examination of convergent validity our sample was thus reduced to n = 695, the num-
ber of participants who completed all measures (civility, burnout, work engagement and com-
munity). Convergent validity was studied through correlations between WC and burnout, work
engagement and community (Hair et al., 2006; Urbina, 2014). Although the concept of burnout
seems further removed from civility, we hypothesised a negative association between these var-
iables, i.e., in professional settings where burnout prevails, it seems likely to expect lower levels
of civility. Indeed, some studies have suggested that promoting civility will reduce burnout (Fida
et al., 2018; Laschinger et al., 2009; Leiter et al., 2015; Leiter et al., 2011; Nicholson et al., 2014).
Additionally, workplaces providing social support between coworkers and supervisors show
higher levels of work engagement (Bakker at al., 2011). WC (a concept that includes cooperation
and personal interest in others) may favour healthy work environments, conducive to dedication
and engagement at work (Christian et al., 2011; Leiter et al., 2012; Osatuke et al., 2009).
Finally, WC, through social support might lead to a community feeling. We therefore tested
the association between WC and community (Hepburn & Enns, 2013; Leiter & Maslach, 2004;
Schnorpfeil et al., 2002; Truchot & Deregard, 2001; Van Yperen et al., 1992).
Table 3 shows means and standard deviations of the scores of WCS, as well as the correlations
between Civility with Burnout (overall and each of its three dimensions), with work engagement
(overall and its three dimensions) and with Community.
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Adaptation and Validation of the Workplace Civility Scale for European Portuguese samples
All correlations were, significant in the expected direction and showed the expected direc-
tion – a negative association between civility and burnout (-.43), as well as between civility and
each of burnout’s dimensions (between -.11 and -.35), and positive correlations between WC and
engagement and community, ranging from .25 to .74.
The reported value of the χ2/df statistic is slightly above the accepted recommended thresh-
old, although there is no consensus on what the limit should be (Hooper et al., 2008). Notwith-
standing, the modified version of our model shows a great improvement in fit statistics. This
statistic would very likely improve with the combination of the items with correlating errors into
a single item (e.g. Brown, 2015). However, for the reasons already explained (comparability and
few robust studies with Portuguese samples), the authors opted to keep all items intact. A version
with reduced items, as indicated by the correlated errors, might have shown better fit indices,
but the instrument would be less accurate for further scientific comparison.
TABLE3
Descriptive statistics and Correlations between Overall Civility of the Workplace Civility Scale (WCS)
andBurnout, Work Engagement and Community using Pearson’s correlation coefficient in the Portuguese
sample (n = 695)
Measure Overall Civility (WCS)
M SD
Burnout (MBI) - - -
Overall -.43** 33.93 14.88
Exhaustion -.35** 16.37 7.69
Cynicism -.41** 10.26 7.32
Professional Inecacy -.11** 7.41 5.41
Work Engagement (UWES) - - -
Overall .40** 37.24 10.71
Vigour .38** 12.49 3.96
Dedication .43** 12.95 4.05
Absorption .25** 11.77 3.98
Community .74** 17.52 3.57
Overall Civility (WCS) - 27.82 3.57
Notes. ** Correlation is significant at the 0.01 level (1 tailed); * Correlation is significant at the 0.05 level (1 tailed); Overall Civility (WCS) α = .88.
Discussion
Portugal is, as Hofstede (2011) mentions, is a high power distance country, where the major-
ity of subordinates accept incivility behaviors. Thus the presence of an instrument that measures
civility can portray the reality of the nefarious impact of such behaviors in the workplace. Fur-
thermore, this instrument can help human resources to assess civility and evaluate the efficacy
of civility intervention programs.
Considering this is a relatively new concept in Portugal, but which the western world has
embraced in their literature and in the workplace. It is thus important to add to the framework
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Tito Laneiro, Luisa Ribeiro, Martina Nitzsche, Tânia Ferraro, Genta Kulari
by emphasizing this concept in the workplace in Portuguese context. In recent years, Portugal
has received an increasingly number of foreign workers, including highly qualified professionals
(Oliveira, 2023). Cultural differences render civility in the workplace a highly relevant concept,
as well as addressing it.
The results support our main objective, to adapt and validate the WCS for Portuguese sam-
ples. The results of the convergent validity study also enhance the knowledge about the nomo-
logical network (Cronbach & Meehl, 1955) of WC. The findings suggest that WC can be measured
through the presented 8-item instrument.
In order to improve the 8-item version of the WCS, four correlations between item errors
were added, thus creating a modified model. Inspection of model-data fit confirmed the orig-
inal one-factor solution proposed by the original authors. With our sample, the WCS showed
good psychometric proprieties. Internal consistency for the WCS, measured through Cronbach’s
alpha, was very good (Kline, 2011). The correlations with burnout, work engagement and com-
munity measurements were significant and coherent, supporting the convergent validity of the
WCS.
Despite the possibility to combine the items with correlating errors into a single item, (e.g.
Brown, 2015) the authors decided to keep the original structure. This will allow research works
to be more accurately compared, until more information is gathered from different Portuguese
samples, since agglutination of items inevitably leads to a different total score.
The findings also show a significant negative association between burnout and WC. Simi-
larly, Laschinger et al. (2009) found that strategic management policies which foster empower-
ment of nurses also lower workplace incivility and burnout. Nicholson et al. (2014) showed that
nurses’ WC can diminish their level of cynicism. In turn, the decrease in cynicism contributes to
the reduction of burnout. This led the authors to recommend interventions to promote civility at
work as a way to tackle burnout.
The correlation between civility and burnout (overall measures) and cynicism present sim-
ilar values (-.43 and -.41, respectively). This seems to indicate that cynicism might be burnout’s
dimension most affected by the presence of civility, which is in line with Nicholson et al.s (2014)
findings. Correlation with the exhaustion dimension is slightly lower (-.35) and with professional
inefficacy is clearly lower (-.11). This latter dimension might be a more internal variable, less
related to the professional environment, which might explain the difference.
Laschinger (2010) stated that positive working relationships among professionals are essential
to maintain nursessatisfaction and engagement and to ensure high quality of care for patients
and their families. Leiter et al. (2011) presented the impact of civility interventions on social rela-
tionships at work. They found that social support and empowerment at work can improve psy-
chological safety and broaden employeesperspectives to solve challenges, as well as to learn
to produce more positive social behavior and be motivated to act accordingly at work” (Leiter, et
al., 2011, p. 1270). On the contrary, distress can narrow employeesperspectives, reducing their
potential for creative problem-solving when faced with challenges (Leiter et al., 2011), potentially
leading to the development of burnout. “The improvements in the positive behaviors of civility
and respect demonstrate that people can learn to produce more positive social behavior and be
motivated to act accordingly at work” (Leiter, et al., 2011, p. 1270).
Work engagement had a positive and significant association with WC (.40). Leiter et al. (2012)
found that relationships of positive social support with coworkers and supervisor are related to
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greater work engagement (see also Bakker et al., 2011). Yanchus, Fishman, Teclaw, and Osatuke
(2013) found that peer support (referred in two items of WCS) is strongly related to the promotion
of engagement at work. Osatuke et al. (2009, 2014) reported the successful CREW interventions,
which were based on the promotion of civility to positively affect the feeling of respect and
improve employee engagement. Our results are in line with these previous studies. The correla-
tions between WC and work engagement’s dimensions show similar values for vigour (.38) and
dedication (.43), but a lower value for absorption (.25). Since absorption is the ability to immerse
in the task at hand, it is more dependent on the task itself, which might explain the lower value.
Finally, Community had not only a positive and significant association with WC but was
also the correlation that presented the largest magnitude. This suggests that the concept of Com-
munity (as social support or communal orientation) is conceptually is conceptually close to the
workplace civility in our samples. Those participants who perceive a healthy environment of
civility in the workplace also seem to feel they have social support and a sense of belonging to a
workplace that conveys a sense of community (Leiter et al., 2011).
One important idea reported by the tested association regarding convergent validity is that
the quality of interpersonal relationships in the workplace may act as a inhibitor (if positive/
good) or promoter (if negative/bad) of burnout. They can also promote (if relationships are pos-
itive) or lower work engagement (if bad). Finally, the quality of civility-oriented relationships is
positively associated with the sense of community when they are healthy and positive and/or
negatively related to the sense of community when unpleasant interpersonal relationships are
present.
There is ample evidence of the correlation between civility and burnout and work engage-
ment. The construct of community is indeed closer to civility. Our results show that WCS behaves
accordingly, showing higher convergence with Community and intermediate with burnout and
work engagement.
Another relevant facet of our work was the heterogeneous samples. Considering healthcare
professionals, particularly nurses, Clark and Kenski (2017) highlighted the importance for mod-
ern clinical practice of good working conditions in healthcare, and positive working relation-
ships for ethical, safe, respectful and civil workplaces for both professionals and patients. Bel-
ton and Dyrenforth (2007) emphasized that WC influences business outcomes in a positive way,
improving job satisfaction and attendance. Maslach and Leiter (2017) emphasized the importance
of improving civility to reduce burnout, especially considering quality of social relationships
in healthcare systems and even previously in a professional career in medical education. The
improvement of positive social climates of workgroups can promote positive social behaviours.
They concluded that well-designed organizational interventions could deal with the burnout in
healthcare systems and required the involvement of individual professionals, workgroups and
organizational/ management leaders. Having in particular consideration the sense of commu-
nity, they proposed that the promotion of civility may be key in creating a real transformation of
the workplace.
Despite its relevance, as far as we know, there is still a lack of studies on the promotion of
civility at work for police professionals, represented in our sample. According to Borrello (2012),
a lieutenant serving in San Gabriel Police Department, California, civility is right behaviour
that serves as an ethical sentry encouraging the prevention of and guarding against miscon-
duct” (2012, p. 1). He believes in the potential of decorum and power that small, collective, and
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everyday applications of civil behaviour can have in promoting real positive change. He consid-
ers that civility can promote positive changes and mitigate adverse occurrences.
As was the case with empirical studies with samples of police professionals, we also found
a gap in studies that focus on civility in the area of catering and hospitality. With a sample of
tourism professionals, Nitzsche (2015) refers the importance of considering the quality of inter-
personal relationships at work and workplace civility for the study of job satisfaction and profes-
sional well-being in catering and hospitality industries. Holm, Torkelson and Bäckström (2015),
with a sample of 2871 workers from hotels and restaurants in Sweden, demonstrated that incivil-
ity from supervisors was strongly and negatively correlated with the perception of supervisors
social support, and incivility from peers was moderately and negatively associated with per-
ceived social support from colleagues.
The concept of civility is associated with improved relationships and social support. In three
professional areas of our samples that are so socially relevant and also so diverse: health care
systems, safety systems and even tourism and hospitality, which have as essential part of their
functions working for and with people.
Limitations
The current research has some limitations. First, despite an adequate number of participants
for validation studies, data were gathered by convenience. Second, as with any self-reported
questionnaires and cross-sectional data collection, there is the risk of response bias. Research
using a longitudinal design might provide more in-depth knowledge on the stability or variations
of WC over the course of time. Qualitative research applying different methods, such as inter-
views or focus groups, could be conducted, incorporating new variables that would allow for the
discriminant validity of the WCS to be tested.
Having different professional groups in our sample, it would be interesting to explore the
factor structure to probe for the emergence of a culture-specific factor structure or to test the
invariance of the factor structure in the distinct professional groups. However, the three samples
had too dissimilar dimensions rendering this option unsuitable.
Finally, for future research, a new data collection could be made with new variables that
allow the test of discriminant validity.
Despite these limitations, the current study has several strengths, such as the heterogeneous
groups that constitute our sample, comprising a diversity of professions and work environments,
not limiting the results to a specific profession or organizational setting.
Future research
The test of convergent validity between WC and three different concepts enhances knowl-
edge about WC conceptual nomological network. Therefore, studies that focus on the relation-
ship between WC and relevant concepts in the organizational field, such as performance, job
satisfaction and well-being at work can further enrich this nomological network, increasing the
number of potential applications.
Special attention still needs to be given to the associations between toxic leadership (Web-
ster et al., 2016) and civility/incivility at work, considering that abusive supervision often begins
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to manifest itself through uncivil behaviour. Abusive supervision is determinant for employees
motivation and organizational outcomes (Ronan & Donia, 2020). Other advances in research and
practical applications can be made by testing the association between WC and understudied
issues, such as social burden (Yang et al., 2016). The research of individual characteristics and
the WC (such as personality characteristics or demographic characteristics such as age, tenure or
educational level) can also generate relevant information about WC nomological network.
Future studies with other samples with participants who are Portuguese-speakers from
other nations (such as Angola, Brazil, Cape Verde, etc.) can contribute to evaluate the influence
of national cultures on WC.
Conclusion
Considering the associations between the theoretical framework, psychometric analysis,
statistical data analysis, technical developments and practical implications for organizational
settings, WCS can be a relevant source of debate and advances in knowledge to increase perfor-
mance and promote health and wellbeing at work. Some practical consequences of the study of
this concept can be found in interventions to promote civility (e.g. CREW, in Osatuke et al., 2009,
2014).
Findings from the study of WC can have many practical implications for human resources
development and management in organizational settings. The increasing expansion of busi-
nesses through internationalization and globalization tends to increase diversity in the work-
place, highlighting a greater need for respect and politeness in interactions. The positive results
of promoting civility in the workplace are becoming increasingly desirable and necessary. Inter-
ventions to promote workplace civility (such as Osatuke et al., 2009; Cisco Global Workplace
Civility program: Spreitzer et al., 2012; and Civility Among Healthcare Professionals (CAHP)
Project: Walsh & Magley, 2018) have brought important contributions to improve individual and
organizational outcomes and to show that workers in a civil professional environment thrive
(Spreitzer et al., 2012) and have higher levels of well-being. To accurately assess levels of WC and
interventions’ efficacy, a robust scale is desirable, and this is our immediate contribution.
Fundings
This research has been partially funded by Portuguese national funds through FCT Por-
tuguese Foundation for Science and Technology as part of the project Centre for Research in
Psychology – UAL. Grant UID/PSI/04345/2013.
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Adaptation and Validation of the Workplace Civility Scale for European Portuguese samples
Appendix A
ECT – Escala de Civilidade no Trabalho
Por favor responda a todas as seguintes queses pensando acerca das suas experiências nos
últimos seis meses. O seu grupo de trabalho consiste nos indivíduos que reportam ao seu super-
visor. Indique em que medida concorda ou discorda com cada uma das seguintes afirmações.
Coloque um ‘X’ na resposta mais adequada, utilizando a seguinte escala de pontuação.
1 2 3 4 5
Discordo fortemente Discordo Não concordo nem
discordo
Concordo Concordo fortemente
1 2 3 4 5
1 No meu grupo de trabalho, as pessoas tratam-se umas às outras com respeito
2 No meu grupo de trabalho existe espírito de cooperação e de trabalho de equipa
3 No meu grupo de trabalho, as disputas ou conitos são resolvidos com justiça
4 As pessoas com quem trabalho interessam-se pessoalmente por mim
5 Posso conar nas pessoas com quem trabalho quando preciso de ajuda
6 Esta organização não tolera a discriminação
7 As diferenças entre os indivíduos são respeitadas e valorizadas no meu grupo de trabalho
8 Os gerentes/supervisores/chefes do meu grupo de trabalho/equipa trabalham bem com
funcionários provenientes de diferentes contextos
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Tito Laneiro, Luisa Ribeiro, Martina Nitzsche, Tânia Ferraro, Genta Kulari
Appendix B
Veterans Health Administration Civility Scale items (Osatuke et al., 2009)
1 People treat each other with respect in my work group.
2 A spirit of cooperation and teamwork exists in my work group.
3 Disputes or conicts are resolved fairly in my work group.
4 The people I work with take a personal interest in me.
5 The people I work with can be relied on when I need help.
6 This organization does not tolerate discrimination.
7 Dierences among individuals are respected and valued in my work group.
8 Managers/Supervisors/Team leaders work well with employees of dierent backgrounds in my work group.
60
EXPLORANDO A PERCEÇÃO DE RISCO: O IMPACTO DE FATORES
INDIVIDUAIS E A MEDIAÇÃO DO CLIMA DE SEGURANÇA FÍSICA
EMTRABALHADORES PORTUGUESES
EXPLORING RISK PERCEPTION: THE IMPACT OF INDIVIDUAL FACTORS AND
THE MEDIATION OF PHYSICAL SAFETY CLIMATE IN PORTUGUESE WORKERS
Kelly Pinto
1
, Gabriela Gonçalves
2
, Cátia Sousa
3
e António Sousa
4
PSIQUE • EISSN 21834806 • VOLUME XX • ISSUE FASCÍCULO 1
1
ST
JANUARY JANEIRO  30
TH
JUNE JUNHO 2024 PP. 6073
DOI: https://doi.org/10.26619/2183-4806.XX.1.4
Submitted on 28/07/2023 Submetido a 28/07/2023
Accepted on 30/11/2023 Aceite a 30/11/2023
Resumo
Antecedentes: A perceção de risco é um tema de interesse em várias disciplinas científicas
devido ao seu papel vital na gestão, intervenção e prevenção de acidentes. Objetivos: Este estudo
procurou examinar como fatores individuais, como autoeficácia na segurança, locus de controlo
interno, resiliência mental, neuroticismo e procura por sensações, influenciam a perceção de risco
(PR), além de investigar o papel mediador do clima de seguraa física nessa relação. Método: Este
estudo quantitativo, utilizou-se uma amostra de 216 trabalhadores portugueses, de ambos os sexos,
com uma idade média de 34.30 anos (DP = 9.45). Resultados: Os resultados da análise de regressão
múltipla mostraram que as variáveis preditoras examinadas explicaram aproximadamente 27.1%
da variação na PR, com autoeficácia e locus de controlo interno sendo os únicos preditores esta-
tisticamente significativos. Am disso, a análise de mediação revelou um efeito mediador par-
cial do clima de segurança física na relação entre autoeficácia e perceção de risco. Conclusões:
Éessencial o desenvolvimento de comportamentos seguros que se adequem às tarefas realizadas,
sendo o investimento em prevenção a estratégia mais eficaz na redução de acidentes de trabalho.
Palavras-chave: fatores individuais, percepção de risco, acidentes de trabalho, desempenho/ compor-
tamento de segurança
1 Universidade do Algarve, Faro, Portugal. a63549@ualg.pt
2 Universidade do Algarve, Faro, Portugal. Centro de Investigação em Psicologia (CIP) / Universidade do Algarve. ggoncal-
ves@ualg.pt
3 Universidade do Algarve, Faro, Portugal. Centro de Investigação em Psicologia (CIP) / Universidade do Algarve. cavsousa@ualg.pt
4 Universidade do Algarve, Faro, Portugal asousa@ualg.pt
Autor correspondente: Cátia Sousa
Universidade do Algarve, Campus da Penha, 8005-139 Faro, Portugal
E-mail: cavsousa@ualg.pt
Conflito de interesses: Em nome de todos os autores, o autor correspondente declara que não há conflito de interesses.
Financiamento: Este trabalho é financiado por fundos nacionais através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P.,
no âmbito do projeto CIP – Refª UIDB/PSI/04345/2020
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Kelly Pinto, Gabriela Goalves, Cátia Sousa e António Sousa
Abstract
Background: Risk perception is a topic of interest in various scientific disciplines due to its
vital role in accident management, intervention, and prevention. Objectives: This study aimed
to examine how individual factors such as safety self-efficacy, internal locus of control, mental
resilience, neuroticism, and sensation seeking influence risk perception (RP), as well as investi-
gate the mediating role of physical safety climate in this relationship. Method: This quantitative
study utilized a sample of 216 Portuguese workers of both sexes, with a mean age of 34.30 years
(SD = 9.45). Results: The results of multiple regression analysis showed that the examined predic-
tor variables explained approximately 27.1% of the variance in RP, with self-efficacy and inter-
nal locus of control being the only statistically significant predictors. Additionally, the media-
tion analysis revealed a partial mediating effect of physical safety climate on the relationship
between self-efficacy and risk perception. Conclusions: Developing safe behaviors that fit the
tasks performed is essential, with investment in prevention being the most effective strategy in
reducing workplace accidents.
Keywords: individual factors, risk perception, workplace accidents, safety/behavior performance
Introdução
A percepção do risco é um conceito importante que se presume ser o principal preditor dos
comportamentos de seguraa tornando a sua análise relevante para o controlo da exposição
ao perigo (e.g., Handoko et al., 2022; Mohammadi et al., 2020). Este femeno é multifacetado,
envolvendo aspectos sociais e culturais que refletem valores, símbolos, história e ideologia
(Rundmo, 2000). De acordo com Rundmo e Iverson (2004), as perceções de risco refletem o
modo como as pessoas interpretam e categorizam as ameaças que enfrentam em suma, os
comportamentos de seguraa são influenciados pela perceção individual da realidade. A
perceção de risco (PR) compreende três componentes cognitivo (probabilidade), emocional
(preocupação) e consequências (Rundmo, 2000; Sjöberg, 2007) e é influenciada por fatores
individuais.
Recentemente, a literatura tem destacado as variáveis de personalidade como preditoras tanto
da perceção de risco quanto do desempenho/comportamento de segurança, contribuindo para
a compreensão dos comportamentos individuais e sociais (Santos, 2020). O crescente interesse
na relação entre personalidade e desempenho/seguraa no trabalho (Barrick & Mount, 1991)
decorre da utilidade dos traços de personalidade como ferramentas preditivas e descritivas para
o comportamento e desempenho específico de cada indivíduo (e.g., Liu & Yang, 2023; Wang et al.,
2023). Num estudo centrado na perceção de risco, Sjöberg e af Wåhlberg (2002) incluíram traços
de personalidade como preditores da perceção de risco. Além disso, o Modelo de Crenças de
Saúde (Glanz et al., 2002) sugere uma associação positiva entre perceção de risco e desempenho
de segurança, postulando que os indivíduos tendem a adotar comportamentos de segurança à
medida que percebem aumentos no risco (e.g., Mazengia et al., 2024).
Diversos atributos foram identificados na literatura como preditores do desempenho/
comportamento de segurança. Entre eles, destacam-se a robustez mental (RM), autoeficácia em
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emTrabalhadores Portugueses
segurança, locus de controlo interno (LCI), neuroticismo e procura de sensações (PS) (por exemplo,
Bae & Park, 2021; Bronkhorst, 2015; Christian et al., 2009; Neal & Griffin, 2004; Santos, 2020;
Ulleberg & Rundmo, 2003).
1. Estado da Arte
A robustez mental (RM) refere-se à habilidade de um indivíduo em manter consistentemente
altos níveis de desempenho subjetivo e objetivo, mesmo diante de desafios e eventos stressantes
(Gucciardi et al., 2015). Embora amplamente estudado no contexto desportivo, o papel da RM
na perceção de risco é menos explorado no contexto ocupacional, embora estudos anteriores
no domínio desportivo tenham destacado o seu papel ativo nessa percepção (e.g., Drinkwater
et al., 2019). Essas pesquisas sugerem que indivíduos com alta RM possuem uma compreensão
sofisticada do risco (Cowden et al., 2017; Mahoney et al., 2014). Portanto, podemos inferir que
esse atributo desempenha um papel crucial na perceção de risco e, conforme evidenciado pela
literatura, indivíduos mentalmente resistentes tendem a ser mais propensos a assumir riscos, o
que pode influenciar os seus comportamentos de segurança.
No que se refere à autoeficácia e ao locus de controlo interno (LCI), ambos estão relacionados
à perceção individual sobre a capacidade de gerir situações de trabalho para prevenir lesões e
acidentes. Enquanto a autoeficácia em segurança diz respeito à perceção da própria capacidade
de executar atividades relacionadas à seguraa de maneira eficaz, o locus de controlo interno
de seguraa concentra-se na perceção do controlo para evitar acidentes (Nykänen et al., 2019;
Vatou et al., 2022). Segundo Bandura (1998), a autoeficácia refere-se à crença na própria capaci-
dade de lidar com situações de crise e exigências do contexto social/laboral, permitindo ao indi-
víduo manter-se menos perturbado por eventos stressantes. Assim, quanto maior a autoeficácia
e o controlo percebido sobre situações de crise no trabalho, maior será o esforço do indivíduo
para adotar e manter comportamentos que promovam a seguraa ocupacional. Com base na
teoria social cognitiva, espera-se que a autoeficácia relacionada à segurança e o locus de controlo
interno em segurança tenham uma relação preditiva com a perceção de risco.
O neuroticismo es associado à instabilidade emocional e a sentimentos negativos, como
ansiedade, hostilidade, depressão, impulsividade e vulnerabilidade ao stresse (e.g., Costa &
McCrae, 1992). Devido à sua maior sensibilidade aos estímulos negativos do ambiente, indiví-
duos com altos níveis de neuroticismo podem estar mais alerta perante os sinais de perigo no
local de trabalho. Além disso, na sua meta-análise, Clarke e Robertson (2005) observaram que o
neuroticismo tinha uma relação estatisticamente não significativa com os acidentes de trabalho.
Num estudo focado principalmente na perceção de risco, Sjöberg e af Wåhlberg (2002) incluíram
traços de personalidade como preditores dessa perceção. Neste estudo, utilizaram os cinco traços
de personalidade do modelo dos Cinco Grandes (BIG FIVE), e o neuroticismo foi o único traço
que se correlacionou significativamente com o nível de risco percebido. Com base na correlação
positiva moderada obtida, concluíram que indivíduos com altos níveis de neuroticismo apresen-
tavam maior perceção de risco.
O traço de procura de sensações, originalmente conhecido como sensation seeking, foi
definido por Zuckerman em 1994 como a disposição de procurar sensações, novas experiên-
cias (complexas, variadas e intensas) e correr riscos, sejam físicos, sociais, legais ou financeiros,
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por conta dessas experiências (Sousa et al., 2021). Segundo Zuckerman (2008), o desejo de
procurar sensações, experiências variadas e correr riscos é um produto do processo evolutivo.
No contexto profissional, indivíduos com altos níveis dessa característica são mais propensos
a assumir riscos e a envolver-se em profissões consideradas de «alto risc, como por exemplo,
polícias, bombeiros, serviços médicos de emergência (e.g., Apalkova et al., 2021). Essas profissões
oferecem experiências estimulantes e diversificadas, não monótonas. Assim, a procura de
sensações é um forte preditor de comportamentos de risco (e.g., Sousa et al., 2021; Zuckerman,
2008), afetando negativamente o desempenho/comportamento de seguraa no trabalho, mas
também os comportamentos em outras dimenes da vida, tais como na condução e atividade
pedestre (e.g., Wang et al., 2022), alimentação, consumo de álcool e outras substâncias (e.g., Lac
& Donaldson, 2021), prática de desportos radicais (e.g., Apalkova, 2021), prática de atos sexuais
de risco (e.g., Moynihan et al., 2021), entre outros. Com base nas informões supracitadas, foi
formulada a seguinte hipótese de investigação:
H1: Fatores individuais (neuroticismo, MR, SS, LOCint e autoeficácia) são preditores da
percepção de risco.
No âmbito do desempenho individual em segurança, Neal e Griffin (2006) desenvolveram
um modelo que vincula as perceções do clima de segurança (CS) ao desempenho individual em
segurança. Realizaram dois estudos para investigar se as perceções de segurança dos trabalha-
dores poderiam ser diferenciadas em termos dos determinantes e antecedentes de acidentes de
trabalho. Concluíram que uma ligação entre as perceções compartilhadas pelos trabalhadores
sobre o ambiente de trabalho (isto é, o clima de segurança) e os comportamentos de segurança.
Por sua vez, Cree e Kelloway (1997) desenvolveram um modelo que propõe avaliar a perceção de
risco no local de trabalho, relacionando-a com a participação dos trabalhadores em programas
de saúde e seguraa desenvolvidos nas suas organizações. Estes autores consideraram que a
perceção de risco dos trabalhadores dependia do histórico de acidentes da sua organização e das
atitudes percebidas pelos trabalhadores em relação ao ambiente (por exemplo, gestores, colegas
de trabalho), influenciando a sua participação em questões de saúde e seguraa ocupacional.
Segundo este estudo, as perceções das atitudes dos colegas de trabalho, entendidas como clima
de segurança (ou seja, perceções compartilhadas), podem influenciar a perceção de risco (Bhan-
dari & Hallowell, 2022).
Logo, considerando que o clima de segurança afeta a perceção de risco, e dado que os traços
de personalidade servem como ferramentas preditivas e descritivas da percão de risco, espe-
ramos que:
H2: O clima de segurança física (CSF) medeia a relação entre traços de personalidade (MR,
LOCint , autoeficácia, neuroticismo, PS) e perceção de risco (PR).
2.todo
2.1. Amostra
A seleção da amostra foi realizada por conveniência e/ou acessibilidade, compreendendo um
total de 216 participantes que atendiam ao critério de serem profissionalmente ativos. A amostra
é diversificada em termos de nero, com 55.1% do sexo feminino e 44.9% do sexo masculino, e
em relação à faixa etária, variando de 21 a 63 anos, com uma média de 34.30 anos (DP = 9.45).
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Explorando a Perceção de Risco: O Impacto de Fatores Individuais e a Medião do Clima de Segurança Física
emTrabalhadores Portugueses
A maioria dos participantes é de nacionalidade portuguesa (81,5%). Em relação a outros dados
sociodemográficos, a amostra é composta principalmente por indivíduos solteiros (56%) e casados
ou em união de facto (38.4%). Quanto ao nível de escolaridade, cerca de 16.2% possuem o ensino
básico, 35.6% o ensino secundário e 48.1% o ensino superior.
2.2. Instrumentos
Foram aplicados os seguintes instrumentos:
Escala de Índice de Robustez Mental (Gucciardi et al., 2015): foi utilizada a versão portuguesa
validada por Pinto (2022). Trata-se de uma medida unidimensional composta por oito itens opera-
cionalizados numa escala do tipo Likert que varia de 1 (Falso, 100% das vezes) a 7 (Verdadeiro, 100%
das vezes). Esta medida visa avaliar a perceção dos indivíduos sobre as suas capacidades e emoções
para cumprir desafios (ex. Item 1 Acredito na minha capacidade de atingir os meus objetivos”).
Escala de Locus de Controlo de Seguraa da Aviação (Hunter, 2002): foi utilizada a versão
em português adaptada por Pinto (2022). Trata-se de uma escala unidimensional composta por
dez itens avaliados em uma escala do tipo Likert que varia de 1 (discordo totalmente) a 5 (con-
cordo totalmente). Esta medida visa avaliar a capacidade de controlo pessoal (ex. Item 1 “Se os
trabalhadores seguirem todas as regras e regulamentos, podem prevenir muitos acidentes”).
Escala de Autoeficácia no Cumprimento de Normas de Segurança: foi utilizada a versão adap-
tada de Pinto (2022). Trata-se de uma escala unidimensional composta por seis itens operaciona-
lizados numa escala do tipo Likert que varia de 1 (discordo totalmente) a 5 (concordo totalmente).
Esta medida visa avaliar a autoeficácia no cumprimento das regras de segurança (ex. Item 1
“Sou capaz de me concentrar nas regras de segurança sempre que executo as minhas tarefas”).
Escala de Clima de Segurança Física: utilizou-se a versão adaptada para a população portu-
guesa (Sousa et al., 2017), que se baseia no trabalho de adaptação de Bronkhorst (2015) da escala
original criada por Hall et al. (2010) e Idris et al. (2012). A versão final é composta por 15 itens e 5
dimensões: 1) prioridade do clima de segurança física; 2) compromisso com o clima de segurança
física; 3) comunicação sobre clima de segurança física; 4) participação na promoção do clima de
seguraa física; e 5) normas e comportamento do grupo relacionados à saúde física e seguraa.
Neste estudo, a escala foi avaliada como um todo, com itens avaliados numa escala de Likert de
5 pontos, variando de 1 (discordo totalmente) a 5 (concordo totalmente).
Escala de Perceção de Risco (Moen, 2007): é uma escala que avalia a preocupação e o medo
de ter acidentes e incidentes graves. É uma escala unidimensional composta por cinco itens (ex.
Item 3: “Fico preocupado quando muitos acidentes de trabalho”), operacionalizados numa
escala Likert que varia de 1 (nada) a 7 (muito). Uma pontuação mais baixa corresponde a menos
medo, preocupação ou probabilidade de sofrer acidentes.
Escala de Neuroticismo (Rammstedt, 2007): o neuroticismo foi medido através do Short-Form
of the Big Five Inventory (BFI-10), utilizando a versão validada para a população portuguesa por
Bártolo -Ribeiro (2017). Este instrumento é composto por 10 itens, sendo dois itens para cada
característica. Apenas os dois itens relacionados ao neuroticismo foram utilizados no estudo (ex.
Item 1 ...está relaxado, lida bem com o stresse, ex. Item 2 ...às vezes fica tenso”). Os itens são
avaliados através de uma escala Likert de 5 pontos que varia de 1 (discordo totalmente) a 5 (con-
cordo totalmente).
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Kelly Pinto, Gabriela Goalves, Cátia Sousa e António Sousa
Escala de Procura de Sensações: foi utilizada a versão validada para a população portuguesa
por Sousa et al. (2021). Esta escala é composta por oito itens estruturados em quatro dimensões:
1)procura de experncia (itens 1 e 5, ex. Item 1 “Gostaria de explorar lugares estranhos”); 2) sus-
cetibilidade ao tédio (itens 2 e 6, por exemplo, item 2 “Fico inquieto quando passo muito tempo
em casa”); 3) procura de emoção e aventura (itens 3 e 7, por exemplo, item 3 “Gosto de fazer coisas
assustadoras”); 4) desinibição (itens 4 e 8, ex. Item 6 “Prefiro ter amigos excitantes e imprevisí-
veis”). Esta escala é avaliada através de uma escala Likert de 5 pontos que varia de 1 (discordo
totalmente) a 5 (concordo totalmente).
Todos os instrumentos apresentaram bons valores de consistência interna (Tabela 1).
2.3 Procedimentos
Após aprovação pela Comissão Científica (entidade responsável pelo acompanhamento dos
procedimentos de investigação e das garantias éticas) e assegurados critérios éticos (ex. forne-
cimento de informação sobre o caráter voluntário e anónimo do estudo), os critérios de inclusão
para participação foram os seguintes: 1) maiores de 18 anos e trabalhadores portugueses; e 2)
vontade voluntária de participar. As a garantia dos critérios éticos, os participantes foram con-
vidados a preencher um questionário de autopreenchimento através de uma plataforma online
(SURVEY). O link do questionário foi enviado por e-mail e compartilhado nas redes sociais. O
tempo de resposta ao questionário rondava os 10 minutos. Os dados foram recolhidos apenas
uma vez no tempo (estudo transversal).
2.4 Análise de dados
Os dados recolhidos foram analisados no programa estatístico SPSS e no software AMOS,
ambos versão 28, assumindo um nível de significância de 0.05. Inicialmente foram realizadas
análises estatísticas descritivas, apresentando os valores médios e desvios padrão. Para testar o
modelo proposto foram realizadas análises de regressão múltipla. Por fim, o modelo de media-
ção foi testado utilizando o software IBM SPSS Amos (versão 28). As matrizes de variância-co-
variância foram utilizadas como entrada, adotando o estimador de máxima verossimilhaa
que pressue a normalidade dos dados e é robusto quando essa suposição não é atendida.
Seguindo as recomendações de Byrne (2001), o modelo foi avaliado quanto ao seu ajuste utili-
zando os seguintes indicadores: (a) teste qui-quadrado de qualidade de ajuste (χ2), razão qui-
-quadrado para graus de liberdade (χ/ gl ); (b) Índice de Qualidade de Ajuste (GFI) ; (c) raiz do
erro quadrático médio de aproximação (RMSEA ). Adicionalmente, foi definido um conjunto de
índices incrementais, nomeadamente o Comparative Fit Index (CFI) e o Adjusted Goodness-of-Fit
Index (AGFI ) (Marôco,2014).
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3. Resultados
3.1. Análise descritiva
A Tabela 1 apresenta as médias, desvios padrão e valores de consistência interna das var-
veis em estudo. Observa-se que a robustez mental é a variável com maior média (M = 5.26, DP =
1.19), seguida da perceção de risco (M = 3.90, DP = 1.49).
TABELA1
Médias, desvios padrão e consistência interna das variáveis em estudo
Variáveis M SD
α
Neuroticismo 2.81 1.02 .74
RM 5.26 1.19 .96
PS 2.80 .98 .87
LOCint 3.43 .82 .91
Auto-ecácia 3.82 .79 .91
PR 3.90 1.49 .90
CSF 3.36 1.01 .97
Observação. RM = Robustez Mental; PS = Procura de Sensações; LOCint = Locus de controlo interno; PR= Percepção de Risco; CSF = Clima de Segu-
rança Física .
3.2. Análise de regressão
De acordo com a Tabela 2, é possível observar que a autoeficácia no cumprimento das regras
de segurança explica aproximadamente 23.4% da perceção de risco (PR). A inclusão da variável
LOCint no modelo aumentou a sua capacidade explicativa (R
2
= 0.030). A adição das restantes
variáveis – RM, PS e neuroticismo – não alterou o modelo (p > 0.05). Apesar da literatura sugerir
que variáveis individuais (autoeficácia, neuroticismo, PS, RM, LOCint) predizem a PR, apenas a
autoeficácia e o LOCint apresentaram uma relação estatisticamente significativa com a PR. Isto
apoia parcialmente a Hipótese 1.
TABELA2
Regressão hierárquica para predição da perceção de risco
Modelos
R2 ΔR2 p
1. Autoecácia .234 .234 < .001
2. Autoecácia + LOCint .264 .030 < .001
3. Autoecácia + LOCint+RM .266 .002 < .001
4. Autoecácia + LOCint+RM+PS .269 .003 < .001
5. Autoecácia + LOCint+RM+PS+Neuroticismo .271 .002 < .001
Observação. RM = Robustez Mental; PS = Procura de Sensações; LOCint = locus de controlo interno
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3.3. Modelo de equações estruturais
Para avaliar se o clima de segurança física medeia a relação entre os fatores individuais em
estudo e a PR, o modelo foi testado utilizando a modelagem de equações estruturais. Observou-
-se que existe um ajuste aceivel entre o modelo e os dados, evidenciado por um valor de χ ²
não significativo (χ 2 [5, N = 216] = 5.941, p = 0.312) (Byrne, 2001; Marôco, 2014). Os valores dos
índices de ajuste adicionais (GFI = 0.992; CFI = 0.997; RMSEA = 0.030) suportam esta conclusão,
permitindo a análise dos coeficientes correspondentes aos efeitos diretos e indiretos no modelo
hipotético.
A análise dos resultados apresentados na Tabela 3 fornece suporte empírico parcial para a
H2, que afirma que o CSF medeia a relação entre os fatores individuais e a PR. Este resultado de
mediação indica que não relação significativa entre os fatores individuais (RM, PS e neuroti-
cismo) e PR, portanto a mediação com essas variáveis não pôde ser confirmada. Em relação ao
LOCint, observou-se que existe apenas relação direta com a PR sem mediação. Por fim, observou-
-se que o CSF medeia parcialmente a relação entre autoeficácia e PR.
TABELA3
Efeitos diretos e indiretos estimados pelo método bootstrap
Paths Estimativa Resultados
Efeito direto
Neur
PR
.071 Sem relação
RM
PR
.070 Sem relação
PS
PR
- .043 Sem relação
LOCint
PR
.187* Direto
Autoecácia
PR
.270** Direto
Neur
CSF
- .087 Sem relação
RM
CSF
.074 Sem relação
pS
CSF
- .043 Sem relação
LOCint
CSF
.088 Sem relação
Autoecácia
CSF
.219* Direto
CSF
PR
.237** Direto
Efeito Indireto
Neur
PSC
PR
- .021 Sem relação
RM
PSC
PR
.018 Sem relação
PS
PSC
PR
- .011 Sem relação
LOCint
PSC
PR
.021 Direto
Autoecácia
CSF
PR
.052* Mediação Parcial
4. Discussão
Vários estudos têm evidenciado o impacto de fatores individuais nos comportamentos e
desempenho em seguraa. Os principais objetivos do nosso trabalho foram observar o efeito de
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fatores individuais (neuroticismo, robustez mental, busca de sensações, locus de controlo interno
e autoeficácia) na percepção de risco (PR) e analisar o papel mediador do clima de segurança
física (CSF) nesta relação. De acordo com as hipóteses de pesquisa propostas para o estudo, parte
da Hipótese 1 foi corroborada por meio de análises de regressão. Ou seja, os fatores individuais
(neuroticismo, robustez mental, procura de sensações, locus de controlo interno e autoeficácia)
predizem a PR. Observou-se que, entre os cinco fatores individuais, apenas a autoeficácia e o
locus de controlo interno tiveram poder explicativo na predão da PR, uma vez que foram os
únicos fatores que apresentaram contribuão estatisticamente significativa. Contudo, é possível
inferir que a autoeficácia, o locus de controlo interno e a robustez mental estão positivamente
relacionados com a PR, afetando, assim, positivamente os comportamentos em seguraa. Neste
contexto, vários estudos (e.g., Bhandari & Hallowell, 2022; Bronkhorst, 2015; Guldenmund, 2000;
Toppazzini & Wiener, 2017) demonstraram que a melhoria do clima de segurança numa orga-
nização influencia positivamente o comportamento dos trabalhadores, a sua adesão às normas
estabelecidas e a sua participação, contribuindo para um maior nível de segurança na organiza-
ção. Além disso, o modelo propõe o clima de segurança como mediador da relação entre os fato-
res individuais (neuroticismo, robustez mental, procura de sensações, locus de controlo interno e
autoeficácia) e a PR. Entre as cinco variáveis independentes, apenas o locus de controlo interno e
a autoeficácia apresentaram uma relação direta significativa com a PR. Assim, a premissa de que
a relação entre fatores individuais (neuroticismo, robustez mental, procura de sensações, locus
de controlo interno e autoeficácia) e a PR é mediada pelo clima de segurança (Hipótese 2) não foi
totalmente confirmada. Na análise dos resultados para o locus de controlo interno, observou-se
que, embora tenha uma relação direta significativa com a PR, não apresentou uma relação sig-
nificativa com a variável mediadora. Portanto, esta relação de mediação também não foi confir-
mada. Entre o locus de controlo interno e a PR, existe apenas uma relação direta, sem mediação.
A única relação de mediação confirmada foi com a autoeficácia. De acordo com os resultados, o
clima de segurança medeia parcialmente a relação entre a autoeficácia e a PR, reduzindo assim
o efeito da autoeficácia sobre a PR.
Em resumo, apesar da literatura apontar variáveis individuais como preditoras da PR (e.g.,
Bae & Park, 2021; Chen, 2009; Christian et al., 2009; Neal & Griffin, 2004; Puchades et al., 2018;
Rotter, 1966; Sousa et al., 2021), as diversas análises estatísticas realizadas ao longo deste estudo
e aqui apresentadas não confirmaram algumas das relações diretas entre as variáveis do modelo
teórico. A explicação apresentada por Baron e Kenny (1986) – de que a densidade associada aos
objetos de estudo de natureza social, como o mundo do trabalho, torna difícil encontrar rela-
ções que sejam totalmente explicadas por um mediador – parece relevante para explicar os nos-
sos resultados. Adicionalmente, considerando o mero de variáveis em estudo, o tamanho da
amostra pode ser considerado relativamente pequeno, o que pode ser um fator influenciador
nestes resultados.
Apesar da ausência de relação entre algumas variáveis do modelo, este estudo traz contri-
buições importantes para a literatura nesta área. O primeiro aspeto refere-se às relações iden-
tificadas entre os fatores individuais e a PR. A partir dos resultados, observou-se que a autoefi-
cácia e o locus de controlo interno emergem como os preditores mais robustos da PR. O segundo
ponto aborda a relevância do clima de segurança física no desenvolvimento da PR. Este estudo
sustenta a ideia de que o clima de seguraa física é um preditor significativo do desempenho/
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comportamento de segurança e atua como um elo entre os fatores individuais e a PR, desempe-
nhando um papel mediador.
5. Conclusão
Este estudo abordou rios fatores individuais e organizacionais que contribuem para o
desenvolvimento de comportamentos seguros no trabalho. A taxa de acidentes de trabalho, tanto
a nível nacional como europeu, indica a necessidade contínua de investigar as variáveis que os
antecedem. Esta pesquisa contribui para melhorar a seguraa no local de trabalho, ao entender
como as variáveis de personalidade afetam a perceção de risco e como o clima de segurança
física pode mediar essa relação. Isso pode ajudar na conceção de estratégias de formação e saúde
ocupacional, elevando o nível de segurança no trabalho.
O objetivo principal da sociedade deve ser o desenvolvimento de um ambiente de trabalho
seguro, prevenindo acidentes e melhorando as condições de trabalho em todos os aspetos. Não
podemos garantir uma seguraa aprimorada sem que os trabalhadores aumentem a sua perce-
ção de risco e reduzam a sua tolerância ao mesmo. Isso leva a uma melhoria nos comportamentos
de seguraa, reduzindo a probabilidade de acidentes de trabalho. Como membros do contexto
de trabalho, devemos sempre esforçar-nos para desenvolver comportamentos seguros adequa-
dos às tarefas desempenhadas e incentivar os outros a adotarem a mesma atitude. A prevenção
continua a ser o maior investimento na redução de acidentes de trabalho.
Em suma, é importante reconhecer que, além dos diversos fatores abordados neste estudo,
existem muitos outros que influenciam o desempenho do trabalhador no ambiente de trabalho.
Esses fatores devem ser analisados e estudados, incluindo horários de trabalho, comportamentos
de risco, liderança, violência no local de trabalho, asdio, experiência de acidentes, motivação
no trabalho, conflito entre trabalho e família e trabalho em ambientes extremos, entre outros.
Conflito de interesses: Em nome de todos os autores, o autor correspondente declara que
não há conflito de interesses.
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Vatou, A., Gregoriadis A., Tsigilis N., & Grammatikopoulos, V. (2022).Teachers’ social self-efficacy: devel-
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Wang, H., Wang, A., Su, F. & Schwebel, D. C. (2022). The effect of age and sensation seeking on pedes-
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AUTHOR INSTRUCTIONS
Elaboration and submission of articles
The preparation and submission of papers for the Psique journal abides to international scientic standards,
contingent upon the fulllment of several requirements listed below:
1. Papers submitted for publication must be original. The authors sign a declaration (Apendix 1) where they
warrant that:
A) are in fact the authors and are fully responsible for the content of their paper;
B) that their work abides to the international ethical and methodological standards within the eld
of Psychology proposed by the American Psychological Association APA) and by the European
Science Foudation (European Code of Conduct for Integrity of Research);
C) and that, they have not simultaneously submitted the paper for publication elsewhere.
D) The journal will use all means to guarantee the above criteria, namely, to request proof of
documents and through the use of plagiarism soware (Urkund). Authors will be informed in case of
indicators of plagiarism, and can comment on these indicators before the rejection of the manuscript.
2. Copyright of the publication is vested in Psique, while the copyright of texts rests with the individual
author(s); in case of later republication elsewhere, reference to the Psique publication should be indicated. The
journal does not carry out any embargo on the articles. The author(s) may disclose the article in auto archive
systems or in institutional repositories.
3. Submitted papers may be sent as an attached le to the Editorial Coordination of the journal Psique: Odete
Nunes (onunes@autonoma.pt; psique@autonoma.pt).
4. The rst page of the paper must contain the author(s)’ identication, institution, city and country, as well as
a contact e-mail address of all the authors of the paper.
5. Texts may be presented in Portuguese, Castilian, French or English.
6. Proposed papers will be subjected to blind peer review carried out by at least two specialists (PhD in
Psychology) from the journal’s Editorial Council, the majority of whom are external referees to Universidade
Autónoma de Lisboa.
7. These are the steps involved in the process of manuscript submission and acceptance:
Manuscripts are received by the journal’s editor and sent to reviewers, specialists in Psychology. Our
is a double-blind peer-review system: both reviewers’ and author’s anonymity is preserved;
Reviewers will assess manuscripts and express their opinion on their quality and pertinence for
the journal’s aim and scope and may should suggest specic improvements. In case both reviewers
disagree on their assessment, the editor may assess the manuscript and decide about its publication
or request the opinion of a third reviewer;
Authors will be informed of the editorial decision, which may be:
a) Accepted (the manuscript is accepted for publication as it is);
b) Conditionally accepted (requires minor revisions), in this case the paper may be accepted by
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the editor once the author introduces minor revisions;
c) Invited to re-submit aer major revisions (the theme is of interest, yet the manuscript needs
major revisions). In this case, authors are advised to rewrite the manuscript in accordance to
reviewers’ suggestions and re-submit it. Re-submitted manuscripts are sent to reviewers for re-
assessment;
d) Rejected (when the manuscript does not meet the criteria for publication).
8. The common indicator for sending the original les is “.doc”.
9. There is a 30 pages limit to the size of papers, excluding the reference list, tables and illustrations.
10. The images, (diagrams, maps, tables and graphs) should be indicated and identied in accordance with the
last edition of the Publication Manual of American Psychological Association (APA).
11. The structure of the paper should follow the guidelines set forth in the last edition of the Publication
Manual of APA. The title, the summary, and the keywords, should be presented in the original language of the
paper and in English. The summary should not exceed 200 words and the keywords should not be more than
ve.
12. Text quotations and bibliography references shall be in accordance with the guidelines of the last edition
of the Publication Manual of APA, for example:
A. Scientic Journal Papers: Herbst-Damm, K. L., & Kulik, J. A. (2005). Volunteer support, marital
status, and the survival times of terminally ill patients. Health Psychology, 24, 225-229. https://doi.
org/10.1037/0278-6133.24.2.225
B. Books: Mitchell, T. R., & Larson, J. R., Jr. (1987). People in organizations: An introduction to
organizational behavior (3rd ed.). McGraw-Hill.
C. Book Chapters: Bjork, R. A. (1989). Retrieval inhibition as an adaptive mechanism in human
memory. In H. L. Roediger III & F. I. M. Craik (Eds.), Varieties of memory & consciousness (pp. 309–
330). Erlbaum.
13. Whenever necessary, and without any interference to its inclusion in the“.doc” document, the original les
of tables and gures may be sent separately, in JPEG, TIFF or XLS format.
14. Footnotes should be in accordance with the guidelines of the last edition of the Publication Manual of APA.
15. Psique publishes ve types of papers:
A) Empirical papers that present reports of original research.
B) Literature reviews papers that develop research synthesis, meta-analyses, and critical evaluations
of material that has already been published.
C) Theoretical papers in which the author develops advances in theory based on previous published
literature.
D) Methodological papers that present new methodological approaches, modications of existing
methods or discussions of quantitative and qualitative data analytic approaches to scientic research.
E) Case studies, reports of case material obtained while working with an individual, a group, a
community or an organization.
16. The journal Psique has a limit of one paper by the same author in each issue.
17. The editorial board of Psique, responsible for the evaluation of the manuscripts to be published, is
constituted by, at least, 75% members from academic institutions outside the hosting institution of Psique.
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18. The publication of Psique is semi-annual, from the year of 2018, with publication date from January 1st to
June 30th and from July 1st to December 31st.
19. Psyche subscribes to the codes of ethics and good editorial practices, namely:
The Code of Conduct and Best-Practice Guidelines for Journal Editors, from the Committee on
Publication Ethics: Committee on Publication Ethics (2011). Code of Conduct and Best-Practice
Guidelines for Journal Editors. Retrieved from http://publicationethics.org/les/Code_of_conduct_
for_journal_editors_Mar11.pdf
The White Paper on Promoting Integrity in Scientic Journal Publications, Council of Science
Editors Scott-Lichter, D. & Editorial Policy Committee, Council of Science Editors (2012). CSE’s
White Paper on Promoting Integrity in Scientic Journal Publications. Retrieved from https://www.
councilscienceeditors.org/wp-content/uploads/entire_whitepaper.pdf
In case of publication they permit the use of their work under a CC-BY license [http://creativecommons.org/
licenses/by/3.0/], which allows others to copy, distribute and transmit the work as well as to adapt the work
and to make commercial use of it.
For more details on the ethical obligations of authors, reviewers and editorial coordination, consult the
Publication Ethics and Best- Practice Guidelines tab.
21. The editorial process is totally free of costs for the authors. Psyche is a non-prot scientic publication.
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APPENDIX 1
Lisbon, xx xx 20xx
Dear authors
The editorial coordination of Psique asks the authors of the manuscript titled “xxx”, to be published in
volume xxx, to sign below in agreement to granting Psique the Copyright for the publication of the paper
in printed and online forms. The granting of the copyright to Psique is only legitimate if all authors sign
this
agreement.
By signing this document, the authors guarantee that the article submitted for publication is original,
exclusively of their authorship and that it respected the international ethical and methodological
standards in the scientic eld of Psychology, namely the ones proposed by the American Psychological
Association (APA) and the European Science Foundation (European Code of Conduct for Integrity of
Research). Authors are fully responsible for what is written in the articles and ensure that they do not
submit the work simultaneously to another journal for publication.
Psyche holds the copyright of the entire publication. However, each author has the copyright of his
own text. If authors decide to later republish it elsewhere, they are asked to refer to the publication in
Psique. The journal publishes in open access, does not carry out any embargo on the articles and authors
can share the article in auto le systems or in institutional repositories.
Below are the full names of the authors for signature:
Xxxxxxxxxxxxxxxxxx
_______________________________________________________________
Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
_______________________________________________________________
Odete Nunes
Editor in Chief of Psique
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INSTRUÇÕES AOS AUTORES
Elaboração e submissão de artigos
A elaboração e submissão de artigos para a revista Psique subordina-se aos padrões cientícos internacionais,
de acordo com as seguintes condições:
1. Os artigos submetidos para publicação têm de ser originais e inéditos. Os autores assinam uma declaração
(Anexo 1) onde garantem:
A) Que realizaram o trabalho que apresentam e que são integralmente responsáveis pelo que está
escrito nos artigos;
B) Que respeitaram os padrões éticos e metodológicos internacionais vigentes na área cientíca
da Psicologia, propostos pela American Psychological Association (APA) e pela European Science
Foundation (European Code of Conduct for Integrity of Research);
C) E que não submeteram o trabalho simultaneamente a outra revista para publicação;
D) A revista usará de todos os meios para garantir os anteriores critérios, designadamente, podendo
pedir prova de documentos e através do uso de um soware de plágio (Urkund). Os autores
serão informados no caso de existirem indicadores de plágio, podendo pronunciar-se sobre esses
indicadores antes da rejeição do artigo.
2. A Psique detém os direitos de autor sobre a publicação, no entanto, cada autor tem o copyright do seu
próprio texto; no caso de o republicar mais tarde noutro local, pede-se a referência à publicação na Psique. A
revista não procede a qualquer embargo dos artigos. O(s) autor(s) pode divulgar o artigo em sistemas de auto
arquivo ou em repositórios institucionais.
3. Os artigos enviados para submissão devem ser remetidos em suporte eletrónico à Coordenação Editorial:
Odete Nunes (onunes@autonoma.pt; psique@autonoma.pt).
4. Na primeira página do artigo deve constar a nome completo do(s) autor(es), sem siglas, a respetiva liação,
local e país, bem como o(s) e-mail(s) de contacto de todos os autores do artigo.
5. Os textos podem ser apresentados em português, castelhano, francês e inglês.
6. Os artigos propostos são submetidos a um processo de arbitragem cientíca, de revisão cega por pares (blind
peer review) feita por, pelo menos, dois especialistas (Doutorados em Psicologia) que fazem parte do Conselho
Editorial da revista, e cuja maioria é externa à Universidade Autónoma de Lisboa.
7. O processo de submissão e avaliação dos manuscritos submetidos seguirá os seguintes passos:
Os artigos são recebidos pelo Editor da revista e enviados para dois revisores. Os artigos serão
enviados sem o nome dos autores para os revisores. Todo o processo de avaliação dos artigos é feito
sob o anonimato dos autores para garantir uma “revisão cega por pares”. No processo de avaliação,
os revisores também serão mantidos anónimos para os autores;
Os revisores avaliarão os artigos e expressarão a sua opinião sobre a qualidade do artigo, sobre a
pertinência da sua publicação na revista e poderão indicar sugestões de melhoria tão especícas
quanto possível para a reformulação do artigo. No caso das opiniões dos revisores serem discordantes,
o Editor poderá decidir sobre a publicação, após a sua própria análise ao artigo, ou pode pedir um
outro parecer a um terceiro revisor;
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Os autores serão informados da decisão editorial, num período médio de três meses, que pode
consistir em:
A) Aceite (o manuscrito foi aceite para publicação na sua forma atual);
B) Aceite condicionalmente, mediante pequenas reformulações, neste caso, após as alterações
introduzidas, o artigo reformulado pode ser aceite pelo editor;
C) Convidado a re-submeter após reformulações substanciais (o tema interessa à revista, porém,
o artigo necessita de uma reformulação profunda). Nestes casos, os autores são convidados a
reformular o artigo de acordo com as sugestões dos revisores e a re-submeter à revista. Após
a reformulação dos artigos, estes serão enviados novamente aos revisores para uma segunda
avaliação;
D) Rejeitado (quando foi considerado que o manuscrito não cumpriu os critérios para
publicação na revista).
8. A linguagem de base para o envio dos cheiros originais é “.doc”.
9. A dimensão dos artigos tem um limite de 30 páginas, excluindo a lista de referências bibliográcas, tabelas
e guras.
10. As imagens (esquemas, mapas, tabelas e grácos) deverão ser referidos e identicados em obediência à
última edição do Publication Manual of the American Psychological Association (APA).
11. A estrutura dos artigos deve obedecer às regras da última edição do Manual de Publicações da APA. O
título e o resumo devem ser escritos na língua original do artigo e em inglês, bem como as palavras-chave do
artigo. O resumo tem uma dimensão limite até 200 palavras e seguem-se-lhe as palavras-chave, no máximo
de cinco.
12. As citações e referências bibliográcas são feitas de acordo com as normas da última edição do Manual de
Publicações da APA, por exemplo:
A) Artigos de Revista Cientíca: Herbst-Damm, K. L., & Kulik, J. A. (2005). Volunteer support,
marital status, and the survival times of terminally ill patients. Health Psychology, 24, 225-229.
https://doi.org/10.1037/0278-6133.24.2.225
B) Livros de Autor: Mitchell, T. R., & Larson, J. R., Jr. (1987). People in organizations: An introduction to
organizational behavior (3rd ed.). McGraw-Hill;
C) Capítulos de Livros: Bjork, R. A. (1989). Retrieval inhibition as an adaptive mechanism in
humanmemory. In H. L. Roediger III & F. I. M. Craik (Eds.), Varieties of memory & consciousness
(pp.309 -330). Erlbaum.
13. Sempre que se justique, sem prejuízo da sua inclusão no documento em “.doc”, os cheiros originais dos
quadros e guras podem ser enviados em separado, em formato JPEG, TIFF ou XLS.
14. As notas de rodapé são feitas de acordo com as normas da última edição do Manual de Publicações da APA.
15. A Psique publica cinco tipos de artigos:
A) Artigos empíricos que apresentam relatórios de investigações cientícas originais.
B) Artigos de revisão de literatura que desenvolvem análises críticas de material anteriormente
publicado.
C) Artigos teóricos em que o autor desenvolve avanços sobre teorias inovadoras ou anteriormente
publicadas.
D) Artigos metodológicos que apresentam novas abordagens metodológicas, modicação de
métodos existentes ou discussões sobre as abordagens quantitativas ou qualitativas na investigação
cientíca.
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E) Estudos de caso que reportam material de casos obtidos ao longo do trabalho com indivíduos,
grupos, uma comunidade ou uma organização.
16. A revista Psique tem um limite máximo de publicação de um artigo de um mesmo autor em cada volume.
17. O conselho editorial da Psique, responsável pela avaliação dos artigos publicados, é constituído em, pelo
menos, 75% por membros de instituições académicas externas à instituição de acolhimento da Psique.
18. A publicação é semestral, com data de publicação de 1 de janeiro a 31 de junho e de 1 de julho a 31 de
dezembro.
19. A Psique subescreve os códigos de ética e boas práticas editoriais, designadamente:
O Code of Conduct and Best-Practice Guidelines for Journal Editors, do Committee on Publication
Ethics Committee on Publication Ethics (2011). Code of Conduct and Best-Practice Guidelines for
Journal Editors. Retrieved from http://publicationethics.org/les/Code_of_conduct_for_journal_
editors_Mar11.pdf
O White Paper on Promoting Integrity in Scientic Journal Publications, da Council of Science
Editors Scott-Lichter, D. & Editorial Policy Committee, Council of Science Editors (2012). CSE’s
White Paper on Promoting Integrity in Scientic Journal Publications. Retrieved from https://www.
councilscienceeditors.org/wp-content/uploads/entire_whitepaper.pdf
Para mais detalhes sobre obrigações éticas dos autores, revisores e coordenação editorial, consultar
o separador Ética Editorial e Boas Práticas.
20. Em nenhuma etapa do processo editorial se estabelecem custos para os autores. A Psique é uma publicação
cientíca sem ns lucrativos.
21. Em caso de publicação, os autores permitem o uso do seu trabalho através da utilização da licença
creative commons, CC-BY [https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/], que permite a cópia, distribuição
e transmissão do conteúdo, assim como a sua adaptação para uso comercial.
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APÊNDICE 1
Lisboa, x de x de 20xx
A Revista Psique solicita que os autores do manuscrito intitulado “xxx”, a ser publicado no volume xxx,
concedam os direitos autorais do manuscrito para publicação na forma impressa e eletrónica. Informa-
mos que a concessão dos direitos autorais só será legítima, se todos os autores assinarem a presente carta.
Ao assinar o presente documento os autores garantem que o artigo submetido para publicação é ori-
ginal, é exclusivamente da sua autoria e que respeitou os padrões éticos e metodológicos internacionais
vigentes na área cientíca da Psicologia, propostos pela American Psychological Association (APA) e pela
European Science Foundation (European Code of Conduct for Integrity of Research). Os autores são in-
tegralmente responsáveis pelo que está escrito nos artigos e garantem que não submeteram o trabalho
simultaneamente a outra revista para publicação.
A Psique detém os direitos de autor sobre o conjunto da publicação, no entanto, cada autor tem os direi-
tos de autor do copyright do seu próprio texto. No caso de o republicar mais tarde, noutro local, pede-se
a referência à publicação na Psique. A revista publica em acesso aberto, não procede a qualquer embargo
dos artigos e os autores podem divulgar o artigo em sistemas de auto arquivo ou em repositórios institu-
cionais.
Seguem abaixo os nomes completos dos autores por extenso para assinatura:
Xxxxxxxxxxxxxxxxxx
_______________________________________________________________
Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
_______________________________________________________________
Odete Nunes
Editor Diretor Psique
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REVIEWERS INSTRUCTIONS
Article Review
The articles submitted to be published in Psique will be evaluated by two experts in the scientic domain of
the paper, Ph.D in Psychology.
These are the steps involved in the process of manuscript submission and acceptance/rejection:
1. Manuscripts are received by the journal’s editor in chief and aer a preliminary analysis will be
sent to two reviewers, in a double-blind peer-review system. Both reviewers’ and author’s anonymity
is preserved;
2. Reviewers will assess the manuscripts and express their opinion on the quality and pertinence for
the journal’s aims and scope and should suggest specic reformulations to improve the quality of the
manuscript.
3. In case both reviewers disagree on their assessment, the editor in chief may assess the manuscript
and decide about its publication or request the opinion of a third reviewer.
Each reviewer should carefully read the manuscript and issue a justied and reasoned report on the
appropriateness of manuscript for publication in Psique. The dimensions to consider in the evaluation process
are the following:
1. Relevance and up to date of the theme of the manuscript for the scientic eld of Psychology;
2. Coverage, adequacy and up to date of the analyzed scientic literature;
3. Appropriateness of the methodological procedures in relation to the objectives of the study;
4. Clarity of writing and correction of the article structure, according to the APA structure criteria;
5. Validity of the results obtained in relation to the objectives and the methodological procedures
developed;
6. Scope, articulation and in depth of the discussion of the results obtained;
7. Formal correction of bibliographical references, formulas and tables; according to the APA formal
criteria.
For guidelines on the ethical criteria in the editorial process please read the Publication Ethics and Best-
Practice Guidelines.
Authors will be informed of the editorial decision, usually during the period of three months, which may be:
a) Accepted (the manuscript is accepted for publication as it is);
b) Conditionally accepted (requires minor reformulations), in this case the paper may be accepted by
the editor once the author introduces the minor reformulations;
c) Invited to re-submit aer major revisions (the theme is of interest, yet the manuscript needs major
revisions). In this case, authors are advised to rewrite the manuscript in accordance to reviewers’
suggestions and re-submit it. Re-submitted manuscripts are sent to reviewers for re-assessment;
d) Rejected (when the manuscript does not meet the criteria for publication).
On the link below you will nd the evaluation format for the evaluation of manuscripts submitted to Psique
Manuscript Evaluation Sheet.
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INSTRUÇÕES AOS REVISORES
Revisão de artigos
Os artigos submetidos para serem publicados em Psique serão avaliados por dois especialistas no domínio
cientíco do estudo, doutorados em Psicologia.
As etapas envolvidas no processo de submissão e aceitação / rejeição dos manuscritos são as seguintes:
1. Os manuscritos são recebidos pelo editor da revista e, após uma análise preliminar, serão enviados
para o parecer de dois revisores, sob um sistema de revisão de pares anónimo duplo. É preservado o
anonimato tanto dos autores, como dos revisores.
2. Os revisores avaliarão os manuscritos e emitirão o seu parecer sobre a qualidade e pertinência dos
manuscritos, face aos objetivos e âmbito da revista e devem sugerir reformulações especícas para
melhorar a qualidade dos manuscritos.
3. Caso os dois revisores não estejam de acordo sobre a avaliação de um manuscrito, o editor pode
avaliar o manuscrito e decidir sobre sua publicação ou solicitar a opinião de um terceiro revisor.
Cada revisor deve ler cuidadosamente o manuscrito e emitir um relatório justicado e fundamentado sobre
a adequação do manuscrito para publicação na Psique. As dimensões a considerar no processo de avaliação
são as seguintes:
1. Pertinência e atualidade do tema para o campo cientíco da Psicologia;
2. Cobertura, adequação e atualidade da literatura cientíca analisada;
3. Adequação dos procedimentos metodológicos face aos objetivos do estudo;
4. Clareza da escrita e correção da estrutura do artigo, de acordo com os critérios APA;
5. Validade dos resultados obtidos face aos objetivos e aos procedimentos metodológicos
desenvolvidos;
6. Abrangência, articulação e profundidade na discussão dos resultados obtidos;
7. Correção formal das referências bibliográcas, fórmulas e tabelas, de acordo com os critérios
formais APA.
Para instruções sobre os critérios éticos no processo editorial, por favor, leia o separador Ética Editorial e Boas
Práticas de Publicação.
Os autores serão informados da decisão editorial, geralmente durante o período de três meses, que pode ser:
a) Aceite (o manuscrito foi aceite para publicação na sua forma atual);
b) Aceite condicionalmente, mediante pequenas reformulações. Neste caso, após as alterações
introduzidas, o artigo reformulado pode ser aceite pelo editor;
c) Convidado a re-submeter após reformulações substanciais (o tema interessa à revista, porém, o
artigo necessita de uma reformulação profunda). Nestes casos, os autores são convidados a reformular
o artigo de acordo com as sugestões dos revisores e a re-submeter à revista. Após a reformulação dos
artigos, estes serão enviados novamente aos revisores para uma segunda avaliação;
d) Rejeitado (quando foi considerado que o manuscrito não cumpriu os critérios para publicação na
revista).
Em seguida para download, encontra a cha de avaliação de manuscritos para publicação na Psique
Ficha de Avaliação de Manuscritos